segunda-feira, 16 de junho de 2008

Bombeiros temem época de incêndios


Pouco ou nada foi feito para prevenir os incêndios no distrito de Coimbra, é a opinião do presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Coimbra, Dr. Jaime Soares, numa altura em que as temperaturas devem começar a subir.

Jaime Soares não augura nada de bom para a época que aí vem. Bastante mais optimista do que o social-democrata Jaime Soares está o governador civil de Coimbra. Por motivos de agenda do governador socialista, não foi possível registar a opinião de Henrique Fernandes.

Ainda assim, o governador fez chegar ao Rádio Clube a informação de que uma das novidades deste ano é o aumento do raio de acção dos meios aéreos.

Neste momento, todo o território do distrito de Coimbra está abrangido pela acção dos helicópteros e aviões, o que, para o governador, se traduz numa maior eficácia no combate aos incêndios florestais.

Quanto a meios aéreos, este ano há dois helicópteros disponíveis para o combate aos incêndios e ainda três aerotanques, na Lousã, Pampilhosa da Serra, Coja e Cernache.

Mas para o presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Coimbra, Jaime Soares, o problema dos incêndios só se resolve com um planeamento profundo da floresta.

Para resolver o problema da floresta portuguesa Jaime Soares diz que é prreciso investimento. A mão criminosa é um dos receios, uma vez que, diz, a floresta portuguesa está altamente fragilizada.

Jaime Soares sublinha ainda que o grande mérito no combate aos incêndios seja dos bombeiros, um trabalho que, diz, não tem sido reconhecido. Garantias para as famílias dos bombeiros.

Em caso de acidente, são apenas algumas das medidas que, de acordo com Jaime Soares, deviam merecer mais atenção.

O presidente da federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra não se conforma com o estatuto social do bombeiro que prevê agora que o trabalho dos bombeiros conte apenas 15% para a reforma.

Quanto ao aumento do preço dos combustíveis, Jaime Soares diz que já não é um problema novo para os bombeiros. já que não se cansa de repetir que estes profissionais são muito mal tratados.

Jaime Soares critica ainda a diferença de tratamento que existe entre os Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro, os GIPS da Guarda Nacional Nacional Republicana, e os bombeiros.

De acordo com os dados fornecidos pelo Governo Civil de Coimbra, este ano o distrito conta com 10 equipas de intervenção permanente. São equipas que estão em permanência nos quartéis de bombeiros, contratualizadas com as Câmaras Municipais.

Neste momento, estamos na fase Bravo, na qual há seis equipas de Intervenção Permanente, doze equipas logísticas de apoio ao combate, com 24 elementos, entre outros meios humanos.

Rádio Clube Português