segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Incêndios em Espanha fazem dois mortos e milhares de desalojados

O incêndio que lavra desde domingo em Alicante, na zona Este de Espanha, causou a morte de duas pessoas e fez vários feridos. As chamas também não dão tréguas na ilha de La Gomera, no arquipélago espanhol das Canárias, onde cerca de 5 mil pessoas tiveram de abandonar as casas.

A área ardida desde o início do ano já é superior à que se registou em todo o ano de 2011


As duas vítimas mortais são um guarda-florestal e um membro da brigada anti-incêndio que estavam envolvidos no combate às chamas. Outros dois homens encontram-se hospitalizados no Hospital Geral de Alicante, indica a imprensa espanhola, sem revelar o estado de gravidade da situação. O fogo que começou no município de Torremanzanas, em Alicante, no sábado, está já controlado pelos bombeiros no local.
De acordo com o jornal espanhol El País, as autoridades apontam como possível causa do incêndio um outro fogo proveniente de uma oficina automóvel que rapidamente se alastrou aos terrenos vizinhos e que surpreendeu as vítimas mortais, que se encontravam no local a proceder a tarabalhos de vigilância.
Até agora, já arderam cerca de 600 hectares de florestal. No arquipélago das Canárias, na ilha de La Gomera, um reacendimento na sexta-feira danificou 30 casas no município de Vale Gran Rey e atingiu também o cemitério local. Mais de 3 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas, sendo que cerca de 900 foram retiradas de barco, pelo porto de São Sebastião de La Gomera.
Entretanto, foi também evacuada uma parte do município de Vallehermoso, no mesmo arquipélago, onde moram 3 mil pessoas. As chamas já atingiram o Parque Nacional de Garajonay, onde arderam cerca de 300 hectares, pelo que as autoridades estimam que terá causado danos ecológicos “gravíssimos”. 

O presidente do Governo das Canárias, Paulino Rivero, citado pelo diário espanhol, diz que a situação que se vive na ilha é “muito grave” e que o incêndio está a ganhar proporções “extraordinárias”. As previsões meteorológicas dão conta de altas temperaturas nos próximos dias, baixa humidade e constantes mudanças de direção do vento. Este está a ser um verão negro para as florestas espanholas, o mais seco desde 1947. A área ardida desde o início do ano já é superior à que se registou em todo o ano de 2011.
SAPO