Incêndios. Mais de 300 operacionais e oito meios aéreos combatem chamas em Alandroal
Incêndio terá sido provocado por uma peça metálica do semirreboque de um camião. Um bombeiro foi assistido e considerado ferido ligeiro. Seis pessoas foram retiradas das suas casas por precaução.
O incêndio que deflagrou esta terça-feira em zona de mato no concelho de Alandroal, distrito de Évora, estava a ser combatido, pelas 20h05, por 308 operacionais, apoiados por 102 e oito meios aéreos. Segundo a Proteção Civil, o fogo mantém três frentes ativas e está previsto o reforço de meios para apoiar as operações de combate durante a noite.
Uma das frentes ativas, junto à vila de Alandroal, “está a ceder aos meios no terreno”, revelou o adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Bruno Borges, em declarações à Lusa, referindo que uma outra, na zona de Juromenha, vai ter um reforço de meios “visto que o incêndio está com alguma continuidade”.
Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central, por outro lado, revelou que um dos bombeiros foi assistido e considerado ferido ligeiro, por ter sofrido “uma entorse” no teatro de operações.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 9h22. Por volta das 16h20, segundo a fonte da GNR, militares da Guarda já tinham retirado seis pessoas das suas casas, por precaução. À mesma hora e também por causa do incêndio, a circulação rodoviária estava cortada nos troços da EN255 entre Alandroal e a vila de Terena e da Estrada Nacional 373 (EN373) entre a sede de concelho e Juromenha.
Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, disse que “um dos maiores problemas” deste incêndio está agora na área entre as povoações de Terena e de Hortinhas. “Em Terena, os bombeiros conseguiram segurar o fogo nas traseiras de uma das ruas”, realçou.
O autarca salientou que tem ardido mato e que o fogo chegou a passar perto de montes isolados. “Não temos habitações ardidas, só uns anexos. E não houve, até agora, nada de grave com pessoas”, sublinhou, reconhecendo que já “há muita área ardida” e o combate às chamas continua “muito complexo, devido ao vento”.
Durante a tarde, relatou o autarca, foi necessário evacuar uma fábrica situada perto de Alandroal, mas os bombeiros conseguiram evitar que o fogo chegasse à zona da unidade fabril.
Autarca diz que fogo terá tido origem em pneu de camião
Esta manhã, o autarca tinha revelado que o fogo terá tido origem no pneu de um camião que se incendiou, lançando focos de incêndio ao longo da EN255.
Em declarações também à Lusa, João Grilo indicou que o pneu do camião rebentou e incendiou-se e, como o condutor não se terá apercebido, continuou a viagem na Estrada Nacional 255 (EN255), em direção a Reguengos de Monsaraz.
Este pesado “atravessou uma parte do concelho a queimar a berma da estrada”, havendo “vários focos de incêndio desde antes de Terena até depois de Santiago Maior”, relatou. João Grilo assinalou que os bombeiros e a Proteção Civil, envolvendo várias corporações e meios aéreos, estão no terreno.
O motorista do camião suspeito de provocar o incêndio foi identificado e constituído arguido pela GNR. Fonte do Comando Territorial de Évora da GNR indicou à agência Lusa que o homem que conduzia o pesado que transportava madeira foi constituído arguido pelo crime de incêndio florestal e o caso foi comunicado ao Ministério Público.
Segundo a mesma fonte, uma peça metálica de uma das cintas do semirreboque do camião, usada para prender a madeira transportada, soltou-se e, ao bater no chão, provocou faíscas, o que terá ateado vários focos de incêndio no concelho de Alandroal.
Em Terena, fogo chegou perto de casas e obrigou GNR a retirar moradores
Com o fogo a chegar perto das casas em Terena, no concelho de Alandroal, os habitantes tentaram apagar as chamas como podiam, enquanto a GNR retirava, por precaução, pessoas das suas casas.
De máscara na cara, a presidente da Junta de Freguesia de Terena, Joselina Paiva, admitiu à agência Lusa que, esta tarde, “a situação descontrolou-se um bocadinho” na periferia desta vila, sobretudo, devido ao vento forte.
“O fogo já chegou perto das casas e de arrecadações que as pessoas aqui têm”, realçou, precisando que as habitações que estiveram em perigo situam-se junto à estrada que liga a vila de Terena à aldeia de Hortinhas.
Apesar da aflição, a autarca disse não ter informação de nenhuma casa destruída pelas chamas. Joselina Paiva contou que muitos populares tentaram com mangueiras ajudar os bombeiros a evitar o pior.
Com o incêndio por perto, segundo a presidente da junta, militares da GNR procuraram pessoas dentro de algumas casas e retiraram alguns moradores, por precaução, sem saber precisar quantos.
In Observador







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