Uma centena de bombeiros faz vigilância durante a noite na Serra do Marão
A Protecção Civil mobilizou hoje à noite uma centena de bombeiros para fazer vigilância na Serra do Marão e prevenir eventuais reacendimentos do incêndio que ardeu durante 19 horas, disse à agência Lusa o comandante operacional do Porto.
O incêndio do Marão começou às 02:30 e entrou em rescaldo às 21:35, tendo alastrado por cerca de 500 hectares de mato e algum pinhal, embora a área consumida pelas chamas, maioritariamente de mato, possa não ir além de metade daquela estimativa, devido à descontinuidade da área ardida.
O apuramento da área ardida, segundo fonte da protecção civil de Amarante, será feito na sexta-feira e só nessa altura será possível apurar com exactidão a dimensão do incêndio do Marão, onde não há memória de um fogo destas dimensões em pleno Inverno -- a Primavera apenas começa na próxima semana.
Segundo o comandante operacional distrital, Teixeira Leite, o incêndio ficou circunscrito pelas 18:30, hora a que também desmobilizaram os três helicópteros pesados Kamov, que deram uma ajuda no combate às chamas, sobretudo em zonas inacessíveis aos bombeiros.
A última frente de chamas activa -- de três que o incêndio teve durante a tarde -- no lado sul da serra, junto às antenas de rádio e de televisão, foi extinta ao início da noite.
Apesar de ainda não estar montado, o dispositivo nacional de combate a incêndios, o fogo mobilizou meios de dezenas de corporações da Região Norte, tendo sido combatido por mais de 220 homens, entre bombeiros, sapadores florestais, GNR e especialistas de fogo, apoiados por 60 veículos e os três meios aéreos.
O comandante operacional considerou que os meios utilizados no terreno "foram os necessários", atribuindo a dificuldade do combate das chamas às características do terreno, muito acidentado, e ao vento forte que soprou em todo o perímetro da Serra do Marão.
Teixeira Leite, que dirigiu as operações no terreno juntamente com a governadora civil do Porto, garantiu à Lusa que na quinta-feira "serão mobilizados os efectivos necessários para evitar qualquer reacendimento".
Lusa
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