Quartel único para duas corporações
Pode estar cada vez mais perto a existência de um único quartel de bombeiros. As duas corporações e a autarquia já apontaram o caminho. Sócios e bombeiros têm a palavra final.
Os dois corpos de bombeiros, existentes em São Pedro do Sul, Voluntários e Salvação Pública, podem em breve ficar debaixo do mesmo tecto e com um comando único. A construção de novos quartéis é uma reivindicação antiga, à qual a autarquia sempre colocou como entrave a impossibilidade de apoiar duas obras. A unificação das corporações é um tema de tempos a tempos se fala, mas que também nunca avançou, sendo mesmo apontado por um alguns como uma realidade difícil de conseguir nos tempos mais próximos. O entendimento entre as duas associações, que continuariam a existir com sócios e direcções independentes, pode ser conseguido com o objectivo de ser construído um quartel único. Projecto que teria o apoio do municipio e que seria candidato ao QREN – Quadro de Referencia Estratégico Nacional. Na procura desse entendimento já houve duas reuniões. Na última, para além dos directores dos bombeiros, participou o presidente da Câmara de São Pedro do Sul e o comandante distrital de bombeiros.
A nova legislação
Nesse encontro, esteve em análise o regime jurídico dos corpos de bombeiros, que possibilita que duas ou mais corporações de bombeiros, do mesmo concelho, constituam uma “força conjunta” ou um “agrupamento”. O objectivo mais imediato é constituir uma “força conjunta”, estrutura em que as duas corporações, que estão em edifícios diferentes, passam a ter um comando único, dando maior operacionalidade aos meios existentes.
Esta “força conjunta” tem que mais tarde evoluir para um “agrupamento”, onde só exista um quartel, uma direcção, que pode ser constituída por elementos das direcções das duas associações, um comando e um corpo activo. A existência de um quartel único é condição essencial para que o projecto seja candidato às verbas do QREN.
Directores e autarquia de acordo
A autarquia de S. Pedro do Sul, que se mostra disponível para apoiar o projecto, diz que apenas promove a aproximação, cabendo às associações a tomada das principais decisões. Mesmo sobre a escolha do comando único, o presidente da câmara, António Carlos Figueiredo, diz que essa é uma tarefa que cabe às duas corporações.
Os presidentes das duas associações de bombeiros comprometeram-se, no mais curto espaço de tempo, a reunirem os associados e respectivos corpos activos. A eles cabe a palavra final e decisiva.
Seja como for, qualquer que seja a decisão, ambas as direcções têm uma certeza: “para existir uma força de protecção civil moderna, tem que se ter bons equipamentos, a começar pelo quartel, por isso, esta é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada”.
Diário As Beiras
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