2007 com menos acidentes nas estradas do concelho
Manteve-se o número de mortos – dois – mas os dados de 2007 apontam para um decréscimo da sinistralidade rodoviária no concelho de Oliveira do Hospital – menos nove que 2006 – à semelhança do que é visível a nível nacional. Fala-se de “condutores mais conscienciosos”, mas a velocidade excessiva e o desrespeito pela prioridade continuam a dominar o topo da tabela das causas dos acidentes.
Em 2007 registou-se um decréscimo do número de acidentes rodoviários nas estradas do concelho de Oliveira do Hospital. O ano de 2006 ficou marcado pela ocorrência de 270 acidentes, dos quais resultaram dois mortos, cinco feridos graves e 106 feridos ligeiros. Numa análise comparativa, é possível constatar que em 2007 se registaram menos nove acidentes, menos um ferido grave e menos três ligeiros, mantendo-se no entanto o mesmo número de mortos nas estradas concelhias.
A descida não é muito significativa, mas na opinião do sargento mor Martins do Destacamento Territorial da GNR da Lousã, não deixa de ser “bastante positiva”. Ao Correio da Beira Serra, o responsável adiantou ainda que a sinistralidade registada pelo posto da GNR de Oliveira do Hospital tem, desde 2005, vindo a diminuir, verificando-se uma descida considerável em 2005 e 2006, com menos 31 acidentes. O número de mortos em 2006 e 2007 é que não sofreu qualquer alteração. Recorde-se que no último ano, os acidentes que vitimaram à morte uma senhora e uma adolescente ocorreram no último trimestre de 2007 e apenas com um mês de distanciamento (21 de Novembro e 21 de Dezembro), ambos em estradas próximas da sede do concelho.
De entre as causas apuradas para a ocorrência dos acidentes, a velocidade excessiva continua a surgir no topo da tabela com um total de 58 acidentes, embora com um decréscimo de 31 comparativamente a 2006. O desrespeito de autoridade é referenciado como causador de 30 acidentes, menos 18 que no ano transacto, seguindo-se as ultrapassagens irregulares com um total de três acidentes em 2006 e 2007. O desrespeito pela sinalização causou, também, dois acidentes em 2007, mais um que em 2006. No entanto, são as “outras causas” que continuam a provocar o maior número de acidentes. Em 2007, 168 dos acidentes foram provocados por outras causas, notando-se um acréscimo de 39 relativamente a 2006.
As Estradas Nacionais 17 e 230 são apontadas como as vias mais problemáticas do concelho, mas segundo o responsável pelo Destacamento Territorial da GNR da Lousã, o maior número de acidentes registados, ocorreu dentro da localidade de Oliveira do Hospital.
A boa notícia que resulta da análise aos dados da sinistralidade concelhia é a de que, na realidade, o número de acidentes tem vindo a diminuir. E, o sargento mor Martins acredita que tal facto se fica a dever “essencialmente aos condutores que, se reconhece, são cada vez mais conscienciosos”.
Dados acompanham tendência nacional
A tendência de decréscimo a nível concelhio acompanhou o cenário nacional. Dados da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) divulgados no segundo dia do novo ano, indicam que Portugal atingiu antecipadamente em 2005, em 2006 e em 2007, a meta estimada para 2009 no universo dos feridos graves e concretizou, também antecipadamente, em 2006 e 2007, a meta estimada para 2009 no que respeita às vítimas mortais. A ANSR justifica os bons resultados com a realização – no final de 2007 e pela primeira vez – de uma Operação Especial de Prevenção e Fiscalização Rodoviária que passou pela realização de um conjunto de acções nas áreas da sensibilização, informação, fiscalização, socorro e apoio aos condutores. No período entre 25 de Novembro e 7 de Janeiro, a Operação contou com empenhamento de um dispositivo de cerca de sete mil elementos das forças de segurança, protecção civil e emergência, bem como dos esforços das entidades gestoras das vias e com um enorme investimento em informação e sensibilização por parte da ANSR no âmbito da Campanha “Mortes na Estrada – Vamos travar este drama”.
Numa análise aos dados recolhidos, a ANSR constata que durante o ano de 2007, no território continental, se registaram, como vítimas de acidentes rodoviários, 42 mil 631 feridos ligeiros, três mil e 90 feridos graves e 858 vítimas mortais, com a particularidade de tal corresponder a um decréscimo de mil e 23 feridos ligeiros, 393 graves, mas mais oito vítimas mortais do que em 2006.
Numa análise aos dados recolhidos, a ANSR constata que durante o ano de 2007, no território continental, se registaram, como vítimas de acidentes rodoviários, 42 mil 631 feridos ligeiros, três mil e 90 feridos graves e 858 vítimas mortais, com a particularidade de tal corresponder a um decréscimo de mil e 23 feridos ligeiros, 393 graves, mas mais oito vítimas mortais do que em 2006.
Preocupação mundial
Embora seguindo a linha decrescente, o drama da sinistralidade rodoviária continua a ser uma preocupação mundial. Há até quem compare a sinistralidade a uma guerra. Esta preocupação foi demonstrada, a semana passada, pela vereadora socialista Maria José Freixinho, em reunião pública do executivo oliveirense. Freixinho chegou a propor ao presidente do município a dinamização, junto das crianças do pré-escolar, de um conjunto de acções de sensibilização sobre esta temática. Chegou a sugerir que a iniciativa fosse desenvolvida em colaboração com a ANSR. A proposta não foi aceite por Mário Alves que, no momento, deu indicações para que, ao invés disso, o livro que anualmente é produzido pelo pré-escolar deixe de versar sobre o tema ambiente, para passar a abordar a prevenção rodoviária. Na ocasião, o autarca desvalorizou também a proposta do vereador de José Francisco Rolo de instalação de um parque circuito no concelho, destinado à sensibilização dos mais pequenos sobre o tema.
Embora seguindo a linha decrescente, o drama da sinistralidade rodoviária continua a ser uma preocupação mundial. Há até quem compare a sinistralidade a uma guerra. Esta preocupação foi demonstrada, a semana passada, pela vereadora socialista Maria José Freixinho, em reunião pública do executivo oliveirense. Freixinho chegou a propor ao presidente do município a dinamização, junto das crianças do pré-escolar, de um conjunto de acções de sensibilização sobre esta temática. Chegou a sugerir que a iniciativa fosse desenvolvida em colaboração com a ANSR. A proposta não foi aceite por Mário Alves que, no momento, deu indicações para que, ao invés disso, o livro que anualmente é produzido pelo pré-escolar deixe de versar sobre o tema ambiente, para passar a abordar a prevenção rodoviária. Na ocasião, o autarca desvalorizou também a proposta do vereador de José Francisco Rolo de instalação de um parque circuito no concelho, destinado à sensibilização dos mais pequenos sobre o tema.
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Liliana Lopes
In " Correio Beira serra" Online
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