5.000 hectares de floresta ardidos desde o início do ano
Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas, arderam em Portugal, desde o início do ano, cerca de 5.000 hectares de floresta.
Para Ascenso Simões, que anunciava que o Algarve vai passar a ter uma Direcção Regional da Floresta, tornando-se independente da de Évora, como acontecia até agora, "mesmo que tenhamos bons resultados não nos satisfazemos, porque há ainda muito por fazer".
Ao usar estes números, o secretário de Estado está a omitir um dado objectivo, o de a área ardida ter aumentado em 2008 quando comparada com a do ano anterior, bem como o facto de os incêndios, individualmente, este ano afectarem maiores extensões do que em 2007, pelo que cada ocorrência se reveste de maior gravidade.
Mesmo com área ardida e número de ocorrências abaixo da média dos últimos cinco anos, a evolução do combate aos incêndios deve ser avaliada não apenas com base na floresta destruida, mas também num conjunto de factores que incluam desde tempos de resposta ao número de reacendimentos, passando pelas descontinuidades resultantes de fogos ou pela diminuição de área florestal.
Não se pode continuar a usar verdades fragmentárias ou estatísticas parciais que, podendo corresponder aos factos, não os descrevem na totalidade e criam ilusões junto de quem não tem uma visão mais global da temática abordada, muitas vezes perante o beneplácito de uma comunicação social que não investiga tanto quanto deve.
Verão Verde
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