sábado, 30 de julho de 2011

Fogo invadiu quintais e ameaçou habitações

Incêndio atingiu proporções assustadoras, com labaredas a atingirem os cinco metros. Cem hectares de floresta destruídos.

Viveram-se horas de pânico, ontem à tarde, em Moreira do Castelo, Celorico de Basto. O incêndio, que lavra desde terça-feira, ameaçou mais de uma dezena de habitações na zona da Portela da Cruz. Os populares usaram todos os meios que tinham à mão para evitar que as chamas chegassem às casas.

"Ai meu Deus que a minha casa vai arder. Tudo o que eu tenho está aqui dentro e não aparece ninguém para apagar", gritava, com as mãos na cabeça, Rosa Bastos, enquanto corria à procura de mangueiras e baldes para atacar as chamas violentas que consumiam o mato a escassos 400 metros da sua casa.

"Nunca vi nada assim na minha vida. Se os bombeiros não chegam depressa isto vai arder tudo", chorava, aflita, Maria de Lurdes, de 75 anos, que mesmo agarrada a uma bengala, carregava baldes de água para atacar as chamas.

O incêndio em Moreira do Castelo, que lavra desde terça--feira, esteve ontem descontrolado e queimou vários campos de cultivo e vinhas entre o povoado. O fogo, que chegou a lavrar em três frentes, foi dado como extinto cerca das 18h00.

Na localidade vizinha de Aboim, já no concelho de Amarante, os cerca de 30 operários de uma fábrica de urnas estiveram toda a tarde a vigiar o incêndio, regando toda a área envolvente, para evitar que as chamas atingissem aquela unidade fabril. No terreno estiveram 46 bombeiros a combater o fogo.

Chamas perto da Universidade

A Universidade Lusíada, no Porto, esteve ontem em perigo de incêndio. Um fogo em mato, que deflagrou nas imediações do local, pôs em risco não só o estabelecimento de ensino mas também várias habitações. A escola não chegou a ser evacuada, mas o incêndio assustou várias pessoas. Os Bombeiros Sapadores e os Bombeiros Voluntários do Porto apagaram as chamas.

Correio da Manhã Online