sábado, 31 de maio de 2008

INEM participa em exercício da NATO para testar capacidade de resposta em ambiente contaminado

O INEM representa Portugal a partir de domingo na Finlândia num exercício da NATO que tem como objectivo testar a capacidade de resposta a uma forte cheia em que infra-estruturas são afectadas, algumas com risco químico, biológico e radiológico.

O exercício, denominado "Uusimaa 2008", vai decorrer em Helsínquia até quinta-feira e estarão envolvidos 1.100 participantes de 25 países.

Realizado no âmbito do Euro-Atlantic Disaster Response Coordination Centre (EADRCC) da NATO, o exercício tem como cenário a ocorrência de fortes cheias ao longo do golfo da Finlândia provocadas pela subida das águas e pelo mau tempo.

Em consequência desta "catástrofe natural", várias infra-estruturas críticas vão ser seriamente "afectadas", algumas delas apresentando risco químico, biológico e radiológico.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai participar no exercício com uma equipa de 42 elementos, entre médicos, enfermeiros, técnicos de ambulância de emergência, elementos da logística e telecomunicações.

No exercício, o INEM vai efectuar triagem das vítimas e prestar cuidados médicos em ambiente contaminado, fazer descontaminação e realizar a triagem secundária, estabilização e evacuação das vítimas, além de montar um hospital de campanha para a recepção e estabilização dos sinistrados.

As equipas do INEM vão utilizar no exercício uma parte do hospital de campanha do Instituto, uma ambulância, uma viatura da logística, duas pickups, um jeep das telecomunicações, duas viaturas NRBQ (ambiente nuclear, radiológico, biológico e químico) e dois camiões TIR.

Na Finlândia vai ainda ser utilizado equipamento recentemente adquirido e que veio dotar o INEM de capacidade de descontaminação das vítimas e das suas próprias equipas.

Segundo o INEM, o objectivo é testar e praticar os procedimentos dos participantes na resposta a desastres de dimensão significativa, quer pelo número de vítimas envolvidas, quer pela resposta necessária.

A coordenação local das operações de socorro - que envolvem 25 países - é outro dos objectivos deste exercício.

Lusa