sexta-feira, 14 de março de 2008

Actuação do INEM é criticada em acidente

Família de vítima de acidente de trabalho critica a actuação dos meios de socorro num caso que ocorreu em Tarouca

Um homem de 62 anos morreu vítima de um acidente numa obra em Tarouca. A família acredita que Ildefonso Guedes Valente poderia estar ainda vivo se a assistência do INEM e dos Bombeiros Voluntários de Tarouca fosse prestada de forma mais eficiente e rápida.
O acidente ocorreu quando Ildefonso Valente estava a acompanhar a demolição de um armazém em Ponte Nova, no concelho de Tarouca.
Segundo testemunhas, durante esta actividade uma barra de ferro que ajudava a segurar a estrutura do armazém caiu e atingiu Ildefonso no peito. Ao ser projectado para trás, bateu com a cabeça em alguns tijolos, o que provocou um "traumatismo craniano profundo".

Várias chamadas

Após o incidente, por volta das 11h20m, foi feita mais de meia dúzia de chamadas para o 112, a pedir assistência médica. Dada a demora da ajuda, o filho de Ildefonso, que estava no local, ligou para um bombeiro amigo, que estava no quartel em Tarouca. No momento em que o voluntário foi accionar a ambulância, os bombeiros estavam a receber o alerta do INEM.
Ainda no local do acidente, Ildefonso sofreu uma paragem cardiorespiratória, tendo sido reanimado pelo seu filho. Testemunhas afirmam que os bombeiros chegaram ao armazém perto do meio-dia.

Versão do INEM

Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o pedido de socorro para esta ocorrência foi recebido pelas 11h51 no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. Quem fez a chamada, alegou que havia um acidente numa obra, na estrada principal de Ponte Nova para Tarouca.
"Neste momento foi accionada para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, tarefa que ficou concluída pelas 11h54. Ou seja, entre o início do atendimento da chamada, a triagem da situação e o envio de meios, decorreram pouco mais de três minutos", refere o Gabinete de Comunicação e Imagem do INEM.
Ainda de acordo com o Instituto, não foi possível saber quando exactamente os bombeiros chegaram ao local, mas, pelas 12h12, a tripulação da ambulância dos voluntários de Tarouca transmitiu alguns dados da avaliação que efectuou à vítima.

Manobras de reanimação

"De imediato foi accionada uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), que está localizada no Hospital de Viseu. O accionamento da VMER foi feito às 12h15. A ambulância dos bombeiros e a VMER encontraram-se em Vila Nova de Paiva, por volta das 12h28, completa.
No local, a equipa da VMER procedeu a manobras de reanimação, com recurso a Suporte Avançado de Vida. Mas sem sucesso.

"A vítima apresentava lesões incompatíveis com a vida. O óbito da vítima foi verificado às 13h11", afirma o INEM.

Para o Instituto, não houve qualquer falha na sua actuação, dado que "o accionamento dos meios foi rápido e adequado em função da informação que existia sobre a situação clínica da vítima".
Vasco Lima, comandante dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, afirma que os bombeiros foram accionados imediatamente e que Ildefonso se encontrava com ferimentos graves, o que não lhe dava "qualquer hipótese de sobreviver".

"Não houve qualquer atraso no nosso atendimento. Agimos assim que o fomos contactados pelo INEM. Saímos de imediato. O quartel dos bombeiros está a apenas quatro quilómetros de distância do local do acidente, por isso prestámos ajuda de forma rápida", sublinha Vasco Lima.
O comandante lembra ainda que quando foram informados sobre o acidente, a VMER de Vila Real não estava operacional. Sendo assim, os bombeiros encaminharam a vítima para Viseu, acabando encontrar a VMER em Vila Nova de Paiva.

O INEM alega ainda que em relação às dificuldades no contacto com o 112 não se pode pronunciar, uma vez que o atendimento deste número funciona na Polícia de Segurança Pública, que apenas transfere para o INEM as chamadas em que existam vítimas de acidente ou de doença súbita.

“Falta de formação”

Susana Valente, filha de Ildefonso, admite que os bombeiros mostraram não ter formação para agir em situações como esta. "Não posso salvar a vida do meu pai, mas quero que este caso seja divulgado para que mais pessoas não passem pelo que a minha família passou. A assistência não deveria ter demorado tanto tempo", finaliza Susana Valente.

Diário de Viseu

1 Comments:

At 8:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Essa sesana Valente não deve ter nenhum conhecimento de nada, pelo o que sei essa senhora critica qualquer acto de qualquer um, essa senhora deve ser a mais sabia ou a mais prefeita do mundo... tambem compreendo a ocasião era o seu pai que estava em risco, mas não deveria criticar o que não se sabe, pelo menos um pedido de desculpa deveria fazer aos Bombeiros, se fosse eu o comandante essa senhora ira ter que provar onde é que os bombeiros falharam, tenha juizo senhora...

 

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