Incêndios: O balanço segundo António Costa
O ministro da Administração Interna não confirma compra dos quatro aviões russos Beriev de combate a incêndios.
Esta foi, recorde-se, uma aquisição recomendada pelas comissões técnicas que avaliaram os aparelhos.
"Se o estivermos a desvalorizar, podemos ser injustos, se o estivermos a elogiar, estaremos certamente a encarecer o preço se eventualmente estivermos interessados na aquisição", afirmou o governante, em Monchique, à margem da cerimónia para assinalar o final da fase Charlie e início da fase Delta do Dispositivo Integrado da Defesa da Floresta Contra Incêndios, onde também fez um balanço da época de incêndios.
António Costa congratulou-se com o facto de, até ao final da última quinzena, a área ardida em Portugal ter sido de apenas 72 mil hectares, quando a meta do Governo era atingir um patamar inferior a 100 mil hectares até 2012.
O ministro elogiou ainda a articulação entre os militares da GNR - que formaram os Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) -, os Bombeiros e os Sapadores Florestais dos ministérios do Ambiente, Agricultura e de outras entidades.
"Genericamente correu bem, era uma experiência nova e havia gente com muitas dúvidas de como se ia introduzir um novo elemento", disse, acrescentando que em alguns locais do país funcionou "excepcionalmente bem".
Contudo, salientou a necessidade de voltar a "arregaçar as mangas" no próximo ano e afirmou contar que até lá seja feito um trabalho de fundo de reestruturação da floresta, de modo a criar uma floresta "que se proteja a si própria".
"Os resultados são bons mas não garantem que nos próximos anos não voltemos a ter grandes catástrofes", concluiu o ministro da Administração Interna.
No Algarve arderam este ano 200 hectares de floresta, tendo em 2005 ardido 1.800 hectares, em 2004 cerca de 20 mil e em 2003, o pior ano, com 40 mil hectares de área ardida.
Rádio Renascença
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