quarta-feira, 26 de março de 2008

Mulher de 83 anos sofre ferimentos graves ao ser atropelada por automóvel

Fracturas nos membros inferior e superior foram o resultado de um atropelamento, ontem de manhã, na localidade de Tojal, freguesia de S. Pedro, em Porto de Mós.

A vítima, uma mulher, de 83 anos, moradora na aldeia de Castanheiro, encontrava-se a atravessar a estrada principal da povoação, que liga Batalha a Porto de Mós, quando foi colhida por um automóvel. Foi socorrida no local por uma equipa dos bombeiros de Porto de Mós e transportada para o Hospital de Santo André, em Leiria, em estado grave, embora não corresse risco de vida.

Maria Maurícia Oliveira tinha saído de casa, pelas 08h30, na companhia de duas vizinhas e amigas que habitualmente a acompanhavam ao café Belo, situado no centro do Tojal, à beira da estrada. O carro em que se deslocavam foi estacionado a poucos metros de distância. Os instantes que se seguiram são difíceis de explicar.

A vítima terá saído da viatura e tentado atravessar a via, numa zona de recta com boa visibilidade. Por razões que serão agora apuradas pelas autoridades, o automóvel que seguia na estrada não conseguiu evitar o embate.

O susto foi grande para quem viu. A proprietária do estabelecimento comercial, que não se apercebeu do acidente, uma vez que se encontrava a atender clientes, ficou bastante abalada, já que conhece Maria Maurícia, mulher da terra, e esta dirigia-se ao seu café. A meio da tarde, esperava ainda por notícias de "melhoras".

Junto à residência da vítima, alguns moradores comentavam a "energia" da vizinha. "A única coisa que surpreende é que como é que nunca tinha acontecido antes", dizia uma mulher, que optou por não ser identificada. Outro morador acenava com a cabeça, em sentido afirmativo, acrescentando que "os filhos tiveram de lhe esconder a bicicleta para que não caísse". "É distraída a senhora", concluíram.

Mas a estrada é vista com algum receio por muitos moradores. É uma via que une dois concelhos e é opção para quem prefere fugir ao trânsito do IC 2. Resultado: tem muito movimento e muitos veículos ultrapassam a velocidade legalmente estabelecida para as localidades. "São os peões que têm de estar muito atentos e não os carros", diz José Ribeiro, que se lembra de já terem ocorrido ali alguns acidentes.

Diário de Leiria