segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fogo assusta populações evacuadas

Chamas: Momentos de pânico e centenas de hectares consumidos


Depois de um violento incêndio ter lavrado na véspera mais de cem hectares na Margem Sul do Tejo, consumindo grande parte da Herdade da Apostiça, em Sesimbra (ver texto secundário), ontem as chamas voltaram-se para o Norte do País.

As aldeias de S. Mamede e Celada, em Castelo de Paiva, tiveram mesmo de ser evacuadas por precaução devido ao reacendimento do incêndio que tinha sido extinto na madrugada de ontem, após várias horas de combate às chamas em que estiveram mais de 200 bombeiros.

Durante a tarde, quatro incêndios estiveram activos: Paredes, no Porto; Castro Daire, em Viseu; Sertã, em Castelo Branco; e Castelo de Paiva, em Aveiro, foram as regiões mais fustigadas pela fúria das chamas. Enquanto os três primeiros fogos ficaram circunscritos ao final da tarde, em Castelo de Paiva as chamas continuavam a lavrar já de noite e com enorme violência.

À hora do fecho desta edição, 277 homens continuavam a combater as chamas na região. No local estavam ainda 74 veículos, assim como um helicóptero bombardeiro. Até ao momento, três frentes do incêndio continuavam ainda activas, pelo que mais meios estavam a ser mobilizados para o local.

Segundo Joaquim Rodrigues, comandante dos Bombeiros de Castelo de Paiva, a frente de Arouca era a que causava mais preocupação nos bombeiros por ameaçar casas próximas do lugar de Guilhafonso. Os moradores das freguesias de São Mamede e Celada, que foram evacuadas, regressaram a casa ao início da noite.

"Evacuámos as pessoas porque o fogo estava a ficar muito próximas das casas. Só quando tivemos a certeza de que já não havia perigo é que autorizámos o seu regresso", explicou ao CM o comandante Joaquim Rodrigues.

Este incêndio em Castelo de Paiva teve início na tarde de anteontem e chegou a provocar o pânico nos moradores. Apesar de ainda não se saber números exactos quanto à área florestal ardida, Joaquim Rodrigues garantiu ao CM que até ao fecho desta edição "centenas de hectares de floresta" tinham já sido devastados.

Correio da Manhã