Frente de fogo em Arganil em perigo de chegar à Pampilhosa da Serra
Ao longo do
dia, as frentes de fogo no concelho de Arganil, a partir do Piódão, avançaram
para norte e noroeste, em direção ao município vizinho de Oliveira do Hospital
e outra para nordeste, que entrou no concelho de Seia.
Uma das frentes de fogo ativas no município de Arganil, no distrito de Coimbra, poderá evoluir para o concelho da Pampilhosa da Serra, com a prevista mudança da direção do vento durante a noite, disse hoje fonte autárquica.
Em declarações à
agência Lusa, ao início da noite, o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo
Costa, notou que uma das situações que suscita mais preocupação - no fogo que
deflagrou hoje na freguesia do Piódão e possui vários focos ativos – é uma frente
que poderá evoluir para o sudoeste do concelho, em direção ao município vizinho
da Pampilhosa da Serra.
“É uma frente que
abriu durante a tarde de hoje em direção à localidade de Porto Castanheiro
[perto do troço de Arganil do Rali de Portugal]. Com a previsão de uma nova
rotação e intensificação do vento, se isso acontecer, vai dar muito que fazer”,
observou o autarca.
Ao longo do dia,
as frentes de fogo no concelho de Arganil, a partir do Piódão, avançaram para
norte e noroeste, em direção ao município vizinho de Oliveira do Hospital e
outra para nordeste, que entrou no concelho de Seia, já no distrito da Guarda,
potenciadas por vento forte e pelos declives abruptos da serra do Açor.
Luís Paulo Costa
avisou, no entanto, que ainda existe muito fogo ativo dentro do concelho:
“Ainda não estamos nada tranquilos”, reconheceu.
Outra situação
que preocupa o autarca decorre de uma das frentes que evoluiu para noroeste,
passando com grande violência pelas povoações de Vale do Torno e Porto Silvado,
ainda em Arganil, e por Gramaça, em Oliveira do Hospital, mas sem provocar
vítimas ou danos em habitações.
O flanco esquerdo
desta frente estava ao início da noite de hoje ativa numa das encostas da
freguesia de Pomares, em direção à aldeia de Barroja.
“Está a varrer
aquela encosta e também é imprevisível o que ali vai acontecer”, frisou Luís
Paulo Costa.
Já o presidente
da junta de freguesia de Pomares, Amândio Dinis, adiantou que na aldeia de
Barroja residem apenas duas pessoas, de nacionalidade estrangeira, mas devido à
época de verão estarão na aldeia cerca de uma dezena de pessoas.
O autarca
acrescentou que as chamas se mantinham na encosta e a evoluir no sentido
ascendente, ainda longe das povoações de Agroal e da própria sede de freguesia,
Pomares, que ficam numa zona de vale.
Noutras localidades da freguesia que viram as chamas por
perto, como Sobral Magro, Sobral Gordo ou Soito da Ruiva, a situação foi
controlada pelos bombeiros, embora a floresta em redor tenha ardido, indicou.
De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 22:50 o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 854 operacionais, apoiados por 273 viaturas.
In Diário de Coimbra
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