Camião esmaga idoso na passadeira
Joaquim Nascimento, de 87 anos, morava no campo. Ontem foi à cidade e decidiu ir ver a filha. Não conseguiu. Morreu depois de ter sido atropelado por um camião de 15 toneladas, em pleno centro de Loulé, a 10 metros de reencontrar a familiar.
O idoso residia em Salir e estava a atravessar uma passadeira, na Avenida José da Costa Mealha, junto ao coreto, quando foi colhido pela viatura pesada. A filha, que trabalha a poucos metros do local do acidente, quase assistiu ao mesmo, tendo ficado em estado de choque.
Uma das rodas do pesado terá passado por cima do idoso, causando-lhe vários ferimentos. Ainda foi assistido pelos bombeiros e INEM (ver caixa) mas não resistiu aos ferimentos. Morreu a caminho do hospital. Segundo fonte do INEM, a vítima sofreu “ferimentos na grelha costal, traumatismo crânio-encefálico e fracturas numa das pernas”.
O condutor, que foi interrogado pela GNR, não se terá apercebido da presença do peão, que terá atravessado com o trânsito parado.
Ao que o CM apurou, várias testemunhas garantiram às autoridades que “o idoso estava a atravessar na passadeira e que o condutor estava distraído”, ao que tudo indica a olhar para a rotunda que se aproximava. “Só ouvi uma pessoa a gritar para o condutor parar. Quando fui à rua o homem já estava debaixo do camião”, contou ao CM António Gonçalves, comerciante local e a pessoa que chamou o 112.
AMBULÂNCIA SAIU DE FARO
Apesar de o atropelamento ter acontecido no centro de Loulé, a assistência de emergência à vítima foi feita por uma ambulância do INEM que teve de deslocar-se de Faro. Ao que o CM apurou, a viatura do INEM ao serviço dos Bombeiros de Loulé está avariada e quando foi accionado o 112, às 09h43, “todas as outras ambulâncias estavam noutros serviços”, explicou o comandante dos Bombeiros de Loulé, José Faísca. A primeira assistência foi feita por uma viatura dos bombeiros que transportava outro doente e só depois chegou o INEM. O CM sabe que as ambulâncias de Faro têm sido chamadas várias vezes a ocorrências em Loulé.
Correio da Manhã
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