quinta-feira, 14 de julho de 2022

Incêndios provocaram 160 feridos e obrigaram à retirada de 865 pessoas

 Até ao dia 13 de julho, os incêndios obrigaram à retirada 865 pessoas e fizeram 160 feridos, quatro dos quais graves. Hoje foram registados até ao 12:00 cerca de 71 ocorrências, mais do que ontem. A situação continua a ser "extrema", pelo que a proteção civil apela à responsabilidade de todos: não fazer fogo, não usar maquinaria em zonas florestais e ligar o 112 em caso de incêndio.










Segundo André Fernandes, comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), até às 12h00 do dia de hoje foram registados 71 incêndios, face a 59 ontem, sendo que 12 se encontram ativos.

As ocorrências que merecem maior acompanhamento são seis: Abiul, em Pombal; Caranguejeira, em Leiria, Ponte da Barca, em Lindoso; Oliveira de Azeméis, em Aveiro; e Baião, no Porto.

Estes fogos mobilizam, no seu conjunto, 1454 operacionais, 425 meios terrestres e 20 meios aéreos.

Entre os fogos que lavraram no dia de ontem e se encontram dominados, é de salientar o de Ourém e Salvaterra de Magos, em Santarém, o de Montenegro, em Faro, o de Palmela, Caminha, e de Seia.

No que diz respeito ao número de vítimas acumuladas desde o dia 7 de julho até dia 13 de julho, contabilizam-se 160 feridos, 4 dos quais graves, sendo que dois são agentes da proteção civil.

No que diz respeito a danos materiais, o incêndio em Ourém danificou 28 habitações, anexos e garagens; o fogo em Abiul danificou duas habitações, uma roulote, dois armazéns, uma aviário e uma serração. Em Caranguejeira, Leiria, ficaram danificadas quatro habitações e uma vacaria. Em espite ficaram danificadas duas habitações e dois anexos; em Palmela duas habitações, em Faro duas habitações e várias viaturas, em Oliveira de Azeméis uma habitação e uma oficina foram afetadas pelo fogo.

No total, 865 pessoas retiradas das suas casas, sendo que a maioria já regressou às suas habitações.

Continua cortada a Estrada Nacional 10 entre Cabanas e Quinta do Anjo, em Palmela; e o IC8 no nó de Marquinha e Nogueiros e no nó de Barracão e Leiria, no distrito de Leiria.

O Comandante Operacional André Fernandes salientou que a situação que nos espera ainda é "uma situação extrema", pelo que apela à responsabilidade coletiva: não fazer fogo, não usar maquinaria em zonas florestais e ligar o 112 em caso de incêndio.

No entanto, o efetivo mantém-se no terreno para acautelar reativações até que os incêndios sejam considerados extintos.

A situação de contingência em Portugal, por causa dos incêndios, vai prolongar-se até domingo, anunciou hoje o primeiro-ministro durante uma visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Portugal vive hoje o seu quarto dia de situação de contingência devido ao agravamento do risco de incêndio e ao tempo quente, com temperaturas muito altas, acima dos 40º.

Os distritos em alerta vermelho esta quinta-feira são Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre.

In Sapo24