quarta-feira, 25 de março de 2009

Meios para combate a incêndios suficientes até agora, diz Duarte Caldeira

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses entende que até agora estão a ser usados os meios necessários para combater os incêndios. Contudo, diz Duarte Caldeira, estes poderão ter de ser revistos casos os dias de calor continuem.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses considera que os meios que estão a ser envolvidos no combate aos incêndios são por agora suficientes, contudo, se os dias de calor continuarem poderão ter de ser revistos em alto.

Ouvido pela TSF, Duarte Caldeira entende que os próximos meses poderão ter um «perfil completamente diferente» do que aconteceu em anos anteriores, em particular, nos últimos dois anos, o que poderá levar a «ajustamentos no dispositivo».

«Mas, como os dados em presença, não se pode dizer que algo tenha falhado na capacidade de resposta. Em muitos dos locais em que os incêndios ocorreram não é possível operar meios aéreos», explicou este responsável da LBP, numa referência em particular aos fogos do Gerês.

Duarte Caldeira assinalou que alguns dos últimos incêndios têm aparecido em locais estranhos, dada a sua inacessibilidade, e também pela noite, o que levou as forças de segurança e a Polícia Judiciária a avaliar no terreno este tipo de fogos.

Depois de dois, três de acalmia nos incêndios, o presidente desta liga de bombeiros assinalou que há agora muito combustível nas florestas portuguesas, o que poderá levar ao aumento da área ardida em relação aos últimos anos.

«Cabe dizer que a situação dos incêndios florestais são apenas e só a resultante natural de um modelo de desenvolvimento que Portugal adoptou nas últimas três décadas e que levou à deserção do mundo rural, à fuga de populações e por via disso a uma eliminação do uso normal e racional da terra», concluiu.

TSF