segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fogos já causaram 3.000 M€ de prejuízos em Portugal, diz WWF

Os fogos florestais catastróficos, com elevadas perdas humanas e materiais, são cada vez mais frequentes na região mediterrânica e já causaram três mil milhões de euros de prejuízos em Portugal, alertou hoje o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Segundo o WWF, que hoje apelou ao combate às alterações climáticas e a uma melhor gestão da floresta para minimizar o risco de incêndios, os fogos de grande dimensão são a terceira catástrofe natural com maiores impactos económicos na Europa Mediterrânica.

Os ambientalistas sublinharam que os fogos têm um impacto devastador nos solos, na água e na biodiversidade do planeta, devido à libertação de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa para a atmosfera.

Num documento distribuído à comunicação social, que explicita a relação entre incêndios florestais e alterações climáticas, Luís Silva, coordenador do Programa de Conservação em Portugal da WWF Mediterrâneo, estimou que as emissões causadas por incêndios catastróficos em Portugal contribuíram para aumentar em mais de nove por cento as emissões totais do país, anulando assim o papel de retenção de carbono das florestas nacionais.

O abandono da gestão florestal, que leva à acumulação de combustíveis vegetais no solo, e o aquecimento global são apontados como as principais causas do fenómeno. Os cenários de alterações climáticas em Portugal prevêem um agravamento das condições meteorológicas que aumentam a probabilidade de ocorrência de incêndios catastróficos, facilitando as ignições: maior duração da estação seca, temperaturas de Verão extremas, concentração de precipitação na estação húmida, entre outras.

Lusa