sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Incêndio em sótão matou menina de três anos

Uma criança de três anos, filha de uma imigrante da Lituânia, morreu ontem vítima de incêndio numa casa na Rua Nossa Senhora da Memória, em Espírito Santo das Touregas, Coimbra.

Os bombeiros foram alertados às 11h55 para o incêndio que deflagrou numas águas furtadas adaptadas a habitação, onde viviam a criança e a mãe.

Segundo os Sapadores de Coimbra, quando chegaram ao local o sótão – que tinha pouca altura e estava completamente forrado, o que terá contribuído para que o fogo se propagasse facilmente – já estava completamente tomado pelas chamas.

Os bombeiros localizaram a menina na casa de banho e constaram que já se encontrava em paragem cardio-respiratória, provavelmente devido à inalação de fumos e ao calor. A criança foi transportada ao Hospital dos Covões, onde viria a ser confirmada a sua morte.

Um vizinho, Nuno Ribeiro, contou ao Diário de Coimbra que a mãe da criança saiu de casa para pedir socorro mas depois já não conseguiu entrar, devido ao fumo e ao calor. «Mal cheguei à porta e nem a cabeça dava para pôr lá dentro. Queríamos entrar e não conseguíamos porque o fumo era muito», relatou este morador de Espírito Santo das Touregas.

Abalada pela tragédia, a mãe da criança foi transportada ao hospital em estado de choque.
No local compareceram os Sapadores e Voluntários de Coimbra com cinco viaturas e 18 elementos, assim como a PSP.

Para determinar a origem do fogo deslocou-se ao local uma equipa da Polícia Judiciária.

Diário de Coimbra

domingo, 26 de outubro de 2008

Ambulância do INEM capotou em Lisboa sem fazer vítimas

Uma ambulância do INEM capotou hoje quando se aproximava do local onde ocorrera um acidente de viação e cujo ferido ligeiro ia socorrer, em Lisboa, não tendo, porém, causado quaisquer feridos nem danos a terceiros.

Segundo a Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, o acidente deu-se hoje à tarde num dos acessos do Eixo Norte-Sul à Segunda Circular.

O ferido ligeiro, que conduzia uma motorizada que embateu numa viatura no mesmo local, acabou por seguir para o hospital de Santa Maria, em Lisboa, noutra ambulância, estando livre de qualquer perigo, devendo ter alta ainda hoje, acrescentou a Divisão de Trânsito da PSP.

Lusa

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Médicos uruguaios do INEM impedidos de trabalhar

Os 14 médicos uruguaios contratados por três anos pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no início de Julho ainda não podem desenvolver qualquer actividade clínica em Portugal dado faltar a respectiva inscrição na Ordem dos Médicos.

Estes médicos foram admitidos a 1 de Julho, recebendo um ordenado mensal de cerca de 3.000 euros e destinam-se a suprir a falta de médicos com que este Instituto se debate e que se tem vindo a agravar com o retorno a Espanha de diversos clínicos que integravam as tripulações das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER).

Os médicos uruguaios já receberam a formação prevista para a primeira fase, incluindo as vertentes da emergência pré-hospitalar, e um curso de viatura médica de emergência, que os qualificaria para começarem a actuar integrados no dispositivo operacional do INEM, mas continuam sem poder fazer mais do que acompanhar e observar o trabalho dos seus colegas do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes).

Apesar de esta vertente da formação nos CODU estar prevista para se realizar futuramente, segundo informações do próprio INEM, o facto é que a integração dos médicos uruguaios não está a decorrer de acordo com o previsto e, neste momento a sua presença não representa o valor acrescentado que estes médicos, excluindo questões formais, efectivamente possuem.

O problema com os médicos uruguaios deve, no entanto, ser visto de forma mais alargada, quer na vertente do planeamento geral efectuado pelo INEM, que apresenta óbvias defeciências, quer na preocupante questão das equivalências universitárias, particularmente complexa e grave quando se trata de cursos realizados em países não comunitários, do que tem resultado um desperdício de mão de obra qualificada.

Este último problema, que afecta toda a sociedade portuguesa ao privá-la de um conjunto de emigrantes altamente qualificados, muitos deles provenientes da Europa de Leste e da América Latina, devia merecer uma especial atenção por parte das entidades oficiais e das que gerem o acesso a determinadas profissões, evitando condenar estes especialistas a profissões de recurso onde enquanto os impede de contribuir de acordo com as suas potencialidades para o desenvolvimento do País.

Verão Verde

Bombeiros: Liga quer criar código de conduta

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer criar um código de conduta para os bombeiros, instrumento que servirá como "um referencial ético" e para "dignificar" a função, disse hoje à Lusa o presidente da organização.

O código de conduta dos bombeiros vai ser aprovado durante o 40º Congresso da LBP, que a partir de quarta-feira e até domingo vai reunir em Pombal bombeiros de todo o país.

Após a sua aprovação, a LBP vai propor ao Ministério da Administração Interna que seja conferido ao código "uma dignidade legal, que poderá ser uma portaria ou um despacho", adiantou Duarte Caldeira.

O responsável salientou que deve ser transformado "num documento complementar ao regulamento disciplinar do bombeiro".

Segundo o presidente da LBP, o código de conduta dos bombeiros vai funcionar como "um documento orientador" e "um referencial ético" para os cidadãos que exercem estas funções, que ficam a saber que têm que obedecer a "um conjunto de normas e preceitos".

"O que pretendemos não é um código de penalização, mas sim um instrumento pedagógico de orientação", explicou.

Com o código, os bombeiros comprometem-se a manter o sigilo e a independência do exercício da função de bombeiros relativamente a quaisquer poderes.

"O bombeiro tem obrigação, de acordo com o código, de salvaguardar o carácter restrito da informação que tem acesso. Tem que respeitar escrupulosamente a propriedade alheia e os haveres. Deve assumir uma conduta que o obrigue ou que o transforme numa referência social positiva", referiu.

Duarte Caldeira acrescentou que a LBP vai apresentar um código de função e não de profissão, uma vez que muitos dos bombeiros não tem esta tarefa como actividade principal.

"O bombeiro, seja voluntário ou profissional, deverá ter um código de conduta como referencial do seu posicionamento social e institucional", afirmou também Duarte Caldeira à Agência Lusa.

No congresso, os bombeiros vão igualmente aprovar a celebração de um acordo de cooperação entre a LBP, a administração central e local para financiamento dos bombeiros no contexto da protecção civil.

Duarte Caldeira disse que "não é mais possível" que os bombeiros sejam financiados "numa perspectiva do subsídio".

"Ao modelo de subsidiodependência existente, nós defendemos que se deve passar a um regime de contratualização de programa em função das actividades desenvolvidas e dos serviços prestados" pelas associações e corporações de bombeiros, realçou, adiantando que se deve criar "um quadro de direitos e deveres entre todas as partes: corpos de bombeiros, municípios e Governo".

As associações e corpos de bombeiros nacionais vão também debater temas relacionados com o sistema de comando dos bombeiros, o modelo de organização das associações, o estatuto social do bombeiro e as relações laborais nas associações humanitárias.

No congresso, que tem como tema genérico "Bombeiros: O futuro começa agora!", serão também eleitos os dirigentes da LBP para o triénio 2009/2011, na qual Duarte Caldeira se recandidata pela terceira vez.

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, estará quarta-feira na sessão de abertura do congresso, que será encerrado no domingo pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

Delegações do Brasil, Timor-Leste e Cabo Verde vão estar presentes no congresso.

Fundada em 1930, a Liga dos Bombeiros Portugueses é uma confederação nacional que congrega federações de bombeiros e entidades públicas, sociais e privadas, que mantêm corpos de bombeiros.

Em Portugal existem 435 corporações de bombeiros, espalhadas por 307 dos 308 concelhos do país (Castro Marim, no Algarve, é a excepção), que têm 1,2 milhões de sócios, dispõem de um contingente que totaliza 38 mil elementos, entre voluntários e assalariados, geridos pelos sete mil dirigentes que ocupam os cargos directivos das organizações humanitárias, segundo a LBP.

Lusa

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Movimento ECO – Empresas Contra os Fogos

O Movimento ECO é um movimento da sociedade civil, que nasceu com o propósito de congregar vontades políticas, empresariais e sociais na prevenção e combate aos incêndios florestais, que todos os anos atingem o nosso país.

Presidido pelo Dr. Murteira Nabo, corporiza uma parceria entre empresas/ marcas, o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas.
O seu objectivo principal é o de accionar a responsabilidade social das empresas e instituições no sentido da prevenção e do combate aos incêndios florestais, potenciando capacidades de disseminação aos cidadãos de mensagens de prevenção de comportamentos de risco.

A 22 de Março de 2007, aderiram ao Movimento ECO as empresas BPI, CP, CTT, Galp Energia, Mitsubishi Portugal, Modelo Continente e Soares da Costa.

A este grupo de empresas associaram-se até ao momento os seguintes parceiros: AIP – Centro de Congressos, AIP/FIL, Auto Sueco, AXA Portugal, BP Portugal, BPI, Companhia de Seguros Açoreana, CP, CTT, Delta, Fundação PT, Galp Energia, Jerónimo Martins (Feira Nova, Pingo Doce, Recheio), Media Capital Rádios, Mitsubishi Portugal, Modelo Continente, Montepio, Os Mosqueteiros, Portucel, Soares da Costa, SportZone, Toyota Caetano e Visão Actual.

ANPC

Terminou a "Fase Delta" e começou a "Fase Echo"

A 15 de Outubro terminou a "Fase Delta" de combate aos fogos florestais e começou a "Fase Echo", do que resultou uma substancial redução dos meios disponíveis a nível de aeronaves.

Durante a "Fase Delta", criada para obviar ao prolongamento da fase crítica, tal como sucedeu no ano passado, estiveram mobilizados perto de 4.000 elementos, apoiados por 917 viaturas e 26 meios aéreos, efectivo esse último número foi substancialmente reduzido na passada quarta-feira, dia em que se passou à "Fase Echo".

A "Fase Echo", que visa combater os fogos fora do que se convencionou chamar a "época normal" de incêndios, inclui quase o mesmo número de efectivos para combate terrestre, com 3.923 elementos, apoiados por 915 veículos, mas apenas dois helicópteros como apoio aéreo, o que contraria as tácticas de primeira intervenção utilizadas e compromete em muito a acção das unidades helitransportadas, como os "canarinhos" ou os militares do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS).

Apesar de neste ano, segundo os dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional (AFN), apenas terem ardido 12.861 hectares, entre povoamentos, 4.395 hectares, e matos, com 8.466 hectares, a que corresponde uma redução de perto de um terço em relação ao ano anterior, esta redução desproporcionada de meios aéreos pode comprometer a eficácia do combate e inverter, mesmo que ligeiramente, esta tendência.

Seria expectável que a redução mantivesse a proporcionalidade entre os vários componentes operacionais, factor essencial para manter as tácticas utilizadas até hoje com base numa primeira intervenção rápida, mas os custos dos meios aéreos quando comparados com os dos bombeiros voluntários parece ditar uma nova abordagem.

Nestas alturas, torna-se óbvio que a redução de custos é obtida através do recurso ao voluntariado, assumindo-se que o acréscimo de risco individual resultante da quase inexistência de meios aéreos, parece ser tolerado institucionalmente, tal como o é a diminuição da eficácia, resultante de um maior tempo de resposta resultante da falta de aeronaves.

Podemo-nos interrogar se esta alteração no dispositivo, desproporciondada nos seus componentes, será a que corresponde aos requisitos operacionais ou, tão somente, aos imperativos orçamentais, nos quais valores como a eficácia ou a segurança parecem ter pouco peso quando confrontados com as poupanças resultantes de um dispositivo constituido por mão de obra barata.

Verão Verde

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Área ardida diminuiu cerca de um quarto em relação a 2007

A área ardida em Portugal desde o início do ano até terça-feira diminuiu cerca de um quarto relativamente ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados provisórios divulgados esta quarta-feira pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Em conferência de imprensa, o comandante operacional nacional, Gil Martins, disse que desde o início do ano e até terça-feira arderam 14.218 hectares, o que representa uma diminuição de 26 por cento face a período idêntico de 2007. No entanto, as ocorrências no mesmo período aumentaram para 900.

Segundo o comandante operacional nacional, na fase "Delta", a quarta e a penúltima da época de incêndios deste ano, que começou a 1 de Outubro e terminou esta quarta-feira, estiveram mobilizados cerca de quatro mil elementos, 1000 veículos, 26 meios aéreos e 66 postos de vigia.

O comandante operacional nacional teceu ainda vários elogios à eficácia dos meios aéreos no combate aos incêndios.

O ministro da Administração Interna, que esteve presente na conferência de imprensa, disse que este ano, à semelhança do que aconteceu em 2007, o plano de prevenção e combate aos incêndios florestais «correu bem», tendo todo o dispositivo «cumprido o dever».

Destacando os resultados positivos, Rui Pereira salientou que este ano a área ardida foi inferior a 80 por cento à média dos últimos dez anos.

«Só foi comparável à área ardida de 1971», afirmou o governante, realçando «a diminuição deste ano do tempo médio de resposta».

TSF

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Incêndios: Califórnia em estado de emergêngia



Na Califórnia, os incêndios florestais já mataram duas pessoas e ameaçam centenas de casas.
Arnold Schwarzenegger já declarou o estado de emergência.

TVNet

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Incêndios continuam na Interior do país

Três dezenas de bombeiros apoiados por sete viaturas e dois helicópteros, entre eles um Kamov Ka-32, combateu um fogo que foi detectado na noite de sexta para sábado no concelho de Gouveia, distrito da Guarda, num fim de semana em que as ocorrências no Interior do país, sobretudo sábado, atingiram mais uma vez números elevados.

O incêndio começou já durante a noite, pelas 22:35 em Arcozelo e, durante o início da manhã, chegou a ter duas frentes activas que lavravam com alguma intensidade devido ao vento moderado que se fazia sentir numa zona de difícil acesso.

Ainda antes deste incêndio estar circunscrito, começaram dois novos fogos, um no concelho de Mangualde, no distrito de Viseu, e outro no de Valença, no distrito de Viana do Castelo, tendo sido extintos antes do que começara na véspera em Arcozelo.

Em vários concelhos do Centro de Portugal o risco de incêndio mantém-se elevado, não obstante a época do ano e a descida de temperaturas que se começa a fazer sentir, mas a informação acaba por não incluir a totalidade dos factores que determinam a maior ou menor probabilidade de ocorrerem fogos florestais.

Apesar das informações do Instituto de Meteorologia e da existência de cartas de risco, a actualização dinâmica e a consolidação de dados ainda não atingiu um automatismo que permita obter projecções com a precisão adequada, às quais seria necessário adicionar mais um conjunto de factores relacionados com a topografia do terreno, tipo de vegetação e grau de crescimento actual, alterações no solo, inclusivé a nível de erosão, entre outras, concorrendo assim para uma plataforma que terá que ser interactiva e capaz de descrever em tempo real a situação actual.

Um sistema completo, com o recurso a sensores capazes de analisar quimicamente a composição do ar, aliado a mapas que incluam algoritmos de risco e dados intervalados, será, eventualmente o caminho a seguir no sentido de melhorar e automatizar uma análise de risco que se pretende permanentemente actualizada e incorporando os principais factores que contribuem para a deflagração e propagação de incêndios.

Verão Verde

Combate aos incêndios no "Falar global"

A temática das novas tecnologias do combate aos incêndios foi abordada no programa "Falar global" transmitido na SIC-Notícias e que será repetido durante os próximos dias.

Foi convidado desta edição o professor Domingos Xavier Viegas, especialista nesta área e que tem vindo a desenvolver um importante trabalho que visa a compreensão do comportamento do fogo e formas de proteger os bombeiros no combate aos incêndios através de formação que lhes permita antecipar situações de maior risco.

No "site" da SIC poderá ser consultado o horário de retransmissão deste programa onde questões relacionadas com as novas tecnologias, incluindo sistemas de controle e geo-referenciação são exploradas e analisadas, esperando-se que este fique brevemente disponível "on-line".

Foi gratificante ouvir da parte de um especialista reconhecido a importancia da tecnologia no combate aos fogos e a necessidade bem como o perigo de deslumbramentos por parte de quem pensa que esta pode substituir a acção humana e a formação especializada.

Recomendamos aos interessados pela temática dos incêndios florestais que vejam esta edição do "Falar global", onde Xavier Viegas analisa e transmite a sua própria opinião sobre diversos temas que têm sido apresentados neste "blog".

Verão Verde

Um morto e três feridos em despiste no IP3

Na viatura ligeira que ontem à tarde se despistou no IP3, na zona de Penacova, resultou um morto e três feridos, dois deles em estado grave. A vítima mortal foi Maria Antónia Nascimento Gonçalves, de 53 anos.

Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários de Penacova, na viatura seguia um casal e duas senhoras, as mães do casal. Eram de Tourais de Seia, concelho de Seia. O acidente, que se deu cerca das 16h00, no sentido Viseu- -Coimbra, perto do nó da Espinheira, ocorreu quando a viatura, um Opel Corsa, se despistou por uma ribanceira e ficou capotada e completamente destruída. A violência foi tão grande que para o exterior foram projectados muitos dos objectos que se encontravam na viatura.

Os feridos, dois em estado grave e um ligeiro, foram transportados para os Hospitais da Universidade de Coimbra, enquanto que a vítima mortal seguiu para o Instituto de Medicina Legal. Esta era a mãe de uma das feridas em estado grave, Célia Maria Gonçalves Pinto Coelho, de 32 anos, a esposa de Miguel Gonçalves Dias, de 31 anos, militar da GNR, o condutor da viatura que sofreu ferimentos ligeiros. O outro ferido com gravidade foi Maria Elisa Gonçalves Campos, mãe do condutor da viatura.

Para o local os Bombeiros de Penacova deslocaram 10 homens, apoiados por uma viatura de desencarceramento, auto-comando e três ambulâncias. No socorro estiveram ainda três bombeiros da corporação de Brasfemes com uma viatura e INEM, bem como a Brigada de Trânsito que tomou conta da ocorrência.


Três despistes seguidos

O acidente, que ocorreu ao quilómetro 58, foi o terceiro do dia de ontem na área de socorro dos Bombeiros de Penacova, o quarto se lhe juntarmos um outro despiste ocorrido sábado também no IP3. «Um dia agitado», considerou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova.

Com efeito, sábado, cerca das 11h30, deu-se um acidente envolvendo três viaturas, que se despistaram uma a uma, seguidas, no Alto das Lamas, no IP3. Não embateram entre si, apenas se despistaram, informou o comandante, revelando ainda que, apesar do aparato, resultou apenas um ferido ligeiro. Já ontem, às 11h30, no IC7, perto da Estrela de Alva, deu-se um despiste, do qual resultou um ferido, e, meia hora depois, um outro acidente, também um despiste, com muitos danos materiais, mas sem feridos.

Diário de Coimbra

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Terminou a "Fase Charlie"

Terminou no fim do dia 30 de Setembro a "Fase Charlie", a que mobilizou um maior número de efectivos e de meios de combate aos fogos florestais, com uma área ardida provisória que será a mais reduzida dos últimos anos.

Embora sem resultados finais, que serão disponibilizados proximamente, este foi, em termos de área ardida e de número de ocorrências, um evidente sucesso, que será salientado pelo facto de, pela primeira vez desde há muito, não ter havido perda de vidas humanas quer entre os elementos adstritos ao combate aos fogos, quer entre a população civil.

Esta deverá ser, portanto, altura para reflectir não apenas quanto ao desempenho do dispositivo, mas numa perspectiva mais alargada que tenha em conta as evidentes alterações climáticas, que colocam em causa a tradicional divisão por fases, bem como as profundas alterações que o País tem sofrido ao longo dos últimos anos e que condiciona quer a forma de actuar dos meios de socorro, quer a disposição geográfica dos meios.

Faltará, sobretudo, analizar que País temos e o que estão efectivamente a defender os meios colocados no terreno, muitas vezes posicionados em áreas onde pouca vegetação sobreviveu aos fogos da última década ou em zonas desertificadas, sem sustentabilidade económica e com uma estrutura demográfica que já não permite a auto defesa das populações, sem o que qualquer conclusão baseada em área ardida, na rapidez da intervenção ou no número de ocorrências não passa de uma ilusão que esconde os podres de um Portugal que quer viver uma fantasia.

Verão Verde

Ana Jorge garante esforços para colmatar «dificuldades» no funcionamento das VMER

A ministra da Saúde admitiu, esta quarta-feira, haver «dificuldades» no funcionamento das viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER), nomeadamente no distrito de Vila Real, mas garantiu que estão a ser desenvolvidos esforços para colmatá-las.

Numa deslocação a Alijó, acompanhada do primeiro-ministro, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Idoso, a ministra da Saúde comentava assim uma questão levantada, nomeadamente, pelo deputado social-democrata Ricardo Martins em requerimento apresentado no Parlamento.

O deputado do PSD pediu esta semana esclarecimentos à ministra da Saúde sobre a «inoperacionalidade» das VMER do distrito de Vila Real, devido «à falta de médicos».

Em declarações hoje aos jornalistas, Ana Jorge admitiu que muitas vezes é difícil fazer escala com todos os médicos e que Chaves não é excepção.

«Nós estamos neste momento muito atentos e, em colaboração com os profissionais de saúde e outras instituições, estamos a tentar colmatar essas dificuldades», realçou a governante.

«A falta de recursos médicos no país existe, nomeadamente para o trabalho nas VMER, que exige preparação e idades definidas», acrescentou.

Esta semana, o PSD entregou na Assembleia da República um requerimento, pedindo esclarecimentos à ministra, em partucular sobre a operacionabilidade ou nãos das VMER do distrito de Vila Real por falta de médicos.

A administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro já admitiu que a VMER de Chaves é obrigada com frequência a parar devido à falta de clínicos. Uma situação que se repete, por exemplo, em Beja.

À margem deste assunto, Ana Jorge defendeu a integração dos hospitais pediátricos nos hospitais gerais.

TSF