Rússia vai criar em Portugal centro de apoio à sua aviação de combate aos fogos

O ministro para Situações de Emergência da Rússia, Serguei Choigu, e o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, chegaram a um acordo “sobre a criação de um centro conjunto de aviação no território” português, informa hoje o centro de imprensa do ministério russo.

Segundo este centro de imprensa, “a decisão foi tomada depois de uma longa experiência de exploração em Portugal dos helicópetros Ka-32, que se mostraram eficientes no combate a incêndios”. 'Planeia-se também que o centro irá prestar assistência técnica à aviação russa e treinar pilotos', acrescentou o representante do Ministério para Situações de Emergência.

Serguei Choigu e Rui Pereira assinaram também um protocolo para troca de ajuda e informação em situações de emergência, durante a visita que o ministro russo fez esta semana a Portugal. Assim, Portugal e Rússia podem a partir de agora prestar assistência mútua em situações de emergência através do envio de equipas, equipamentos e materiais de apoio. O protocolo surgiu na sequência de um acordo estabelecido entre os dois países em 1998 no domínio da protecção civil, prevenção e gestão das emergências.

Em caso de necessidade, os dois países vão poder prestar assistência mútua, sendo o pedido feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, no caso de Portugal, e pelo Centro Nacional de Gestão de Emergências, na Rússia. O protocolo tem como objectivo concretizar a troca de experiências e de peritos, bem como de informações sobre situações de emergência que tenham ocorrido ou possam vir a ocorrer em Portugal e na Rússia.

Já durante o encontro de Serguei Choigu, que também é co-presidente da comissão russo-portuguesa de cooperação económica, industrial e técnica, com Manuel Pinho, ministro da Economia de Portugal, foi decidido realizar a próxima reunião dessa comissão em Moscovo, no próximo mês de Junho. Os ministros acordaram também desenvolver a cooperação no campo do desenvolvimento das energias renováveis e da sua introdução na Rússia, revela o centro de imprensa do ministério russo.

Lusa/SOL