52% da área ardida este ano corresponde aos primeiros 15 dias de Julho
Cerca de metade (52%) do total da área ardida em Portugal este ano diz respeito à primeira quinzena de Julho, de acordo com dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) reportados pelo jornal Público.
No total do ano, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho, há registo de 3.383 incêndios rurais, que correspondem a 9.482 hectares ardidos. Comparando com a média anual dos últimos 10 anos, trata-se de um recuo de 54% de incêndios rurais e de também 54% de área ardida, pelo que o cenário parecia positivo.
No entanto, Julho prepara-se para ser um mês mais difícil. Depois de uma primeira quinzena já negativa (além de responder por 52% da área perdida, este período contou também com 39% dos incêndios do ano), os números de 15 a 26 de Julho não apresentam melhorias: nesta semana e meia, ocorreram mais de 1.368 incêndios rurais e arderam 3.712 hectares.
Os mesmos dados provisórios mostram que, até 15 de Julho, 88% dos fogos rurais não tinham acrescido além de um hectare. Além disso, havia apenas nove incêndios classificados como “grandes” (ou sejam área ardida igual ou superior a 100 hectares).
Estes nove incêndios “grandes” consumiram 73% do total de área ardida até meados deste mês e tiveram lugar em Castro Verde (2300 hectares de área exclusivamente agrícola ardida), Aljezur (2230 hectares), São João da Pesqueira (766 hectares), Idanha-a-Nova (587 hectares), Silves (536 hectares), Pampilhosa da Serra (166 hectares), Ponte de Lima (136 hectares), Montalegre (119 hectares) e Aljustrel (118 hectares).
Entre os 1.805 fogos que foram investigados (53% do total), foi atribuída uma causa a 1.253 deles. Segundo o relatório do ICNF, as duas principais causas relativamente a incêndios rurais são as queimadas extensivas de sobrantes florestais ou agrícolas e o incendiarismo. Este ano, a primeira foi responsável por 25% dos fogos e a segunda por 20%.
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