Queda de pinheiro foi fatal para habitante de Meruge
Foi logo ao início da manhã de ontem que José Tavares Monteiro, 64 anos de idade, perdeu a vida, depois de um pinheiro lhe ter caído em cima, quando se encontrava a arranjar lenha com dois cunhados num pinhal localizado junto à estrada que liga Meruge a Santa Eulália. O homem ainda chegou com vida ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, mas acabou por falecer por volta das 10h30, depois de entrar em paragem cardíaca.
O alerta foi dado aos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, pessoalmente, por volta das 08h30, que accionaram para o local duas ambulância s e material de desencarceramento. “Quando chegámos ao local, a máquina das estradas já tinha retirado o pinheiro de cima da vítima que ainda falava e estava consciente, embora um pouco desorientada”, contou ao correiodabeiraserra.com o comandante António Pinto, sublinhando que a chegada até ao local do sucedido não foi tão rápida quanto o desejável, devido às obras que andam a realizar na estrada. Segundo adiantou, José Tavares Monteiro tinha a tensão arterial e os ritmos cardíacos dentro dos parâmetros normais, mas tinha a zona torácica muito afectada.
A paragem cardíaca de que foi vítima no Centro de Saúde foi fatal para a vítima, já que as lesões ao nível torácico não permitiram aos profissionais de saúde efectuar as compressões de reanimação. A Viatura Médica de Emergência e Reanimação foi accionada e chegou mesmo a estar à porta do Centro de Saúde, acabando no entanto por não ser utilizada. A vítima era natural de Lagares da Beira, mas residia em Meruge. O funeral realiza-se esta tarde para o cemitério de Lagares da Beira.
“Já não tinha ideia de acontecer uma situação destas”
Questionado pelo correiodabeiraserra.com sobre a frequência de acidentes relacionados com o abate de pinheiros e outras árvores, o comandante António Pinto confessou que “já não tinha ideia de acontecer uma situação destas”. Recordou que o último caso ocorrido foi há dois anos na freguesia de Seixo da Beira, notando que as vítimas costumam ser os madeireiros, por motivo da sua profissão. “Felizmente, nos últimos tempos estes casos têm sido escassos”, sossegou.
Correio da Beira Serra
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