Helis de combate aos fogos enfrentam resistências no reabastecimento de água
A situação não é inédita, mas parece vir a repetir-se com alguma frequência nestes últimos meses em diversos concelhos transmontanos, como os de Valpaços, Chaves e Murça, onde o acesso a pontos de água tem sido vedado pelos respectivos proprietários.
A ocultação dos reservatórios ou tanques é feita com recurso a troncos de árvores, arames, chapas ou lonas, mas existem situações em que são colocados dispositivos mais agressivos, como estacas, ou os proprietários agem directamente no sentido de evitar o reabastecimento dos meios aéreos de combate aos fogos.
Estas atitudes são mais frequentes em épocas de maior calor ou mesmo de seca, quando a água é mais preciosa para agricultura, a qual coincide com uma maior incidência de fogos florestais.
A água retirada pode ser reposta pelos bombeiros através de auto-tanques, minimizando assim os prejuizos e inconvenientes para os agricultores ou proprietários, facto que é ignorado por parte da população, mas, por outro lado, existem exemplos de civismo, nomeadamente que mantenha tanques permanentemente abastecidos para que os meios aéreos possam reabastecer.
Para além da falta de civismo e de colocarem em risco o sucesso das operações, quem nelas participa e, muitas vezes, os próprios bens e propriedades de quem adopta estas atitudes reprováveis, estes são actos criminosos de consequências imprevisíveis, já que quando um balde fica subitamente preso com a aeronave a poucos metros do solo existe uma séria possibilidade de acidente.
Para além de ser necessário sensibilizar e, no limite, advertir as populações para as implicações que resultam deste tipo de comportamentos, exige-se que estes não passem impunes, evitando assim uma sempre possível escalada nas consequências que pode, um dia, terminar num acidente da maior gravidade, pelo que se espera uma resposta rápida a nível das entidades responsáveis por combater este tipo de crimes.
Verão Verde
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