sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O horror dos incêndios que está a devastar Los Angeles

 


























By Noticias ao Minuto

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Desespero e críticas aos bombeiros de quem perdeu tudo em Los Angeles

As camas improvisadas e os cobertores cedidos pela Cruz Vermelha Norte-Americana são tudo o que os sobreviventes dos incêndios em Pacific Palisades e Malibu têm após a devastação, com evacuações obrigatórias em toda a cidade.

Mandaram-nos sair às nove da noite", disse à Lusa Ray, que escapou com o marido e a filha adolescente do incêndio. "Às cinco da manhã a nossa casa ficou em cinzas", acrescentou.

Saíram de pijama e fato de treino, com os telemóveis, e apenas tiveram tempo de salvar o animal de estimação, uma cabra-pigmeu com dez anos. 

"Hoje [quarta-feira] vamos dormir no carro", contou Ray, à porta da escola secundária El Camino Real, em Woodland Hills, que foi transformada em abrigo.

A cabra-pigmeu não pode dormir lá dentro, por isso terão de ficar dentro do carro.

"Não temos cabeça para mais nada. Amanhã procuramos outro sítio", partilhou Ray.

A casa, em Malibu, está totalmente destruída. Viviam lá há 20 anos e já tinham passado por outros fogos, mas nunca viram nada tão destrutivo.

Os fortes ventos de Santa Ana, que atingiram os 160 quilómetros por hora, fizeram alastrar o fogo em poucas horas e os incêndios continuam a propagar-se. 

Ray estava emocionada mas também zangada com os bombeiros, que disse não terem feito nada para salvar as casas.

"Não nos deixaram usar mangueiras de alta pressão porque disseram que havia pouca água", contou. "Queriam usá-la em Pacific Palisades", acusou. 

Há vários incêndios ativos em Los Angeles, o mais grave dos quais em Pacific Palisades, junto às montanhas de Santa Mónica, onde arderam mil edifícios e seis mil hectares.

Este é já o incêndio mais destrutivo da história da cidade, onde há fogos sazonais devido aos ventos fortes, baixa humidade e vegetação seca. 

Os habitantes de Los Angeles começaram nas últimas horas a receber avisos para ferverem a água, devido à intensidade do uso pelos bombeiros que está a diminuir a pressão nos canos e pode tornar o seu consumo perigoso. 

Mais de 160 mil habitantes continuam sem eletricidade, com os semáforos desligados na rua e um cheiro muito intenso a queimado por todo o lado, mesmo a bastantes quilómetros de distância dos vários fogos.

Cerca de 30 mil pessoas tiveram de ser evacuadas e cinco mortes confirmadas

Também nas últimas horas surgiram mais incêndios, incluindo um nos Hollywood Hills, onde há grandes mansões e vivem celebridades. 

Segundo disse à Lusa Mimi Teller, porta-voz da Cruz Vermelha Norte-Americana, os abrigos têm neste momento 94 pessoas em Westwood e 12 em Pacoima.

A Lusa esteve no abrigo de Woodland Hills, onde os funcionários contabilizaram nove pessoas desde o início dos incêndios. 

Com estado de emergência declarado pelo governador da Califórnia Gavin Newsom, o distrito decidiu encerrar todas as escolas do condado, devido à má qualidade do ar, as cinzas que estão a cair e os ventos que continuam fortes. 

A associação de críticos Critics Choice Association decidiu adiar a sua cerimónia de entrega de prémios de cinema e televisão, que estava marcada para Santa Mónica no domingo, 12 de janeiro.

In Mundo ao Minuto

Hollywood evacuado, casas destruídas e críticas. Fogos assolam Califórnia

Vários incêndios continuam a assolar o estado norte-americano da Califórnia, sobretudo o condado de Los Angeles. Até ao momento, registam-se cinco vítimas mortais, mais de 1.500 casas destruídas e centenas de pessoas retiradas.

O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, está a ser assolado por vários incêndios de grandes proporções. Uma das situações mais preocupantes é em Los Angeles.

No condado de Los Angeles, o fogo já obrigou à retirada de mais de 130 mil pessoas e destruiu cerca de 1.500 habitações, incluindo de várias celebridades. Há ainda milhares de casas sem eletricidade. 

Na noite de quarta-feira, as autoridades ordenaram aos moradores do bairro histórico de Hollywood que abandonassem as suas casas, depois de um novo incêndio ter deflagrado a centenas de metros da Hollywood Boulevard. Em causa, explicou o Corpo de Bombeiros de Los Angeles, está uma "ameaça imediata à vida".

Foram também encerradas escolas e centros recreativos transformados em abrigos para as pessoas que tiveram de ser retiradas. Durante o dia, nuvens negras de fumo taparam o sol em grandes extensões da cidade de Los Angeles e caíram cinzas mesmo em bairros que estão a vários quilómetros das zonas afetadas. 

Até ao momento, há registo de cinco vítimas mortais nas zonas de Altadena e Pasadena.

Face à catástrofe, foi declarado o estado de emergência pelo condado de Los Angeles e pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que conseguiu luz verde do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para obter ajuda federal no combate aos incêndios. 

Joe Biden decidiu cancelar uma viagem oficial a Itália, marcada para esta quinta-feira, que seria provavelmente a última visita ao estrangeiro antes de Donald Trump tomar posse, a 20 de janeiro. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean, o ainda presidente norte-americano "tomou a decisão de cancelar a sua próxima viagem a Itália para se concentrar na gestão da resposta federal geral nos próximos dias".

Desespero e críticas aos bombeiros de quem perdeu tudo em Los Angeles

As camas improvisadas e os cobertores cedidos pela Cruz Vermelha Norte-Americana são tudo o que os sobreviventes dos incêndios em Pacific Palisades e Malibu têm após a devastação, com evacuações obrigatórias em toda a cidade.

"Mandaram-nos sair às nove da noite", disse à Lusa Ray, que escapou com o marido e a filha adolescente do incêndio. "Às cinco da manhã a nossa casa ficou em cinzas", acrescentou.

Saíram de pijama e fato de treino, com os telemóveis, e apenas tiveram tempo de salvar o animal de estimação, uma cabra-pigmeu com dez anos.  O animal não pode dormir em abrigos, por isso terão de ficar dentro do carro.

Ray estava emocionada mas também zangada com os bombeiros, que disse não terem feito nada para salvar as casas. "Não nos deixaram usar mangueiras de alta pressão porque disseram que havia pouca água", contou. "Queriam usá-la em Pacific Palisades", acusou. 

Os habitantes de Los Angeles começaram também nas últimas horas a receber avisos para ferverem a água, devido à intensidade do uso pelos bombeiros que está a diminuir a pressão nos canos e pode tornar o seu consumo perigoso. 

In Mundo ao Minuto