segunda-feira, 16 de agosto de 2010

«Princípio de organização» tem de ser revisto, dizem bombeiros

Reagindo às palavras do comandante Gil Martins, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais sublinhou que os «rescaldos têm de ser sempre bem feitos».

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais entende que não basta reconhecer a incapacidade de fazer rescaldos perfeitos perante a falta de meios e lembra que há um princípio de organização que tem de ser revisto.

«Há aqui um reconhecimento de que não há logística, porque quando o comandante nacional diz quando há 500 incêndios nós não temos tempo para fazer os rescaldos como deve de ser há qualquer coisa que não está bem», explicou Fernando Curto.

Ouvido pela TSF, este responsável, numa reacção às palavras do comandante operacional nacional da Protecção Civil, frisou que «há um princípio de organização no que diz respeito a esta matéria que é a de que os rescaldos têm de ser sempre bem feitos».

Por seu lado, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses considerou que as palavras de Gil Martins devem servir como ponto de partida para corrigir o que está mal e que as declarações do comandante operacional da Protecção Civil serviram para acabar com o equívoco de que o «problema dos incêndios florestais com gravidade estava resolvido».

«Está à vista de que temos um longo caminho a percorrer e portanto estes momentos devem servir de aprendizagem, de avaliação e da respectiva adopção das medidas que esta avaliação e aprendizagem recomendarem», acrescentou Fernando Curto, também em declarações à TSF.

TSF