Ao quarto dia, rescaldo e solidariedade num país que se levanta das cinzas, ainda com incêndios preocupantes
Ao quarto dia de incêndios é hora de olhar para os danos da passagem das chamas e no Pavilhão Multiusos em Gondomar distribuem-se mantimentos e bens aos bombeiros.
Ao quarto dia de fogos em território nacional, perto de 3900 bombeiros, apoiados por 1.200 meios terrestres, encontram-se a combater 83 fogos em Portugal continental pelas 7h30, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O incêndio florestal em Sever do Vouga, que entrou em fase se resolução esta manhã, é o que mobiliza mais operacionais, com 555 bombeiros apoiados por 167 meios terrestres.
Pedro Jorge, comandante da Proteção Civil, disse à Rádio Observador que o combate às chamas está a evoluir “favoravelmente”, mas que ainda há, pelo menos, nove incêndios significativos em curso, nos concelhos de Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Arouca, Sever do Vouga, Cinfães, Amarante, Nelas e Castro Daire.
Segundo Pedro Jorge, nesta fase, os incêndios em Castro Daire e Arouca são os que estão a inspirar mais cuidados.
“Temos incêndios ainda com alguma severidade nos concelhos de Castro Daire e Arouca. São fogos ainda com forte atividade que justificam um número significativo de meios, sendo que no concelho de Castro Daire, na sub-região de Viseu Dão Lafões, temos 550 operacionais, apoiados por 178 veículos, e no concelho de Arouca temos 234 operacionais, com 71 veículos”, adiantou.
No distrito de Aveiro, segundo a fonte, o incêndio que teve início em Pessegueiro do Vouga, no concelho de Sever do Vouga, mobilizava àquela hora 497 operacionais, com o apoio de 143 meios terrestres.
Entretanto, às 07:20 de hoje, segundo informação disponível na página da ANEPC na internet, os dois incêndios iniciados no domingo no concelho de Sever do Vouga estavam em fase de resolução, com o de Pessegueiro do Vouga a manter ainda no terreno 555 operacionais e 167 viaturas.
“Tivemos alguma pressão sobre o edificado, sobre habitações no concelho de Castro Daire e de Arouca. O incêndio esteve próximo de habitações, o que levou os combatentes a fazerem a proteção a essas habitações, mas não temos conhecimento de que durante a noite tenham ardido habitações ou que destes incêndios tenham ocorrido vítimas entre os populares”, disse.
De acordo com o comandante da ANEPC, as condições meteorológicas tendem a ser hoje menos severas devido à diminuição da intensidade do vento e ao aumento da humidade relativa do ar, que favorece o combate às chamas.
“Queremos acreditar que parte significativa destes incêndios fique durante o dia de hoje dominada”, sublinhou.
Segundo informação disponível na página da ANEPC, às 7h30 continuava ativo o incêndio em Penalva do Castelo (distrito de Viseu) que deflagrou perto das 00:00 de segunda-feira, mobilizando 317 operacionais, apoiados por 81 veículos.
Também o fogo registado em Nelas, no mesmo distrito, desde as 11h53 de segunda-feira estava a ser combatido por 140 operacionais, apoiados por 37 meios terrestres.
Havia ainda fogos ativos em Amarante e Santo Tirso (distrito do Porto) e Vila Pouca de Aguiar e Alijó (Vila Real).
Em Albergaria-a-Velha (Aveiro), a resolução do incêndio que deflagrou às 7h20 de segunda-feira mobilizava 120 operacionais, com o apoio de 37 veículos.
Os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15h00, no concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, mobilizavam 359 operacionais, apoiados por 125 veículos.
In Sapo.pt
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