terça-feira, 17 de junho de 2008

Preço do petróleo pode afectar qualidade do serviço nos bombeiros

A reivindicação pela actualização do subsídio de transporte leva os bombeiros do distrito a reunirem-se de emergência em Viseu.


A escalada do preço dos combustíveis e a necessidade de actualizar o valor que o Ministério da Saúde paga de subsídio por quilómetro é o principal problema a abordar na próxima sexta-feira num encontro que junta a Federação Distrital dos Bombeiros de Viseu e os responsáveis das corporações da região.

De acordo com o presidente do organismo, Rebelo Marinho, a reunião irá servir para avaliar o impacto que a situação está a ter na gestão e na capacidade de resposta das diferentes unidades.
Embora garanta que, para já, não está em causa a paralisação das viaturas, o responsável teme que o custo dos combustíveis tenha repercussões preocupantes na capacidade e na qualidade de resposta das corporações em termos operacionais.

À semelhança do que aconteceu recentemente no Congresso Extraordinário dos Bombeiros Portugueses, estará também em cima da mesa a exigência da actualização do subsídio por quilómetro pago às corporações de bombeiros pelo transporte de doentes, em consequência do aumento dos combustíveis. Actualmente, os organismos recebem 40 cêntimos, quantia que não é alterada desde 2006, e defendem que o valor deve subir para os 60 cêntimos.

"As corporações estão preocupadas e vamos avaliar até que ponto o problema tem um impacto no serviço prestado", conclui Rebelo Marinho. A nível nacional, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira já defendeu que a subida do apoio é inadiável, sobretudo porque em 2008 o aumento dos combustíveis situou-se em cerca de 46 por cento.

Proposta razoável

"O custo real do serviço duplicou para os 81 cêntimos por quilómetro, por isso pensamos que a nossa proposta é muito razoável, já que fica a meio caminho entre o custo real do serviço e o que o Estado está actualmente a pagar", referiu.

Segundo o presidente da LBP, as verbas recebidas pelas corporações da parte do Ministério da Administração Interna (MAI), para combate a incêndios, emergências e socorro nas estradas, não podem ser utilizadas para as missões tuteladas pelo Ministério da Saúde, no caso serviço pré-hospitalar e transporte de doentes.

Diário de Viseu