segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Reguengo do Alviela isolado

A subida do nível das águas do rio Tejo nas últimas horas provocou ao final da manhã de hoje o isolamento da povoação de Reguengo do Alviela, revelou fonte da Protecção Civil distrital de Santarém.

Segundo Joaquim Chambel, coordenador Distrital de Operações de Socorro, a subida das águas está a decorrer como as autoridades anteviam e a povoação ficou isolada depois de a estrada que a servia ter ficado submersa.

De resto, "a situação está estável" apesar de a zona de Abrantes (a montante das áreas inundadas) ainda "não ter atingido o pico de cheia" que deverá o correr durante a hora de almoço.

Por outro lado, "as barragens já diminuíram os caudais descarregados" e a situação na bacia está próxima de ficar controlada, considerou o responsável.

O Plano Especial de Emergência para Cheias no Tejo no distrito passou de alerta azul para amarelo às 21h30 de domingo e as autoridades já mobilizaram várias corporações para minimizar os riscos.

Além da situação de Reguengo do Alviela, permanece cortada a Estrada Nacional 365 na ponte do Alviela e mantém-se inundada a zona mais baixa de Constância, estando intransitável junto à Casa de Camões.

A água chegou também ao cais de Tancos, ao Arripiado e a Vila Nova da Barquinha.


Caudal do Tejo continuará a subir

Os níveis de água no Tejo não param de subir devido às constantes descargas das barragens de Castelo de Bode e do Fratel. A situação é preocupante porque as albufeiras estão no limite de armazenamento.

Apesar da barragem de Castelo de Bode estar apenas a depositar a descarga mínima, a albufeira tem 98 por cento da sua capacidade de armazenamento esgotada.

Se as comportas de escoamento de água forem abertas, vários concelhos do distrito de Santarém podem estar em risco.

Também a barragem do Fratel, na bacia hidrográfica do Tejo, continua a descarregar mais de três mil metros cúbicos por segundo para o rio.

Agência Lusa