Arderam mais de cem mil hectares nos últimos três dias
Vítimas mortais este ano já superam todas as estatísticas
Ainda não é pública uma lista com o nome das vítimas, mas a Proteção Civil confirmou ontem que o balanço da nova tragédia subiu ontem para 41 mortos. Pouco depois da adjunta de operações ter indicado no briefing da Proteção Civil que não havia conhecimento de mais vítimas mortais, as perdas humanas sofreram uma atualização. Foi também indicado que a maioria das mortes ocorreu nos distritos de Coimbra (20) e Viseu (18). Na Guarda morreram duas pessoas e em Castelo Branco uma. Sobe assim para 106 o número de vítimas nos fogos deste ano, algo sem precedentes na história do país. Morreram mesmo mais pessoas nos fogos do que em todos os grandes incêndios com vítimas mortais conhecidas no país desde os anos 60. Até aqui, o ano mais trágico era 1966, quando um incêndio na Serra de Sintra vitimou 25 militares que combatiam o fogo.
Além das vítimas mortais, começam a contabilizar-se os danos, numa altura em que parte das zonas afetadas pelo fogo continuam sem luz. Dados atualizados ontem pelo sistema europeu de controlo de incêndios apontam para mais de 100 mil hectares ardidos nos últimos dias. São projeções, uma vez que ainda não foram tornados públicos dados validados GNR e posteriormente divulgados pelo Instituto de Conservação de Natureza e Florestas. Ainda assim, tendo em conta que até ao final de setembro tinham ardido 215 mil hectares no país, a área poderá ter aumentado 46% num curto espaço tempo. Segundo as estimativas do EFFIS, este ano já arderam 351 mil hetares no país, a maioria área ardida da Europa. Em segundo lugar surge Itália, com 133 mil hetares consumidos pelo fogo. Em Espanha arderam 89 mil.
In SOL
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