Criação de EIP e distribuição de kits às juntas são as novidades este ano no dispositivo
Com a apresentação marcada para a próxima quarta-feira, na Lousã, com a presença do secretário de Estado da Protecção Civil, fica encerrado o ciclo de três sessões distritais de defesa da floresta contra incêndios.
A iniciativa, do Governo Civil de Coimbra, em parceria com autarquias, GNR e Direcção Geral dos Recursos Florestais, tem vindo a permitir conhecer o plano distrital de defesa da floresta contra incêndios, bem como os planos operacionais municipais que deverão trabalhar de forma articulada.
«Com as boas práticas de uns ganhamos todos», afirmou o governador civil de Coimbra, ontem, durante a segunda sessão, que decorreu em Montemor-o-Velho e onde foram apresentados os planos da Figueira da Foz, Mira, Cantanhede, Soure e Montemor. Henrique Fernandes destacou a importância da coordenação intermunicipal e da troca de informação entre os agentes da Protecção Civil e entidades com responsabilidades nesta área, conseguindo sinergias e potenciando meios.
Sobre os meios – materiais e humanos – continuam «sensivelmente os mesmos» relativamente ao ano de 2007, disse Henrique Fernandes, salvo algumas novidades, como a criação das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) e a entrada em funcionamento dos kits de primeira intervenção que têm vindo a ser distribuídos às juntas de freguesia. E neste aspecto destacou a importância das «estruturas de proximidade» na prevenção e combate aos incêndios florestais. «O maior envolvimento dos presidentes de Câmara e das câmaras municipais em todo o processo é decisivo», afirmou o responsável máximo pela Protecção Civil distrital.
A introdução das EIP no dispositivo de prevenção e combate aos incêndios florestais substitui as antigas equipas de intervenção e permite uma disponibilidade 24 horas por dia, durante todo o ano. É, pois, explicou, «um conjunto de gente que estará em permanência e pronta a intervir», e neste tipo de resposta, adiantou ainda o governador civil, o distrito de Coimbra posiciona-se na linha da frente. «Fomos o distrito que mais Equipas de Intervenção Permanente conseguiu formalizar, ao todo dez», adiantou.
E porque o trabalho deve ser feito «ao nível da base», há também cada vez mais juntas de freguesia a terem ao seu dispor kits de primeira intervenção, que são instalados numa viatura todo-o-terreno, e que estarão, em época de maior risco, aptos a entrar em acção. «É a primeira resposta de proximidade», frisou, adiantando que no distrito de Coimbra há já mais de 100 kits em funcionamento, um número «bastante significativo».
O alargamento do raio de acção dos meios aéreos é, por fim, outra das grandes novidades do dispositivo distrital. Os meios aéreos serão «os mesmos», disse o governador civil, mas o alargamento do seu raio de acção permite «cobrir integralmente a área do distrito», já que será feita uma articulação com os meios a sul, com Pombal, e a norte, em Águeda.
Diário de Coimbra
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