segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Norte do País enfrenta hoje risco máximo de incêndios

Os incêndios das duas primeiras semanas de Agosto queimaram mais floresta do que os fogos de 2007 e 2008 juntos.

O risco de incêndios no País volta hoje a aumentar. De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, quase toda a região Norte enfrenta risco máximo de ver deflagrar incêndios. Ontem, pelas 19h25, estavam sete incêndios de grande dimensão por dominar. O maior continuava a ser o do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Já passaram seis dias, mas o Parque do Gerês continua a arder. Ontem, ao final da tarde, estavam 212 homens no terreno, apoiados por 51 veículos. Para ajudar a enfrentar as chamas, foram accionados dois aviões bombardeiros pesados Canadair franceses, da Força de Reserva Táctica da União Europeia, adiantou a agência Lusa.

O Parque do Gerês está a arder desde a manhã de terça-feira passada e chegou a ser dado como dominado menos de 24 horas depois. Contudo, na tarde do mesmo dia reactivou e desde então não tem dado descanso aos bombeiros. A julgar pelas previsões, a Autoridade Nacional de Protecção Civil não poderá contar com a ajuda das condições meteorológicas.

Apesar da gravidade da situação, a ministra do Ambiente defendeu ontem a direcção do Parque Nacional da Peneda-Gerês, garantindo não ter informação que a leve a pensar mudá-la na sequência dos incêndios que fustigam aquela área. Dulce Pássaro admitiu, no entanto, que "há medidas que podem ser tomadas para melhorar a gestão".

Ao final da tarde de ontem existiam 21 incêndios activos. O que mobilizava mais meios de combate ao fogo era o incêndio de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, com 212 bombeiros no terreno e 51 veículos, três dos quais meios aéreos.

No sábado, ocorreram 448 incêndios florestais, envolvendo 6467 bombeiros, 1594 veículos de combate ao fogo, dos quais 139 foram meios aéreos.

Os incêndios das duas primeiras semanas de Agosto queimaram mais floresta do que os fogos de 2007 e 2008 juntos. Só este mês, já arderam 58 mil hectares de terreno, segundo dados são do sistema de monitorização por satélite da União Europeia. Este é o Agosto mais negro dos últimos anos, em incêndios. De acordo com a Autoridade nacional Florestal, até Julho tinham ardido menos de 20 mil hectares, mas as duas primeiras semanas do mês de Agosto fizeram disparar os números.

Económico