Incêndios/13 de julho: O ponto de situação sobre os principais fogos em Portugal
Vista geral (atualizado às 14h30)
- Número total de incêndios rurais: 75
- 23 em curso; 14 em resolução e 38 em conclusão
- Número total de operacionais mobilizados: 3553
- Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 1048
- Número total de meios aéreos mobilizados: 30
*Fonte: site da Proteção Civil
Os focos de maior preocupação são agora em Leiria, onde se registam reacendimentos, e Faro, com especial atenção às chamas que lavram na Quinta do Lago.
Até ao momento, segundo um balanço da Proteção Civil realizado esta terça-feira, mais de 600 pessoas foram retiradas de casa preventivamente devido aos incêndios que têm assolado o país.
O vento está a dificultar o combate aos incêndios em várias zonas do país.
Ponto de situação sobre os maiores incêndios que lavram no país
Faro (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 2
- Onde: Montenegro (em curso) e Monchique (em resolução)
- 381 operacionais
- 129 viaturas
- 6 meios aéreos
O que se sabe até agora:
O incêndio de Faro, que lavra desde as 23:30 desta terça-feira, tem duas frentes: uma na zona de mato e pinhal em Gambelas, na freguesia de Montenegro, perto da Universidade do Algarve e de onde deveria decorrer a Concentração Internacional de Motos de Faro, e outra em Almancil, no concelho de Loulé, junto à Quinta do Lago.
“Neste momento, a nossa prioridade é a zona da Quinta do Lago”, assumiu o Comandante Operacional Distrital, Richard Marques, num ponto de situação feito às 11:00.
As chamas, todavia, continuam a lavrar nesta zona de moradias de luxo ao início da tarde, tendo já atingido o campo de golfe e algumas habitações.
Leiria (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 8
- Onde: Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, Ansião (em conclusão); Tornada e Salir do Porto, Regueira de Pontes e Pombal (em resolução); Caranguejeira e Abiul (em curso)
- 991 operacionais
- 279 viaturas
- 7 meios aéreos
O que se sabe até agora:
Leiria tem sido alvo de vários reacendimentos ao longo do dia de hoje, um dos quais, entretanto dominado, galgou para o concelho de Ourém, já no distrito de Santarém.
Entretanto, o Itinerário Complementar (IC) 2 está novamente cortado ao trânsito, agora entre Matos da Ranha, no concelho de Pombal, e Boa Vista norte, em Leiria. Segundo o capitão Rui Costa, do Comando Territorial de Leiria da GNR, as alternativas para os automobilistas são as autoestradas 1 e 17, e a Estrada Nacional 109. Aos automobilistas, Rui Costa pediu para que não escolham o IC2 seja qual o for o destino e que não tentem aproximar-se do fogo.
Gonçalo Lopes, Presidente da Câmara de Leiria adiantou que as próximas horas serão as mais críticas deste dia, tendo em conta os "ventos erráticos" que se esperam.
A empresa gestora da rede de distribuição de eletricidade E-REDES registou entretanto interrupções de energia relativas à baixa tensão nos concelhos de Ourém, Ansião, Leiria e Pombal devido aos incêndios.
Dezasseis localidades da União de Freguesias de Colmeias e Memória ficaram também sem abastecimento público de água, adiantou fonte dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), que garantiu que a interrupção não afeta o combate aos incêndios.
Santarém (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 5
- Onde: Espite e Nossa Senhora da Peidade (em resolução); Matas e Cercal (em curso)
- 717 operacionais
- 233 viaturas
- 2 meios aéreos
O que se sabe até agora:
O incêndio em Freixianda entrou em resolução às 03:21 e o de Espite à 00:54, com as autoridades a manter o efetivo no terreno para acautelar reativações, como a que teve lugar ao início da tarde em Ourém.
O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, pediu entretanto ao Governo a manutenção dos meios de combate no terreno, para evitar estes reacendimentos.
Quanto às pessoas retiradas na terça-feira de casas ou de lares, nos dois incêndios, Luís Albuquerque apontou cerca de 70 na Freixianda e mais 40 em Espite, frisando ser “completamente falso” que tenham sido retiradas 300 pessoas na Freixianda.
A empresa gestora da rede de distribuição de eletricidade E-REDES registou hoje ocorrências de interrupção de energia relativas à baixa tensão nos concelhos de Ourém, Ansião, Leiria e Pombal devido aos incêndios.
Setúbal (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 8
- Onde: Palmela (em curso); Palhais e Coina, Poceirão e Marateca e Fernão Ferro (em resolução); Atalaia, Seixal e Arrentela (em conlcusão)
- 315 operacionais
- 73 viaturas
- 2 meios aéreos
O que se sabe até agora: Um incêndio que deflagrou hoje pouco depois do meio-dia na encosta do Castelo de Palmela, no distrito de Setúbal, segundo informação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, está a ser combatido por mais de 200 operacionais
Viseu (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 4
- Onde: Abrunhosa-a-Velha (em curso); Tendais (em resolução); São Pedro do Sul, Várzea e Baiões, Couto de Baixo e Couto de Cima (em conclusão)
- 215 operacionais
- 60 viaturas
- 4 meios aéreos
O que se sabe até agora:
Segundo o autarca de Mangualde, Marco Almeida, este incêndio encontra-se agora com duas frentes ativas, sendo certo que uma delas exige maior preocupação".
"Estamos a falar de um território montanhoso, com temperatura elevada e humidade baixa e onde existem mudanças de vento constantes. Tivemos momentos de grande tensão durante a noite, neste momento uma das frentes levanta maior preocupação, estamos a fazer o melhor que podemos", adiantou em declarações à SIC, referindo ainda que estes fogos não se encontram próximo de zonas habitacionais.
Viana do Castelo (atualizado às 14h30)
- Número de ocorrências: 5
- Onde: Friestas, Vilar de Mouros, Portela e Lindoso (em curso); Ranha (em conclusão)
- 173 operacionais
- 48 viaturas
- 3 meios aéreos
O que se sabe até agora:
O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, manifestou-se hoje “muito preocupado” com o incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês em direção a várias freguesias do concelho.
O fogo, que deflagrou às 23:39 de terça-feira no lugar de Cidadelhe, Lindoso, no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), em Ponte da Barca, “não está controlado” e, pelas 10:55, afirmou Augusto Marinho, as chamas dirigiam-se “para as freguesias de Parada do Monte, São Miguel, Entre-Ambos-os-Rios”.
“O incêndio não está controlado. Neste momento, essa frente de fogo ainda está na serra profunda, de muito difícil acesso, e dirige-se para as freguesias de Parada do Monte, São Miguel, Entre-Ambos-os-Rios”, referiu o autarca social-democrata.
Segundo Augusto Marinho, “o comandante dos bombeiros está preocupado” porque “a frente de fogo está muito forte”. “Se não for travada vai atingir uma zona que, para além das pessoas e bens, o mais importante, vai também atingir um património natural riquíssimo no PNPG. Infelizmente não está no bom caminho. As condições são adversas. As do terreno e as do clima”, referiu.
Augusto Marinho disse que na madrugada de hoje o fogo cercou a aldeia de Mosteiró, na freguesia de Britelo, e obrigou à retirada, cerca da 01:00, de 30 pessoas, que foram instaladas nas num clube local, tendo-lhes sido prestada a assistência necessária. A população daquela aldeia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, situado no único parque nacional do país, regressou a casa cerca das 05:00.
A GNR está a investigar as causas do fogo que, segundo o autarca, “poderá terá tido origem criminosa”. “Há relatos de pessoas que viram um homem na zona. Agora compete às autoridades investigar”, disse.
Outras informações relevantes:
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), há 16 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, em especial no interior do país, havendo ainda previsões de temperaturas de 46º Célsius para Santarém e 43º em Évora, por exemplo.
O primeiro-ministro estará hoje em Vila de Rei, um dos concelhos com maior mancha florestal do país, para alertar em relação ao risco de incêndios nos terrenos abandonados e para acentuar a importância da informação cadastral.
Portugal continental está até as 23:59 de sexta-feira em situação de contingência, devido às previsões meteorológicas dos próximos dias que apontam para o agravamento do risco de incêndios rurais. Saiba o que muda.
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