Monchique: Situação mais calma e sem frentes ativas, mas com pontos quentes
A situação do incêndio de Monchique e Silves está hoje mais calma, não existindo frentes ativas, mas alguns "pontos quentes", de acordo com o Proteção Civil, que alerta para a possibilidade de reativações durante a tarde.
A 2.ª comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, informou, num ‘briefing’ em Monchique, no distrito de Faro, que os “pontos quentes” são a Fóia (concelho de Monchique) e a zona entre São Marcos da Serra, São Bartolomeu de Messines e Silves (concelho de Silves).
O número de feridos subiu para 36, um dos quais grave, sendo que 19 são bombeiros, adiantou Patrícia Gaspar.
"Neste momento temos, não diria frentes ativas, mas pontos quentes em pequenas áreas onde ainda temos efetivamente chamas", sublinhou, acrescentando que logo ao início da manhã os meios aéreos não tiveram condições para operar, por não terem teto, devido à nebulosidade.
Patrícia Gaspar adiantou, contudo, que perto das 10:00 foram acionados dois meios aéreos de vigilância para monitorizar as áreas críticas e dois aviões médios anfíbios de combate.
Um helicóptero de reconhecimento está a percorrer todo o perímetro do incêndio a uma altitude mais baixa, permitindo visualizar a disposição das forças e um avião que voa a uma altitude superior e que tem capacidade para fazer vídeos.
"Acionámos também um meio de vigilância que vai transmitir em direto imagens para o posto de comando e que nos permite ver melhor onde são estes pontos quentes", esclareceu.
A estratégia de combate adotada pela Proteção Civil tem também incidido na abertura de aceiros, com recurso a máquinas de rasto, que têm estado a fazer um "trabalho fundamental", referiu Patrícia Gaspar.
Estão também no terreno pelotões das Força Armadas a ocupar posições em áreas de consolidação do incêndio, permitindo já realizar algumas operações de rescaldo e vigilância.
Na quarta-feira, sobretudo durante a tarde, o incêndio alastrou de forma significativa ao concelho de Silves, mas Patrícia Gaspar não conseguiu precisar o número de reativações que deram origem ao crescimento do fogo.
Ao todo, desde o início da operação, já foram deslocadas um total de 299 pessoas, que estão distribuídas por centros de apoio em Portimão, Monchique, Marmelete (concelho de Monchique) Silves e São Bartolomeu de Messines (concelho de Silves).
Há ainda registo de nove acamados que se encontram dispersos por unidades de saúde daquela zona do barlavento algarvio.
In Sapo24
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