Ministério Público vai investigar causas e estratégia de combate do incêndio que ‘destrói’ Serra da Estrela
O Ministério Público vai investigar o incêndio que há sete dias destrói o património natural classificado na Serra da Estrela, que já destruiu cerca de 10 mil hectares e que tem causado o pânico entre os habitantes de cinco concelhos, provocando também feridos no efetivo de combate e em civis, segundo revelou esta 6ª feira o ‘Correio da Manhã’.
O MP, além de investigar as causas que originaram as chamas (tudo aponta para fogo criminoso, com início pelas 03h18 de sábado), vai também averiguar as circunstâncias e a forma como estas foram combatidas, sobretudo nos dois primeiros dias. No entanto, esta vertente da investigação só se vai desenrolar depois de o fogo ser dado como extinto e ter sido feito o rescaldo. A Polícia Judiciária já se encontra no terreno desde o primeiro dia.
Têm sido diversos os autarcas dos concelhos afetados com fortes críticas à forma como decorreu o combate ao incêndio e, esta 5ª feira, foram “muito duros” a comunicar vários episódios no teatro de operações.
“Ninguém consegue controlar este fogo apesar de tantos meios humanos, de tantos camiões e carros de combate que, segundo dizem, estão no local – mas nós não os vemos”, garantiu o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa.
Sobre as críticas das autarquias, o segundo Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, Miguel Cruz, referiu que o dispositivo reagiu “prontamente”, mas não teve a “elasticidade” para acompanhar a velocidade de propagação e o movimento do incêndio.
António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros, pretende a criação de uma comissão independente para “apurar o que se passou”. “O sistema falhou. Queremos saber o que se passou. Temos um comandante que está a ser julgado…”, lembrou o responsável – segundo o jornal diário, houve várias divergências entre elementos que integram o efetivo de combate. O uso de fogo tático e abertura de estradões no Parque Natural também “causaram confusão”.
In Multinews
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