quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Balanço das Cheias - Oliveira do Hospital

Águas do rio Alvôco e Alva inundaram habitações

Toda esta zona que se vislumbra na imagem,
ficou submersa pelas águas do rio Alvôco

As águas do rio Alvôco e Alva, no concelho de Oliveira do Hospital, galgaram em cerca de 50 metros as margens e inundaram algumas habitações, casas de arrumos agrícolas, praias fluviais e dois parques de campismo (Ponte das Três Entradas e S. Gião).

As cheias causaram ainda a morte a algumas dezenas de animais - ovelhas, porcos e galinhas - em arrumos agrícolas e que foram arrastados pela corrente.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, Mário Alves, visitou as povoações ribeirinhas e adiantou que as povoações mais afectadas foram Avô e Alvôco das Várzeas.

As zonas das praias fluviais destas duas localidades ficaram bastante destruídas e o autarca revelou que os estragos causados poderão ser superiores a 200 mil euros.

O presidente da Caule – Associação Florestal da Beira Serra disse que estas cheias, “são fruto do grande incêndio que ocorreu o ano passado na Serra do Açor”.
“As encostas da serra estão sem vegetação, as águas não são retidas e as terras e restos de árvores são arrastados, causando estragos de muito maior dimensão, caso não tivessem ocorrido os incêndios”, frisou José Vasco Campos.

Para aquele técnico da floresta, “deve ser repensada a instalação de infra-estruturas de lazer nas zonas de leito de cheias, uma vez que não se pode lutar contra a natureza”. Alertou também para o facto de este tipo de ocorrências nas bacias hidrográficas do rio Alvôco e ribeira de Piódão “ainda se poderem manter por mais dois ou três anos”.

Diário as Beiras