Prevenir incêndios

Grupo florestal da GNR detecta 140 infracções em seis dias

O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana, detectou em seis dias 140 infracções susceptíveis de originar incêndios, entre as quais a falta de limpeza de matas e queimadas.

A operação de fiscalização, que decorreu de 24 a 30 de Julho em zonas de maior densidade florestal de Norte a Sul do país, e que só agora foi publicada, envolveu simultaneamente todos os efectivos do SEPNA, um total de 400 elementos.

Segundo o responsável do serviço, Major Jorge Amado, o maior número de infracções foi detectado na zona norte. Trata-se de irregularidades que, segundo a lei, podem ser puníveis com coimas de 140 euros a cinco mil euros, no caso de pessoa singular, e de 800 a 60 mil euros, no caso de pessoas colectivas.

Das 140 infracções, o SEPNA destaca a falta de limpeza de matos, a queima de sobrantes, o armazenamento de material junto a habitações, a falta de limpeza em redor das habitações, fiscalização de falta de dispositivos de retenção de faúlhas em maquinaria utilizada na floresta.

Os tractores, máquinas e veículos de transporte pesado usados em trabalhos nos espaços rurais durante o período crítico de incêndios são obrigados a ter dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas. Devem também estar equipados com um ou dois extintores de seis quilogramas.

Incendiário em flagrante delito

Segundo o major Jorge Amado, durante a operação, os elementos do SEPNA detiveram em flagrante delito um incendiário e detectaram pelo menos 15 infracções relacionadas com os tradicionais piqueniques nas matas portuguesas.

O responsável alertou que durante o período crítico não é permitido fazer fogueiras nas matas para a confecção de alimentos, tratando-se de uma prática susceptível de originar fogueiras, sendo apenas permitido nos locais previstos e identificados para isso.

Fogueiras perigosas

Mesmo nos locais preparados para realizar fogueiras, deve ser molhado o local que a rodeia, além de ser necessário manter por perto um recipiente com água.

No final, a fogueira deve ser apagada com terra ou água e nunca o local deverá ser abandonado sem se ter a certeza que as cinzas estão completamente apagadas.

Limpezas obrigatórias

Jorge Amado lembrou ainda que o mato em redor das habitações dever ser limpo num raio de 50 metros, assim como é aconselhável retirar folhas, caruma e ramos dos telhados.

Para sensibilizar e informar a população portuguesa de práticas que ajudam a evitar fogos, o SEPNA produziu 140 mil folhetos que vão ser distribuídos por todo o país, e está a realizar acções formativas de prevenção dos incêndios em várias localidades.

O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) tem, entre outras, a missão preventiva, repressiva e de investigação, através da coordenação da prevenção, vigilância, detecção de incêndios florestais, assim como a fiscalização da legislação florestal.

Lusa