segunda-feira, 20 de julho de 2009

300 bombeiros combateram pior fogo em Castelo de Paiva

Risco de incêndio mantém-se alto em todo o País, numa altura em que os bombeiros receiam que a compra de 95 veículos seja adiada.

O pior incêndio do dia, em Castelo de Paiva, continuava ontem activo ao início da noite, mobilizando mais de 270 bombeiros e sapadores florestais. Hoje, as altas temperaturas vão manter o País em alerta amarelo, pelo terceiro dia consecutivo, e condicionar o risco de incêndio, que será máximo em todo o interior do País.

Ontem, os distritos de Aveiro e Portalegre foram os mais fustigados. Em Ponte Velha, no concelho de Marvão, um forte incêndio deflagrou às 13.24 e obrigou ao envolvimento de 70 homens, apoiados por 11 veículos e um helicóptero Kamov. No Lugar Gildinho, em Castelo de Paiva, um outro incêndio mobilizou, durante o dia, uma centena de bombeiros e 20 viaturas que tiveram de ser "reforçados com quatro helicópteros devido à falta de acessos", disse ao DN fonte do comando da Protecção Civil de Aveiro. À noite eram quase 300 os combatentes no terreno.

A somar ao número de fogos registados nos últimos dias, há ainda outra má notícia para os bombeiros: o concurso para aquisição de 95 veículos deverá ser anulado e substituído pelo ajuste directo.

O concurso público, lançado em Abril pela Secretaria de Estado da Protecção Civil para a compra das 95 viaturas de bombeiros com recurso aos fundos comunitários "deve ser anulado depois da reclamação de um concorrente", apurou o DN junto de fonte da Protecção Civil. As viaturas serão distribuídas por 95 corporações de bombeiros, como a de Castro Daire, que aguarda desde 2008 um veículo ligeiro para fogos.

Nesta fase do concurso decorre a audiência prévia das empresas concorrentes, algumas das quais "já foram informadas de que poderá ser anulado devido ao incumprimento do caderno de encargos". Como apurou o DN, em causa está a apresentação de certificados técnicos para as viaturas. Ao concurso também não se apresentou nenhuma empresa para fornecer veículos ligeiros de combate aos fogos e autotanques, porque "o preço não permitiu nenhuma oferta", disse a mesma fonte.

Diário de Notícias