Pelo menos quatro habitações destruídas por incêndio que atingiu Oliveira do Hospital
O levantamento dos danos e prejuízos ainda está a ser feito no terreno, sublinhou o presidente da Câmara, José Francisco Rolo.
O incêndio que
atingiu o concelho de Oliveira do Hospital destruiu pelo menos quatro
habitações, atingiu várias explorações agropecuárias e consumiu cerca de cinco
mil hectares, disse hoje o presidente da Câmara, José Francisco Rolo.
“Temos duas
habitações completamente destruídas na freguesia de Avô e duas parcialmente
destruídas, uma na freguesia de Vila Pouca da Beira e outra na Aldeia das Dez”,
lamentou.
Em declarações à
agência Lusa, o autarca sublinhou que o levantamento dos danos e prejuízos
ainda está a ser feito no terreno, e disse já ter conhecimento de que várias
explorações agrícolas foram atingidas.
“Temos outras
situações de pessoas que perderam os seus anexos agrícolas e alfaias agrícolas.
Os prados estão destruídos, há perda de charcas e reservas de água para
animais”, acrescentou.
De acordo com
José Francisco Rolo, o município está a trabalhar em três frentes, sendo a
primeira a da segurança, que está a ser coordenada pelo Gabinete de Proteção
Civil para verificar as condições de segurança no terreno.
“Estamos a falar
de verificar a absorção de estradas municipais, cablagens rebentadas, riscos de
queda de árvores, riscos de derrocadas e deslizamentos de terras”, concretizou.
A par da
segurança, decorre em paralelo a avaliação do bem-estar psicológico das
pessoas, bem como o levantamento das suas perdas materiais.
“Envolvemos aqui
os senhores presidentes de junta, com a coordenação do Gabinete de Ação Social.
Faremos o levantamento dos danos e prejuízos, freguesia a freguesia, para saber
e responder às necessidades”, informou.
À Lusa, o autarca
indicou ainda que entre as freguesias mais afetadas pelas chamas estão a Aldeia
das Dez, Avô, Santo Ovaia e Vila Pouca da Beira, Alvoco das Várzeas, Penalva de
Alva e São Sebastião da Feira, Lourosa e Nogueira do Cravo (Vendas de Galizes e
Vilela).
“Por estimativa e
que ainda está a ser atualizada, pensamos que tenham ardido cinco mil
hectares”, referiu.
O concelho de
Oliveira do Hospital tem 88 localidades distribuídas por 16 freguesias ou
uniões de freguesias.
Uma das
frentes do incêndio de Arganil, que eclodiu na freguesia do Piódão, avançou na
quarta-feira para Oliveira do Hospital.
Na altura, o
autarca falou em "caos" e falta de meios.
Portugal
continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho,
sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que
motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
No domingo, a
ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que a situação
de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prorrogada até às 24:00 de
terça-feira.
A situação de
alerta, que teve início no dia 02 de agosto, tinha já sido renovada até às
24:00 de domingo, vigorando agora por mais 48 horas.
Os fogos
provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem
gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda
habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo dados
oficiais provisórios, até 18 de agosto arderam 185.753 hectares no país, mais
do que a área ardida em todo o ano de 2024.
In Diário de Coimbra
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