terça-feira, 1 de julho de 2025

Meios de combate a incêndios reforçados a partir desta terça-feira mas faltam helicópteros

 Meios de combate são reforçados esta terça-feira pela terceira vez este ano com a entrada em vigor do "reforçado — nível Delta". No entanto, dois helicópteros ligeiros estão inoperacionais.

O dispositivo de combate a incêndios rurais é reforçado esta terça-feira para entrar na sua capacidade máxima, passando a estar no terreno em permanência 11.161 operacionais e 69 meios aéreos, menos sete do que os previstos pela Proteção Civil.

A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, indica que os meios são reforçados esta terça-feira pela terceira vez este ano com a entrada em vigor do denominado “reforçado — nível Delta”, que se prolonga até 30 de setembro.

O DECIR prevê para esta altura do ano 79 meios aéreos, sendo que três são helicópteros da AFOCELCA (empresa de proteção florestal vocacionada para o combate a incêndios rurais).

No entanto, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção e Civil (ANEPC) indicou à Lusa que conta a partir desta terça-feira com 71 aeronaves, mas dois helicópteros ligeiros estão inoperacionais por se encontrarem neste momento em manutenção.

Os helicópteros ligeiros inoperacionais para manutenção estão sediados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdez (Viana do Castelo) e Santa Comba Dão (Viseu).

No total, estão esta terça-feira disponíveis para o combate aos incêndios 69, menos sete do que os 76 previstos no DECIR e ao serviço da ANEPC.

A Proteção Civil indica que se encontram “ainda por posicionar cinco helicópteros ligeiros previstos para os CMA de Mafra, Portalegre, Grândola, Ourique e Moura“, o que resulta de “constrangimentos no processo de contratação conduzido pela Força Aérea Portuguesa, uma vez que os concorrentes ao procedimento inicial recusaram a celebração do contrato ou não reuniram os requisitos exigidos”.

A Lusa questionou a ANEPC sobre a falta de helicópteros no distrito de Beja, que remeteu uma resposta para a Força Aérea, que é responsável pelo processo de contratação dos meios aéreos.

Por sua vez, e numa resposta enviada à Lusa na semana passada, a Força Aérea refere que a sua responsabilidade diz apenas respeito ao processo de contratação dos meios aéreos, sendo a localização definida pela ANEPC.

A Proteção Civil indicou ainda à Lusa que os “locais onde ainda não foi possível posicionar meios aéreos” estão abrangidos e cobertos por aeronaves alocadas a outros CMA, “garantindo-se, assim, a capacidade de resposta operacional sempre que necessário”.

A ANEPC avança que tem vindo “a reforçar o dispositivo através do pré-posicionamento estratégico de meios aéreos” para “mitigar os efeitos da indisponibilidade temporária” dos cinco helicópteros, em particular na região do Alentejo, tendo sido destacados dois aviões médios anfíbios para o CMA de Beja, um helicóptero pesado para o CMA de Ourique e um helicóptero ligeiro para o CMA de Portalegre.

Segundo o DECIR, nos próximos três meses, vão estar disponíveis e “em permanência” 11.161 operacionais2.293 equipas e 2.417 veículos, números que podem aumentar em caso de necessidade, prevendo o dispositivo a mobilização em 24 horas de meios adicionais que podem chegar aos 15.024 elementos de 2.567 equipas e 3.411 viaturas.

Estes operacionais envolvidos no DECIR até setembro são elementos pertencentes aos bombeiros voluntários, na sua maioria, Força Especial de Proteção Civil, militares da Guarda Nacional Republicana e elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente sapadores florestais e sapadores bombeiros florestais.

Este ano mudou o critério de contabilização dos operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais, não sendo por isso possível fazer uma comparação com 2024.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a DON deste ano deixou de integrar os meios e recursos afetos à vigilância e deteção e contempla apenas os recursos permanentes, mobilizáveis e efetivos para o combate aos fogos.

Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de que este ano, entre janeiro e junho, se registaram 2.459 ocorrências de fogo, que provocaram 6.104 hectares de área ardida.

Em relação ao mesmo período do ano passado, ocorreram mais 647 incêndios e a área ardida mais do que duplicou.

O Observador

segunda-feira, 30 de junho de 2025

O estranho efeito de arrefecimento dos incêndios florestais

A maioria dos modelos climáticos dominantes não inclui as taxas crescentes de atividade dos incêndios registadas nas florestas boreais da Terra. Em vez disso, esses modelos tendem a assumir que a atividade dos incêndios, e as emissões associadas, manter-se-iam nos níveis registados no final da década de 2010.

Num artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences no início de junho, três investigadores estudaram o que aconteceria às projeções climáticas se utilizassem novos modelos que representassem com mais precisão a severidade da época de incêndios nas florestas boreais dos últimos anos e no futuro.

Segundo o nautilus, o que descobriram parece contraintuitivo. De acordo com os novos modelos, o fumo proveniente de todos os incêndios poderia, na verdade, atenuar o aquecimento global em cerca de 12%.

Dargan Frierson, cientista atmosférico e coautor do artigo, diz que estava “à espera do oposto”.

Para calcular o impacto do aumento da atividade dos incêndios nas alterações climáticas, Frierson e os seus colegas usaram a Global Fire Emissions Database, que regista os níveis de fumo, fuligem e CO2 emitidos pelos incêndios num dado ano.

Analisaram então a relação entre a atividade dos incêndios, as emissões relacionadas e as temperaturas globais entre 1997 e 2023, e inseriram essas variáveis nos modelos de alterações climáticas existentes.

“Os incêndios florestais afetam o clima de várias maneiras,” explica Frierson. Estes incêndios libertam fumo, dióxido de carbono, metano e todo o tipo de poluentes — incluindo substâncias por vezes tóxicas.

Grande parte desta mistura tem um efeito de aquecimento no planeta, seja por adicionar mais gases com efeito de estufa à atmosfera, seja por escurecer a superfície da neve e do gelo, causando uma maior retenção de calor e um degelo mais rápido.

Mas os modelos de Frierson e colegas indicaram que este aquecimento é mais do que compensado pelo efeito líquido de arrefecimento que o fumo e outros aerossóis provocam ao iluminar as nuvens e impedir que parte do calor do sol chegue à superfície.

Isto ajuda até a preservar algum do gelo marítimo no Ártico, fazendo com que o gelo dure mais e se mantenha mais espesso durante o verão e o outono do que aconteceria de outra forma, o que provoca ainda mais arrefecimento durante o inverno, comparado com o que a maioria dos modelos climáticos sugere.

Ainda assim, embora Frierson e a sua equipa consigam afirmar com alguma confiança que o aumento da atividade dos incêndios poderá reduzir o aquecimento global em 12% e em 38% no Ártico.

Hamish Gordon, cientista atmosférico da Carnegie-Mellon University, afirma que “os números precisos são extremamente incertos.”

Gordon não diz isto para pôr em causa o estudo, que até lhe agradou, mas porque os autores tiveram de fazer muitas suposições e porque existem muitas incertezas inerentes à modelação climática, especialmente quando se trata de aerossóis como o fumo dos incêndios, que continuam a ser um dos maiores desafios para os cientistas do clima.

Aerossóis, partículas minúsculas suspensas na atmosfera, comportam-se de maneiras complexas: algumas dispersam a luz, outras absorvem calor, algumas fazem ambas as coisas; e todas elas iluminam as nuvens ao multiplicar as gotas de água, causando por vezes até precipitação espontânea.

Frierson refere que “os números não devem ser levados demasiado a sério neste momento.”

O artigo não tinha como objetivo determinar o efeito preciso e definitivo do aumento dos incêndios no clima global, mas sim destacar a importância de contabilizar corretamente essas emissões nos futuros modelos climáticos, especialmente com a preparação dos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas no seu sétimo ciclo de avaliação.

Mas, mesmo que futuras análises reforcem as conclusões de Frierson e seus colaboradores e indiquem que uma grande quantidade de fumo possa ter um efeito de arrefecimento pronunciado no planeta e no Ártico, isso não significa que estes incêndios sejam benignos ou benevolentes.

Como salienta Erin Hanan, ecologista de incêndios da Universidade de Nevada Reno. “as mudanças no regime de incêndios nas regiões boreais são um desastre ecológico, ambiental e para a saúde humana”.

In Ciência e Saúde

Mais de 90 concelhos do continente em risco máximo

O IPMA prevê para hoje, no continente, continuação de tempo quente, com céu em geral pouco nublado, e a possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada dispersos no interior, em especial das regiões Norte e Centro e durante a tarde.

Mais de 90 concelhos do interior Norte e Centro e do Algarve estão esta segunda-feira em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, os concelhos que estão sob este alerta pertencem aos distritos de Vila Real, Bragança, Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Beja e Faro.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou ainda em risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ quase todos os concelhos dos distritos do continente.

Apenas cerca de 30 municípios, a maioria no litoral do país, estão com risco moderado ou reduzido de incêndio.

O risco de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.

Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Devido à vaga de calor que está a atingir o país, o IPMA colocou sete distritos do continente em aviso vermelho, o mais grave de todos. São eles Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre.

Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra e Faro estão sob aviso laranja (o segundo mais grave) e os restantes sob aviso amarelo (o menos grave).

O IPMA prevê para hoje, no continente, continuação de tempo quente, com céu em geral pouco nublado, e a possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada dispersos no interior, em especial das regiões Norte e Centro e durante a tarde.

Está igualmente previsto nevoeiro em alguns locais da faixa costeira ocidental e a temperatura máxima vai começar a descer.

Segundo o IPMA, as temperaturas mínimas vão oscilar entre os 17 (Aveiro) e os 26 graus Celsius (Faro) e as máximas entre os 24 (Aveiro) e os 43 (Beja).

In TVI Noticas

Incêndio numa zona florestal de Castelo Branco "continua ativo"

 Este incêndio, que foi combatido no domingo com o apoio de nove meios aéreos, foi dado como em rescaldo no final da noite, mas voltou a ficar ativo durante a madrugada.

O incêndio que deflagrou este domingo numa zona florestal no concelho de Castelo Branco "continua ativo", disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

De acordo com informações disponibilizadas no site da ANEPC, às 06:40 desta segunda-feira encontravam-se no terreno 140 operacionais e 48 veículos.

Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil disse à Lusa que esta manhã será feita uma "reavalização", que deverá passar pelo envio de meios aéreos para o combate a este incêndio, notificado às autoridades às 17:00 de domingo nas povoações de Almaceda e Padrão, no concelho e distrito de Castelo Branco.

Este incêndio, que foi combatido no domingo com o apoio de nove meios aéreos, foi dado como em rescaldo no final da noite de ontem, mas voltou a ficar ativo durante a madrugada.

Um outro incêndio que lavrava no domingo em Alvorão, Torres Novas, e estava às 19:00 a ser combatido por 109 operacionais, apoiados por 29 veículos e três meios aéreos, foi dominado ao final do dia e entrou em fase de rescaldo às 22:15, disse à agência Lusa fonte do Comando Sub-regional do Médio Tejo da ANEPC.

Devido à onda de calor que está a atingir o país, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sete distritos do continente em aviso vermelho, entre hoje e terça-feira: Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre.

Os restantes distritos estarão com avisos laranja (o segundo mais grave) e amarelo, variando nos dias entre hoje e terça-feira.

In Sic Noticias

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Três incêndios florestais ativos mobilizam meios no distrito de Évora

 Bombeiros de Setúbal mobilizados para combater 3 incêndios no distrito de Évora.

Três incêndios florestais estão, neste momento, ativos no distrito de Évora, em área florestal perto das freguesias de Nossa Senhora da Tourega e Nossa Senhora de Guadalupe – Valverde, e nos concelho de Alandroal e Redondo. Os fogos deflagraram por volta das 14h13, e os meios de combate já se encontram no terreno desde as 14h38.

Os incêndios deflagraram em áreas de povoamento florestal, numa zona onde se registam temperaturas extremas (37°C), humidade muito baixa (17%), condições meteorológicas que não dão tréguas aos bombeiros. Segundo o comando dos Bombeiros de Évora, não há habitações nem pessoas em risco.

Até ao momento, estão mobilizados 127 operacionais, apoiados por 41 viaturas e 3 meios aéreos, numa operação de combate que continua em curso.

O Diário do Distrito apurou que já estão em deslocação bombeiros do distrito de Setúbal para reforçar o combate às chamas no terreno.

Esta é uma notícia em atualização.

In Sapo.pt

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O horror dos incêndios que está a devastar Los Angeles

 


























By Noticias ao Minuto

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Desespero e críticas aos bombeiros de quem perdeu tudo em Los Angeles

As camas improvisadas e os cobertores cedidos pela Cruz Vermelha Norte-Americana são tudo o que os sobreviventes dos incêndios em Pacific Palisades e Malibu têm após a devastação, com evacuações obrigatórias em toda a cidade.

Mandaram-nos sair às nove da noite", disse à Lusa Ray, que escapou com o marido e a filha adolescente do incêndio. "Às cinco da manhã a nossa casa ficou em cinzas", acrescentou.

Saíram de pijama e fato de treino, com os telemóveis, e apenas tiveram tempo de salvar o animal de estimação, uma cabra-pigmeu com dez anos. 

"Hoje [quarta-feira] vamos dormir no carro", contou Ray, à porta da escola secundária El Camino Real, em Woodland Hills, que foi transformada em abrigo.

A cabra-pigmeu não pode dormir lá dentro, por isso terão de ficar dentro do carro.

"Não temos cabeça para mais nada. Amanhã procuramos outro sítio", partilhou Ray.

A casa, em Malibu, está totalmente destruída. Viviam lá há 20 anos e já tinham passado por outros fogos, mas nunca viram nada tão destrutivo.

Os fortes ventos de Santa Ana, que atingiram os 160 quilómetros por hora, fizeram alastrar o fogo em poucas horas e os incêndios continuam a propagar-se. 

Ray estava emocionada mas também zangada com os bombeiros, que disse não terem feito nada para salvar as casas.

"Não nos deixaram usar mangueiras de alta pressão porque disseram que havia pouca água", contou. "Queriam usá-la em Pacific Palisades", acusou. 

Há vários incêndios ativos em Los Angeles, o mais grave dos quais em Pacific Palisades, junto às montanhas de Santa Mónica, onde arderam mil edifícios e seis mil hectares.

Este é já o incêndio mais destrutivo da história da cidade, onde há fogos sazonais devido aos ventos fortes, baixa humidade e vegetação seca. 

Os habitantes de Los Angeles começaram nas últimas horas a receber avisos para ferverem a água, devido à intensidade do uso pelos bombeiros que está a diminuir a pressão nos canos e pode tornar o seu consumo perigoso. 

Mais de 160 mil habitantes continuam sem eletricidade, com os semáforos desligados na rua e um cheiro muito intenso a queimado por todo o lado, mesmo a bastantes quilómetros de distância dos vários fogos.

Cerca de 30 mil pessoas tiveram de ser evacuadas e cinco mortes confirmadas

Também nas últimas horas surgiram mais incêndios, incluindo um nos Hollywood Hills, onde há grandes mansões e vivem celebridades. 

Segundo disse à Lusa Mimi Teller, porta-voz da Cruz Vermelha Norte-Americana, os abrigos têm neste momento 94 pessoas em Westwood e 12 em Pacoima.

A Lusa esteve no abrigo de Woodland Hills, onde os funcionários contabilizaram nove pessoas desde o início dos incêndios. 

Com estado de emergência declarado pelo governador da Califórnia Gavin Newsom, o distrito decidiu encerrar todas as escolas do condado, devido à má qualidade do ar, as cinzas que estão a cair e os ventos que continuam fortes. 

A associação de críticos Critics Choice Association decidiu adiar a sua cerimónia de entrega de prémios de cinema e televisão, que estava marcada para Santa Mónica no domingo, 12 de janeiro.

In Mundo ao Minuto

Hollywood evacuado, casas destruídas e críticas. Fogos assolam Califórnia

Vários incêndios continuam a assolar o estado norte-americano da Califórnia, sobretudo o condado de Los Angeles. Até ao momento, registam-se cinco vítimas mortais, mais de 1.500 casas destruídas e centenas de pessoas retiradas.

O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, está a ser assolado por vários incêndios de grandes proporções. Uma das situações mais preocupantes é em Los Angeles.

No condado de Los Angeles, o fogo já obrigou à retirada de mais de 130 mil pessoas e destruiu cerca de 1.500 habitações, incluindo de várias celebridades. Há ainda milhares de casas sem eletricidade. 

Na noite de quarta-feira, as autoridades ordenaram aos moradores do bairro histórico de Hollywood que abandonassem as suas casas, depois de um novo incêndio ter deflagrado a centenas de metros da Hollywood Boulevard. Em causa, explicou o Corpo de Bombeiros de Los Angeles, está uma "ameaça imediata à vida".

Foram também encerradas escolas e centros recreativos transformados em abrigos para as pessoas que tiveram de ser retiradas. Durante o dia, nuvens negras de fumo taparam o sol em grandes extensões da cidade de Los Angeles e caíram cinzas mesmo em bairros que estão a vários quilómetros das zonas afetadas. 

Até ao momento, há registo de cinco vítimas mortais nas zonas de Altadena e Pasadena.

Face à catástrofe, foi declarado o estado de emergência pelo condado de Los Angeles e pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que conseguiu luz verde do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para obter ajuda federal no combate aos incêndios. 

Joe Biden decidiu cancelar uma viagem oficial a Itália, marcada para esta quinta-feira, que seria provavelmente a última visita ao estrangeiro antes de Donald Trump tomar posse, a 20 de janeiro. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean, o ainda presidente norte-americano "tomou a decisão de cancelar a sua próxima viagem a Itália para se concentrar na gestão da resposta federal geral nos próximos dias".

Desespero e críticas aos bombeiros de quem perdeu tudo em Los Angeles

As camas improvisadas e os cobertores cedidos pela Cruz Vermelha Norte-Americana são tudo o que os sobreviventes dos incêndios em Pacific Palisades e Malibu têm após a devastação, com evacuações obrigatórias em toda a cidade.

"Mandaram-nos sair às nove da noite", disse à Lusa Ray, que escapou com o marido e a filha adolescente do incêndio. "Às cinco da manhã a nossa casa ficou em cinzas", acrescentou.

Saíram de pijama e fato de treino, com os telemóveis, e apenas tiveram tempo de salvar o animal de estimação, uma cabra-pigmeu com dez anos.  O animal não pode dormir em abrigos, por isso terão de ficar dentro do carro.

Ray estava emocionada mas também zangada com os bombeiros, que disse não terem feito nada para salvar as casas. "Não nos deixaram usar mangueiras de alta pressão porque disseram que havia pouca água", contou. "Queriam usá-la em Pacific Palisades", acusou. 

Os habitantes de Los Angeles começaram também nas últimas horas a receber avisos para ferverem a água, devido à intensidade do uso pelos bombeiros que está a diminuir a pressão nos canos e pode tornar o seu consumo perigoso. 

In Mundo ao Minuto

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Mais de 150 Bombeiros no Combate ao Fogo em Armazéns de Coimbra

 

O incêndio que se prolonga há nove horas em quatro armazéns de uma empresa de componentes elétricos e pisos flutuantes, em Coimbra, mantém-se ativo e está a ser combatido por 157 operacionais, apoiados em 55 viaturas.

Pelas 6.15 horas, fonte do Comando Sub-regional da Região de Coimbra disse também à agência Lusa que o fogo está a consumir armazéns da empresa Globovac, numa zona industrial.


O alerta para o fogo em armazéns na zona de Sargento Mor, Coimbra, foi dado pelas 21.30 horas de segunda-feira.


Na segunda-feira, a fonte do mesmo Comando disse que o fogo está circunscrito àqueles armazéns e que não há registo de feridos.


In Jornal de Noticias

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Morreram homem e mulher feridos em Albergaria-a-Velha

 Um homem e uma mulher do concelho de Albergaria-a-Velha morreram esta segunda-feira na sequência de queimaduras sofridas no incêndio que lavrou no município do distrito de Aveiro na semana passada, disse o vice-presidente da autarquia.

Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, Delfim Bismark, trata-se de um homem que residia em Vila Nova de Fusos e de uma mulher de Frossos.

O autarca referiu que a mulher, de 81 anos, que estava internada no hospital de Coimbra, morreu hoje de madrugada.

O incêndio rural que deflagrou no dia 16 em Albergaria-a-Velha deixou desalojadas pelo menos 40 famílias e causou danos em seis empresas, disse na sexta-feira o presidente da Câmara.

O fogo entrou em fase de resolução na quarta-feira, causando até então a morte a duas pessoas, "um idoso que sofreu um enfarte e um colaborador de uma empresa que estava a combater as chamas e acabou por ficar carbonizado".

A Lusa contactou hoje a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que disse desconhecer o registo de mais mortes além das que foram anunciadas na semana passada.

Uma fonte do organismo indicou que, com o fecho das ocorrências, a entidade deixou de acompanhar o estado dos feridos.

Com as duas mortes ocorridas hoje, sobe para nove o número de pessoas que morreram devido aos incêndios rurais que atingiram desde o dia 15 sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A ANEPC contabilizou até sexta-feira, além de 120 feridos, cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

Os incêndios florestais consumiram entre os dias 15 e 20 cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.
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