Governo exige à Protecção Civil 'relatório' sobre fogos no Algarve
O ministro da Administração Interna quer que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) apresente até ao dia 10 de Agosto um «relatório pormenorizado» sobre os incêndios florestais que ocorreram no Algarve entre quarta-feira e sábado.
Num comunicado hoje divulgado pela tutela, esclarece-se que o ministro Miguel Macedo assinou hoje um despacho em que se solicita «uma análise dos meios humanos e materiais envolvidos, bem como das fases de empenhamento dos mesmos, do grau de desempenho dos meios empregues durante as várias fases e ainda de eventuais dificuldades ou falhas na coordenação e avaliação dos meios envolvidos na operação, a cada momento».
No domingo, o presidente da ANPC, Arnaldo Cruz, manifestou em comunicado «total disponibilidade e colaboração» para apurar a eventual «falta de coordenação operacional» no incêndio de Tavira e de S. Brás de Alportel.
Em declarações à RTP, o comandante nacional da Protecção Civil, Vítor Vaz Pinto, disse que «houve falhas» no combate ao incêndio que lavrou durante quatro dias na Serra do Caldeirão, entre Tavira e São Brás de Alportel.
O incêndio da Serra do Caldeirão deflagrou cerca das 14:00 de quarta-feira em Catraia, na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira.
As chamas só foram dominadas ao final da tarde de sábado, depois de um prolongado combate que chegou a mobilizar mais de 1.100 operacionais, 13 meios aéreos e mais de duas centenas de veículos.
A Protecção Civil admitiu nesse dia que o rescaldo se poderia prolongar por vários dias.
Lusa/SOL
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