terça-feira, 18 de março de 2008

Uma criança de seis anos foi atingida por um portão de ferro de um polidesportivo que está a ser construído em Póvoa de Sobrinhos. O menino está no Hospital e a recuperar bem. Os familiares afirmam ter-se tratado de uma brincadeira de miúdos

O menino que ficou ferido depois de ter sido atingido por um portão de ferro, em Póvoa de Sobrinhos, Viseu, está a recuperar bem e deverá ser brevemente operado. A notícia foi dada pela mãe, Paula Lopes, que, apesar de não ter ganho para o susto, disse estar consciente de que o acidente foi consequência da "curiosidade" dos mais novos.

"Estava bem seguro"

Rogério Lopes andava a brincar com os primos num Polidesportivo que está a ser construído pela Associação Recreativa "Os Povoenses". O equipamento tem gradeamento à volta, uma porta principal e o portão de ferro que tinha sido retirado e estava apenas seguro com alguns arames para facilitar o trabalho dos operários que andavam a colocar terra dentro do campo.
As crianças costumam brincar naquele local que fica a pouco menos de 50 metros de distância da casa onde moram.

Ontem, ao nosso Jornal, o presidente da Associação, Ramiro Costa, explicou que há cerca de um mês, o portão estava fechado a cadeado, mas como as obras ainda não terminaram, foi necessário abri-lo. "Os miúdos costumam vir para aqui jogar futebol e antes até, para entrar, furavam as redes.

Achámos que era melhor manter uma porta aberta e assim dissemos-lhes que podiam entrar pela principal", começou por explicar o presidente da Associação. Sobre o acidente, Ramiro Costa sustentou que as crianças decidiram desamarrar os arames para puxar o portão e fechá-lo para que a bola não saísse. "Como não tinham força suficiente, o portão resvalou e caiu por cima do Rogério", contou.

Enquanto as obras estão a decorrer - o polidesportivo deverá ficar pronto em Maio - o portão vai manter-se aberto, mas Ramiro Costa garante que está "bem preso" e "não apresenta nenhum perigo".

Brincadeira de criança

A criança estava à guarda de Natália Soares, avó paterna, uma vez que a mãe é emigrante na Suiça. Na sua opinião, o acidente foi a consequência da inquietude dos meninos que não conseguem ficar parados. "A culpa não é de ninguém", afirma a avó.
A mesma opinião tem a mãe, Paula Lopes, que regressou a Portugal para acompanhar a evolução do pequeno Rogério.

"Toda a gente sabe que as crianças são muito curiosas e irrequietas. Espero que sirva agora de lição para as outros miúdos", sustentou, esperando que o filho recupere rapidamente das lesões que sofreu.

Diário de Viseu