sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Após nova vaga de incêndios, o país está todo em alerta laranja

Ontem o incêndio mais preocupante era o de Abrantes, que obrigou ao corte de três autoestradas.
Com a previsão da subida de temperaturas para os próximos dias, chegando aos 35.º graus, a Proteção Civil colocou até ao fim do dia de hoje todos os distritos do território continental em alerta laranja, o terceiro mais grave de uma escala de quatro. 
A decisão da Proteção Civil foi tomada ontem quando o país enfrentava quatro incêndios – sendo o mais preocupante em Abrantes – que levaram ao corte de três autoestradas e à linha ferroviária do sul. 
Em Abrantes, ao final do dia, quando o incêndio lavrava na região há 24 horas – ainda “longe de ser controlado” com três frentes ativas – foram evacuadas quatro aldeias: Medroa, Braçal, Amoreira e Pucariça.
Estavam ainda ameaçadas as populações de Aldeia do Mato e de Carreira do Mato, sendo que a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, avisou que as chamas se estavam a propagar em direção a Matinchel. Foi ainda consumida pelas chamas uma habitação e 12 pessoas foram evacuadas.
Para este incêndio, onde marcou presença o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, foram mobilizados 634 operacionais, 205 viaturas e sete meios aéreos. Pelas 19 horas estavam cortadas ao trânsito três estradas municipais e a A23 em ambos sentidos. 
À mesma hora havia ainda outros três incêndios por dominar, um em Grândola, outro na Mealhada e outro em Montemor-o-Velho.
O fogo da zona da Mealhada deflagrou na localidade de Rio Covo, perto da hora de almoço de ontem e ao final do dia estava a ser combatido por 324 operacionais, apoiados por 96 veículos terrestres e ainda cinco aeronaves. Este incêndio levou ao corte da A1, nos dois sentidos no troço que liga a Mealhada a Coimbra Norte, não tendo reabertura prevista.
Além da A1 foi ainda cortada a A14 entre Coimbra Norte e a Mealhada e Coimbra Norte e o nó de Arazede.
Já no concelho de Grândola o incêndio levou ao corte da linha ferroviária do sul, entre Lousal e Canal Caveira, informou a Proteção Civil.
Um dia antes, tinham ardido 450 hectares de floresta e mato na serra do Alvão, cujas chamas foram combatidas por bombeiros e militares do Exército. Foi ainda extinto um incêndio que lavrou na Covilhã.  
In SOL