terça-feira, 12 de julho de 2022

Combate aos fogos reforçado com dois pelotões militares. Evacuações "são prioridade"

IPMA coloca 16 distritos em alerta vermelho. Município de Leiria pede a população entre Figueiras e Mata dos Milagres que deixe habitações; em Pombal fala-se de "quase desespero"

Alvega e Leiria registaram mais de 44 graus. Santarém chegou aos 45

As localidades de Alvega, em Abrantes, e Leiria registaram hoje 44,6 e 44,1 graus de temperatura máxima, respetivamente. 

Os valores divulgados pelo IPMA relativamente a estes dois locais foram superiores ao da Almareleja, em Beja, onde os termómetros chegaram aos 43,9 graus.

Santarém foi a cidade onde os termómetros subiram mais alto, com 45 graus. Lisboa chegou aos 44.

Nuno Lopes, chefe divisão de previsão do IPMA, em declarações à SIC Notícias, disse que as temperaturas poderão subir cerca de um dois graus no dia de amanhã.

“Alguns recordes podem ser batidos. Pode ser o quarto dia mais quente desde que há registo em Portugal termos globais.”

Evacuações são "prioridade". Situação meteorológica vai agravar nos próximos dias

Questionado sobre as localidades onde as populações combatem sozinhas os fogos, sem a presença de qualquer operacional, André Fernandes disse ser “natural” pela dimensão dos incêndios que “não existam meios prontamente no local”.

“Estamos a falar de situações complexas, muito meios para gerir e uma área afetada muito grande”, disse, salientando que vai ser necessária a ajuda de “todos”.

“A prioridade é fazer as evacuações, manter as pessoas em segurança e depois salvar as habitações”, afirmou ainda o responsável.

Em relação à previsão para os próximos dias, o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou que a situação meteorológica é “para agravar”, mas que tudo será feito para que a situação operacional não se complique.

André Fernandes explicou que “a temperatura e a humidade relativa baixa” dificultam o combate às chamas, acrescentado que se espera que o vento diminua durante a noite. Tendo em conta estas condições, é mais provável que se registem reacendimentos.

In O Observador