Voltaram os incêndios de Inverno
A chegada do tempo frio não evitou que diversos incêndios, incluindo alguns com dimensões consideráveis, assolassem o Interior do País, obrigando a mobilizar um substancial conjunto de meios.
Após um incêndio no concelho da Covilhã, outro deflagrou na serra do Pisco, na aldeia de Venda do Cepo, em Trancoso, com as chamas a atingir grandes proporções devido ao forte vento que se fazia sentir, tendo obrigado perto de 70 bombeiros a uma luta que decorreu desde as 17:40 até às 00:40.
Esta é a época em que muitos proprietários, após ter acabado o tempo quente e as proibições, realizarem algumas queimadas, muitas vezes necessárias, mas nem sempre autorizadas e tantas vezes realizadas sem a necessária prudência, ignorando condições adversas que resultam, normalmente, de ventos fortes, um fenómeno normal em zonas acidentadas.
Por outro lado, existe não apenas uma menor disponibilidade de meios humanos, o que tendo em conta o número de ocorrências poderá não ter impacto significativos, mas o mesmo se verifica a nível de meios aéreos que, nas difíceis condições de Inverno, terão maior dificuldade em operar, deixando o esforço do combate às equipas em terra.
Uma autorização para efectuar uma queimada ou a existência de condições legais para o fazer, não é uma carta branca, que permite avançar em condições desfavoráveis, colocando em risco o próprio responsável pelo acto e os seus pertences, como as áreas circundantes e todos quanto acorram para apagar as chamas.
Mesmo sabendo que a renovação de pastagens é essencial para o gado, deve-se apelar à compreensão e ponderação de quem necessita de efectuar queimadas, mas também à solidariedade do próprio Estado, perante quem necessite de pastos e forragens e tenha dificuldades em obtê-las sem colocar em risco a segurança de todos.
Verão Verde
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