terça-feira, 19 de julho de 2022

Situação de alerta prolongada ou regresso à contingência? Governo faz nova avaliação esta terça-feira

 

O Governo vai reavaliar a situação dos incêndios em Portugal esta terça-feira, depois de no domingo ter baixado para o nível de alerta, suspendendo a situação de contingência que estava em vigor, face à melhoria das condições meteorológicas.

O anúncio foi feito na altura pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro. “O nível de alerta estará em vigor entre as 00:00 de segunda-feira e as 23:59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar”, disse.

“Nos próximos dias, a temperatura deverá baixar entre 2 e 8 graus, o que permite termos uma pequena janela para ajustar os esforços”, explicou José Luís Carneiro, lembrando que, “até ao final do verão, vão existir outros momentos muito exigentes” e “é preciso estar preparado”.

Perante a diminuição da temperatura e a necessidade de reduzir esforços, “tomámos a decisão – nomeadamente o Ministério da Administração Interna, o da Defesa Nacional, o do Ambiente, o da Agricultura, da Saúde e do Trabalho e Solidariedade, em articulação com o primeiro-ministro e o Presidente da República, de baixar nível de exigência dos recursos e meios” de combate aos incêndios para Situação de alerta, referiu na altura o ministro.

Hoje, terça-feira, a situação será reavaliada até porque se prevê um novo aumento das temperaturas, adiantou.

Portugal continental entrou em Situação de Contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na segunda-feira da semana passada e na quinta-feira o Governo decidiu prolongar esta situação até domingo.

Ontem passou para Situação de Alerta que é, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, o nível menos grave, abaixo da Situação de Contingência e do patamar mais grave, a Situação de Calamidade.

Pode consultar agora todas as medidas da situação de contingência e de alerta, bem como que cada uma delas implica para a população.

Recuo para situação de alerta mas não implica desmobilização de meios

Portugal passou a estar em situação de alerta desde as 00h desta segunda-feira, mas André Fernandes, da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), garantiu que “não há desmobilização de meios.”

“O dispositivo continua todo no terreno, operacional, com mesma entrega e acima de tudo mantém-se não só restrições ao uso de fogo mas a consciencialização da situação que se está a viver e adequação de comportamentos”, afirmou ontem em conferência de imprensa.

O responsável da Proteção Civil indicou que Portugal continental continua “em seca severa”, o que faz com que existam “condições para incêndios florestais terem dimensão”.

960 pessoas retiradas de casa numa semana

Na última semana as autoridades realizaram em Portugal, no âmbito dos incêndios que estão a invadir o país, mais de 200 assistências médicas, destacando-se uma morte e cinco feridos graves.

André Fernandes referiu na mesma ocasião que entre os dias 7 e 18 de julho, contam-se 201 assistências, uma morte, cinco feridos graves, 109 feridos ligeiros e 95 assistidos.

Quanto às evacuações, “no total foram retiradas 960 pessoas de casa e constituídas 12 zonas de concentração de apoio à população, das quais passaram 431 pessoas que já regressaram às suas habitações”, explicou.

In Multinews