quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PSD explica chamada ao 112

O grupo Parlamentar do PSD nega, em comunicado, ter feito uma chamada falsa para o 112.

Nem verdadeira, nem falsa, de acordo com a interpretação do grupo parlamentar do PSD, o que aconteceu foi apenas um "teste circunscrito apenas e só a aferir o tempo de atendimento da chamada".

A deputada social-democrata questionava os dados apresentados pelo presidente do INEM, que davam conta de um tempo de espera de cinco segundos em 62 por cento das chamadas, afirmando que o seu grupo parlamentar fez uma chamada para o 112 e esperou 14 segundos.

Em comunicado divulgado hoje, o Grupo Parlamentar do PSD "nega ter feito qualquer chamada falsa" justificando que "não houve qualquer comunicação falsa de ocorrência, nem tão pouco se estabeleceu uma comunicação com qualquer operador".

A questão agora entrou no campo das interpretações: a partir de que momento é que se pode considerar ter existido uma chamada telefónica? Quando toca do outro lado, quando o operador atende ou quando quem telefona chega a falar com o operador?


Na interpretação do grupo parlamentar do PSD, só existiria uma chamada falsa se tivesse chegado a existir ocupação do operador. A Lusa tentou obter uma explicação da deputada Joana Barata Lemos, mas tal não foi possível, até ao momento.

A questão gerou desentendimento e polémica durante a audição do presidente do instituto na Comissão de Saúde, na quarta-feira, quando a deputada do PSD Joana Barata Lemos afirmou ter sido testado o tempo de atendimento das chamadas do INEM através de uma chamada para o 112, o que levou a deputada socialista Luísa Salgueiro a condenar o grupo parlamentar do PSD por ter feito uma chamada falsa para o 112, salientando que se trata de um ilícito.

"Em nenhum momento esteve em causa a operacionalidade do sistema. O único propósito foi verificar a capacidade de resposta do mesmo, de forma a garantir aos portugueses a sua eficácia", refere o comunicado da bancada laranja.

O Grupo Parlamentar do PSD defende que não pôs, nem põe em causa, "o profissionalismo dos técnicos que operam nos serviços de emergência".

Na primeira ronda de perguntas da Comissão, quarta-feira, a deputada do PSD Joana Barata Lopes questionou os dados apresentados pelo presidente do INEM, que davam conta de um tempo de espera de cinco segundos em 62 por cento das chamadas, afirmando que o seu grupo parlamentar fez uma chamada para o 112 e esperou 14 segundos.

Miguel Soares de Oliveira, do INEM, esclareceu a deputada que o 112 é o número europeu de urgência e que quando uma pessoa liga esse número não é atendida pelo INEM, mas sim pela PSP, que só depois de uma breve triagem encaminha a chamada para o INEM.

O responsável do INEM lembrou ainda que "as chamadas falsas para o 112 constituem um ilícito e eventualmente um crime" e escusou-se a falar mais sobre o assunto, por aquele não ser o local adequado para o fazer.

Lusa