sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fogo com frente activa em Oliveira do Hospital

Um incêndio deflagrou nesta quinta-feira à tarde em Fiais da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, prosseguindo as chamas com uma frente activa, informa a Protecção Civil.

De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), o fogo que se iniciou às 17h20 está a mobilizar 174 bombeiros, mais de 40 veículos operacionais e dois meios aéreos.

Desde as 00h00 ocorreram já 83 incêndios, de acordo com a ANPC, que disponibiliza informação apenas sobre os fogos que mobilizam muitos meios e/ou lavram há mais tempo.

In "Correio da Manhã"

terça-feira, 24 de julho de 2012

Bombeiros avançam com processo contra Jardim

Associação do sector diz que Alberto João Jardim devia ter "tento na língua" e considera que o governante fez declarações "lamentáveis" a propósito dos incêndios na Madeira, que deixam suspeitas sobre os bombeiros.
A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais anunciou que vai interpor um processo-crime contra o presidente do governo regional da Madeira pelas declarações sobre a "estranha coincidência" dos incêndios terem ocorrido após os seus comentários sobre os bombeiros.

"Iremos ainda esta terça-feira, ou mais tardar quarta-feira, mover um processo-crime contra o presidente do governo regional", afirmou o presidente da associação, Fernando Curto. O responsável referiu que Alberto João Jardim devia "conferir muito mais responsabilidade [ao que afirma] e ter tento na língua, que muitas vezes não tem".

"Eu sei que o Dr. Alberto João está habituado a dizer tudo e ninguém lhe fazer nada, está habituado a chamar nomes a toda a gente e a difamar toda a gente", lamenta Fernando Curto.

O presidente do governo regional da Madeira disse que os fogos que assolaram a ilha provocaram um cenário "dantesco" e considerou como "estranha coincidência" os incêndios terem ocorrido após as suas declarações sobre os bombeiros.

Questionado sobre se este cenário poderia ter sido evitado se houvesse mais bombeiros, Alberto João Jardim respondeu negativamente. "Sobre os bombeiros que existem, mantenho o que disse há dias. Aliás, é uma coincidência estranha depois do que disse, isto suceder", afirmou o governante.

O governante reiterou que "há bombeiros a mais em uma ou duas corporações e só nessas", desabafando que "esta situação excepcional até parecia que era para provar que não havia bombeiros a mais".

Bombeiros com salários em atraso

Fernando Curto respondeu, por seu lado, lamentar essas afirmações que "directa e indirectamente culpam os bombeiros", afirmou.

Segundo o dirigente, muitos dos bombeiros envolvidos no combate às chamas na Madeira têm "três meses de vencimento em atraso" e a "maioria dos bombeiros municipais têm um tratamento legislativo diferente dos bombeiros do Continente".

"Como tal, é lamentável que o presidente do Governo Regional venha dar a entender que uma manifestação que teve lugar e deixa suspeitas que poderiam ter sido os bombeiros a tomar parte nestas acções", afirmou à Lusa.

Fernando Curto disse ainda que o governo da Madeira "não apoia os bombeiros", reiterando que devia avaliar a coordenação "para saber quais as razões dos incêndios terem tomado aquelas proporções" e concluir pela necessidade de meios aéreos na região.

In "Rádio Renascença"

Madeira - Autarca acusado de ter ido de férias enquanto Santa Cruz ardia

Presidente da Câmara rejeita críticas da oposição, diz que esteve sempre a coordenar as operações e que só descansou por questões da saúde. Oposição cita Passos: "Que se lixem as férias".
A polémica está lançada em Santa Cruz, na Madeira, com o PS e o CDS-PP a acusarem o presidente da Câmara de ter abandonado o combate aos incêndios para ir de férias para a outra ilha do arquipélago, Porto Santo. Ambos os partidos exigem a demissão do social-democrata José Alberto Gonçalves.

O vereador socialista na autarquia, Óscar Teixeira lembra que 40 casas arderam no concelho e 120 pessoas ficaram desalojadas. Em declarações à Renascença, diz não perceber como pode o presidente da Câmara, e por inerência responsável pela protecção civil, optar pelo descanso neste cenário.

“O sofrimento das pessoas foi bastante grande e não é compatível uma coisa destas com uma pessoa estar a gozar férias em Porto Santo. Eu sei que uma pessoa marca as suas férias, mas estas contingências acontecem e, como diz o primeiro-ministro, que se lixem as férias.”

A Renascença falou com José Alberto Gonçalves, que alega que depois de tomar conta da ocorrência, a sua idade não lhe permitia fazer mais: “Sou um homem de 64 anos. Não me compete pegar em mangueiras e ir para o terreno. Muitas vezes, no centro de operações podemos coordenar as coisas e foi isso que aconteceu”.

O presidente da Câmara de Santa Cruz garante que esteve no terreno quinta e sexta-feira passadas, no auge da crise, mas alega também motivos de saúde para justificar o seu regresso às férias em Porto Santo.

“Sexta-feira de manhã estive em directo para a televisão, estive no terreno, é pura invenção e má vontade política, apenas. Estive no terreno, coordenei sempre as coisas, estive na reunião e achámos que, devido à minha saúde, deveria descansar um pouco mais. Como a minha família estava no Porto Santo ,fui para lá, mas sempre a acompanhar a situação.”

Jose Alberto Gonçalves voltou ao trabalho esta segunda-feira, mas a oposição diz que agora já é tarde e que o autarca deve deixar de vez a presidência da Câmara de Santa Cruz.

In "Rádio Renascença"

Jardim considera cenário dantesco e fala em coincidência estranha

O presidente do governo regional da Madeira disse hoje que os fogos que assolaram a ilha provocaram um cenário "dantesco" e considerou como "estranha coincidência" os incêndios terem ocorrido após as suas declarações sobre os bombeiros.
"O que acabei de ver é dantesco. As pessoas, há medida que forem circulando no concelho de Santa Cruz, vão ter uma imagem que parece que houve aqui um bombardeamento de napalm", afirmou Alberto João Jardim, que hoje está a realizar uma visita aos concelhos afetados pelos incêndios da última semana.

Em Santa Cruz, onde 40 casas foram destruídas pelo fogo, o governante manifestou preocupação pela "enorme quantidade de zona agrícola ardida". O responsável adiantou que "estão identificadas as pessoas que precisam de habitação", explicando que algumas optam pelo apoio em dinheiro para comprar material para poderem ficar instaladas nas suas próprias casas.

Segundo o governante, outras não quiseram habitações do governo, optando por ficar alojadas em casas de familiares.“No campo agrícola aqui no concelho montámos uma espécie de delegação da secretaria regional do ambiente para orientar as pessoas a preencher a papelada para ter os apoios europeus”, explicou Alberto João Jardim.

O governante destacou a necessidade de limpar algumas zonas sobranceiras às estradas, “para evitar deslizamentos” de rochas ou de pedras, e de substituir algumas condutas de água que foram destruídas pelos incêndios. A este propósito explicou que existem moradores que estão a ser abastecidos com água através de camiões cisterna.

Questionado sobre se este cenário poderia ter sido evitado se houvesse mais bombeiros, Alberto João Jardim respondeu negativamente.“Sobre os bombeiros que existem, mantenho o que disse há dias. Aliás, é uma coincidência estranha depois do que disse isto suceder”, afirmou o governante.
A 12 de julho, Alberto João Jardim disse que o governo madeirense não estava disposto a pagar 50 bombeiros onde só basta ter 30.

"Quanto aos bombeiros a questão é muito simples: em vez de quererem ser bombeiros municipais, foram-se fazendo associações. Depois o Governo foi-lhes fazendo as sedes, o equipamento que têm também foi o Governo que pagou e algumas associações, não todas, foram metendo gente sem ser preciso. E agora são eles {associações] que têm que resolver o problema", argumentou o governante madeirense.

Protesto de Bombeiros

A 12 de julho realizou-se na Madeira um protesto da Associação dos Bombeiros Profissionais para alertar “para a degradação das condições de trabalho e de vida dos bombeiros profissionais das associações humanitárias do Funchal, Machico e Santa Cruz”.

“Não estou a levantar suspeitas sobre os bombeiros, estou a levantar suspeitas é sobre a coincidência que houve de uma ação feita aqui na Madeira, não pelos bombeiros de cá – porque a maior parte dos bombeiros de cá até nem estão filiados nessas organizações”, declarou.

Alberto João Jardim considerou igualmente que este “é um problema que cabe investigar à Polícia Judiciária”. O governante reiterou que “há bombeiros a mais em uma ou duas corporações e só nessas”, desabafando que “esta situação excecional até parecia que era para provar que não havia bombeiros a mais”.

Antes de seguir para a Ribeira Brava, onde continuou a ver as consequências dos fogos, Jardim elogiou o trabalho dos bombeiros que “atuaram inteligentemente”, sublinhando a estratégia de “defender as casas e deixar arder o que era mato”.

Durante a tarde, Alberto João Jardim vai visitar os concelhos Calheta e Porto Moniz.

Lusa

São Brás e Tavira em Lisboa para “encontrar soluções” para vítimas do fogo

Há quem tenha perdido a sua casa e quem ficado sem base de sustento. Fogo ardeu durante cinco dias.

Os presidentes das Câmaras de São Brás de Alportel e de Tavira reúnem-se esta terça-feira com o ministro adjunto Miguel Relvas. Vão pedir ajuda para resolver os efeitos negativos do incêndio.

“É uma reunião que vai acontecer com São Brás e Tavira para se avaliar os riscos e efeitos do incêndio e tentar, avaliando os prejuízos, encontrar soluções imediatas para as famílias que perderam os seus bens que eram a sua sustentação económica e poderem continuar a viver. Por outro lado, para aqueles que perderam a sua habitação. E depois a parte da floresta, a parte da sustentabilidade económica que tínhamos”, explica à Renascença o autarca António Eusébio, de São Brás.

A reunião está marcada para as 11 da manhã.

O Governo deu à Autoridade Nacional Protecção Civil até dia 10 de Agosto para apresentar um relatório sobre eventuais falhas de coordenação de meios nos incêndios no Algarve.

O relatório segue-se às polémicas declarações do Comandante Operacional que reconheceu que errou na primeira avaliação sobre o fogo, que durou cinco dias.

In "Rádio Renascença"

Ilha sem fogos ativos, meios ainda no terreno para vigilância, avança a Proteção Civil

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, Luís Neri, afirmou hoje que esta manhã "não há focos de incêndio ativos nesta região".

"Existem, contudo, meios que estão distribuídos por toda a ilha para vigilância a patrulhamento, porque de quando em vez surgem pequenos reacendimentos e o objetivo é estarmos atentos", adiantou o responsável.

Na ilha da Madeira, desde a noite da terça-feira da semana passada – há uma semana - surgiram 400 focos de incêndios que deflagraram em vários pontos, segundo o Governo Regional, que diz ter havido mão criminosa.

As situações mais críticas aconteceram nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Calheta, Ribeira Brava, Porto Moniz.

Dezenas de casas, viaturas e palheiros total ou parcialmente destruídos pelo fogo, centenas de pessoas retiradas de casa e uma vasta área florestal consumida pelas chamas são as principais consequências desses incêndios.

In "Jornal da Madeira"

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fogo dominado em Viseu. Casas estão fora de perigo

Fogo chegou a ter três frentes activas. Mais de 90 bombeiros e três meios aéreos foram destacados para o ataque às chamas.

Foi dominado o incêndio que deflagrou esta segunda-feira à tarde, no concelho de Viseu, e que chegou a ameaçar várias casas.

As chamas deflagraram com intensidade na zona de Nesprido, por volta das 17h30, numa zona de pinhal e mato.

O fogo chegou a ter três frentes activas, mas já se encontra dominado e os bombeiros contam, em breve, entrar em fase de rescaldo.

A combater as chamas estão 93 operacionais, apoiados por 21 viaturas. Factor decisivo para controlar a situação foi a acção dos três meios aéreos destacados, entre os quais um helicóptero pesado Kamov.

In "Rádio Renascença"

Governo exige à Protecção Civil 'relatório' sobre fogos no Algarve

O ministro da Administração Interna quer que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) apresente até ao dia 10 de Agosto um «relatório pormenorizado» sobre os incêndios florestais que ocorreram no Algarve entre quarta-feira e sábado.

Num comunicado hoje divulgado pela tutela, esclarece-se que o ministro Miguel Macedo assinou hoje um despacho em que se solicita «uma análise dos meios humanos e materiais envolvidos, bem como das fases de empenhamento dos mesmos, do grau de desempenho dos meios empregues durante as várias fases e ainda de eventuais dificuldades ou falhas na coordenação e avaliação dos meios envolvidos na operação, a cada momento».

No domingo, o presidente da ANPC, Arnaldo Cruz, manifestou em comunicado «total disponibilidade e colaboração» para apurar a eventual «falta de coordenação operacional» no incêndio de Tavira e de S. Brás de Alportel.

Em declarações à RTP, o comandante nacional da Protecção Civil, Vítor Vaz Pinto, disse que «houve falhas» no combate ao incêndio que lavrou durante quatro dias na Serra do Caldeirão, entre Tavira e São Brás de Alportel.

O incêndio da Serra do Caldeirão deflagrou cerca das 14:00 de quarta-feira em Catraia, na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira.

As chamas só foram dominadas ao final da tarde de sábado, depois de um prolongado combate que chegou a mobilizar mais de 1.100 operacionais, 13 meios aéreos e mais de duas centenas de veículos.
A Protecção Civil admitiu nesse dia que o rescaldo se poderia prolongar por vários dias.

Lusa/SOL

Fogo em Vouzela é o único por dominar

Mais de 100 homens combatem um fogo em Crescido, no concelho de Vouzela. Esta é a única situação por dominar na lista de fogos divulgada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Os bombeiros contam com o apoio de um helicóptero bombardeiro pesado e 26 veículos.

Segundo o balanço das 15h00 da Autoridade Nacional de Protecção Civil, registavam-se seis incêndios, com destaque para as chamas que lavram desde as 12h14 em mato em Crescido, no distrito de Viseu.

Desde a meia-noite foram registadas 78 ocorrências.

No Algarve prosseguem as operações de extinção do fogo que atingiu nos últimos dias os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel. Mais de 450 homens estão no terreno nos trabalhos de consolidação e dois helicópteros bombardeiros foram chamados a actuar esta tarde.

In "Rádio Renascença"

Dois reacendimentos no Algarve mobilizam autoridades

As autoridades registam hoje à tarde dois pontos de reacendimento do incêndio que deflagrou na quarta-feira no Algarve e num dos locais o fogo está perto de uma povoação, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Cachopo, Tavira.

Sidónio Barão disse à Lusa que houve um reacendimento na zona de Tafe, no concelho de Tavira, e outro na zona de Montes Novos, já no município de Loulé. Neste segundo caso, “o fogo está perto da população e a situação é alarmante”.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil na internet, às 14:52 foram acionados dois helicópteros bombardeiros pesados para o combate ao incêndio, dominado no sábado ao final da tarde. Há também a indicação, às 14:00, de que continuavam a decorrer os trabalhos de “consolidação da extinção.

Fogo não dá tréguas em Vouzela

Mais de 100 operacionais, apoiados por 27 veículos e um helicóptero, combatem hoje à tarde um incêndio florestal em Crescido, no concelho de Vouzela, enquanto foram acionados dois helicópteros para Tavira, onde o fogo está em fase de “conclusão”.

Segundo o balanço das 15:00 da Autoridade Nacional de Proteção Civil, registavam-se seis incêndios, com destaque para as chamas que lavram desde as 12:14 em mato em Crescido, no distrito de Viseu.

No local está um total de 102 operacionais, 96 dos quais são bombeiros.
Em Catraia, no concelho de Tavira, indica a página na Internet da Proteção Civil, houve o acionamento de dois helicópteros bombardeiros pesados pelas 14:52 enquanto decorre a “consolidação da extinção”.

O fogo que deflagrou na quarta-feira passada em Tavira e se alastrou a São Brás de Alportel foi dominado no sábado.

Lusa

Presidente da Liga dos Bombeiros diz que comandante da Proteção Civil não tem credibilidade


O Presidente da Liga dos bombeiros, Jaime Soares, diz que o comandante nacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto, não tem credibilidade para as funções. E que deve ser instaurado um inquérito para apurar os factos.

SIC

Comandante: Era 'impossível' chegar a tempo a todos os fogos

O comandante nacional da Protecção Civil, Vítor Vaz Pinto, disse hoje em Faro que seria «impossível» os bombeiros chegarem em tempo útil a todos os locais onde lavrava o incêndio que consumiu parte da serra algarvia.

Aquele responsável esclareceu que só estava a prestar declarações aos jornalistas devido à divulgação de parte de declarações suas na imprensa, proferidas no domingo na RTP, em que terá admitido falhas na coordenação daquela operação. Segundo Vaz Pinto, seria impossível que os bombeiros chegassem a todos os pontos em tempo útil, dada a dimensão do incêndio, que deflagrou na quarta-feira em Cachopo, Tavira, e só foi dominado ao quarto dia, no sábado.

Contudo, apesar de entender que os meios accionados foram sempre os «adequados e ajustados a cada momento», e a operação conduzida de «forma eficiente», ressalvou que «há sempre lições a retirar». Relativamente às falhas na coordenação das operações apontadas pelos autarcas dos concelhos envolvidos, São Brás de Alportel e Tavira, o comandante nacional disse desconhecer a que coordenação se estavam a referir.

«Não sei a coordenação a que se referem. Houve coordenação operacional e coordenação institucional, tal como houve comando adequado ao desenrolar de toda a situação», referiu.
Sublinhando não ter memória de ter envolvidos tantos operacionais numa situação como esta, Vaz Pinto lembrou ainda que sustentar logisticamente uma operação desta envergadura «não é fácil», referindo-se ao facto de terem estado no terreno mais de 1100 operacionais, mais de 200 veículos e 13 meios aéreos.

Vaz Pinto é também o anterior comandante distrital de operações de socorro de Faro, distrito aonde chegou em 2004, exactamente no ano em que a mesma parte da serra algarvia foi fustigada por um grande incêndio.

O comandante nacional chegou a fazer uma estimativa, em que previa que na quinta-feira à tarde os bombeiros iriam conseguir travar o incêndio, mas tal só aconteceu dois dias depois.
Vaz Pinto relatou que um técnico florestal com quem falou lhe dizia que em cerca de duas horas o incêndio consumiu 7.000 hectares, algo a que confessou nunca ter assistido. «Tratou-se de um fenómeno que não é comum», embora aquela zona - a serra do Caldeirão – tenha características específicas que favorecem a propagação de incêndios.
Vaz Pinto acrescentou apenas que mantém a confiança no dispositivo operacional.

Lusa / Sol

Quarenta casas destruídas no concelho de Santa Cruz

Quarenta casas onde viviam cerca de 120 pessoas foram destruídas na sequência dos incêndios da última semana no concelho de Santa Cruz, informou hoje o presidente da câmara municipal.

“Isto é uma situação que se verifica mais nas freguesias de Santa Cruz, Gaula e Camacha,”, afirmou José Alberto Gonçalves, adiantando que seis famílias do concelho ainda se mantêm no Regimento de Guarnição n.º 3, do Exército, enquanto outras foram acolhidas por amigos ou familiares.

Numa conferência de imprensa no quartel dos Bombeiros Municipais de Santa Cruz, o autarca adiantou que a prioridade é o realojamento das vítimas, trabalho que está em curso com o apoio da Investimentos Habitacionais da Madeira e da Segurança Social, e explicou que está também a ser aferida se as famílias afetadas têm possibilidade de avançar para a reconstrução das habitações.

Sobre as casas parcialmente consumidas pelas chamas, cujo número ainda não está apurado, José Alberto Gonçalves declarou que esta situação “faz com que haja necessidade de apoio”. Nesse sentido, apelou à doação de materiais de construção, portas, janelas, eletrodomésticos, móveis ou equipamentos de cozinha, pedindo para que os bens sejam canalizados para o armazém municipal.
O levantamento de danos na agriculta e pecuária e respetivas estruturas de apoio também vai ser efetuado, referiu.

O autarca está a estudar a possibilidade de pedir ao Governo Regional a declaração da situação de calamidade.Agradecendo a “solidariedade imensa” que decorre desde que os incêndios atingiram o concelho, de particulares a empresas, José Alberto Gonçalves considerou ainda o trabalho da Proteção Civil como “meritório”.“Houve a coordenação possível com os meios possíveis”, sustentou, destacando o apoio de outras corporações da região e adiantando que os Municipais de Santa Cruz necessitam de luvas e mangueiras.O autarca esclareceu não existirem neste momento estradas encerradas no concelho e “todo o município está com energia elétrica”, embora decorram ainda trabalhos de substituição de postes de eletricidade.

O responsável acrescentou que a corporação de Machico “anda com autotanques a fornecer água, sobretudo a cisternas coletivas”, para que “possam ser repostos os níveis de água”.
“Devido ao grande consumo para proteção de habitações e para limpezas tem havido um grande consumo, o que levou a que os tanques de distribuição tenham quebra de níveis”, explicou, apelando à população para ter “muita contenção” no consumo de água.

Sobre o abastecimento de água, José Alberto Gonçalves afiançou que as pessoas que foram atingidas pelos incêndios e que tiveram de consumir muita água vão pagar apenas o equivalente ao consumo médio que tinham antes dos fogos.Neste momento, no concelho, além do levantamento dos danos, prosseguem os trabalhos de limpeza, com o apoio de várias entidades, incluindo os militares.
José Alberto Gonçalves exortou os proprietários de terrenos para que procedam à sua limpeza e se precisarem de apoio para o fazerem que solicitem à câmara.“As pessoas têm de ser mais conscientes e limparem aquilo que lhes pertence”, salientou.

Lusa

Quatro mortos em incêndio na Catalunha


O número de vítimas mortais nos incêndios na Catalunha, em Espanha, perto da fronteira com França, aumentou para quatro. Centenas de pessoas foram já retiradas de casa, mas os bombeiros garantem que a situação está controlada.

SIC

Dois bombeiros feridos em despiste esta madrugada na A2


Dois bombeiros da corporação de Santo Tirso ficaram feridos num acidente que aconteceu esta madrugada na A2. Seguiam para o norte do país depois de terem ajudado a combater o incêndio que fustigou o Algarve nos últimos dias.

O acidente aconteceu ao quilómetro 153 no sentido sul-norte, entre Aljustrel e Castro Verde.
Vários carros de bombeiros que regressavam do Algarve, depois do combate às chamas em Tavira, seguiam em coluna quando o carro da corporação de Santo Tirso se despistou e foi parar à berma da estrada.

O helicóptero do INEM ainda foi chamado ao local, mas os bombeiros tiveram apenas ferimentos ligeiros.

O acidente obrigou ao corte da auto estrada durante algum tempo. As causas do despiste são ainda conhecidas.

SIC

Algarve: Operações mobilizam ainda 417 operacionais

Segundo informação disponibilizada na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil na internet, pelas 22:30 de hoje estavam ainda mobilizados 111 bombeiros, 22 operacionais da Força Especial de Bombeiros e 284 elementos de outros organismos de socorro, apoiados por 75 veículos. No combate às chamas chegaram a estar nos últimos dias mais de 1.100 operacionais (ao início da noite de hoje o número ainda ultrapassava os 700), mais de 200 veículos e 13 meios aéreos.

O fogo, que deflagrou numa zona de mato em Catraia (freguesia de Cachopo), Tavira, às 14:10 de terça-feira, foi dominado às 17:45 de sábado, admitindo a Proteção Civil que os trabalhos de extinção possam levar vários dias.

Hoje, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Tavira estimou que mais de 200 quilómetros quadrados de floresta e cultura arvense tenham ardido (o equivalente a um terço do concelho), repetindo uma previsão feita já na sexta-feira. "Com base nos dados recolhidos numa primeira análise, estimamos que tenha ardido uma área superior a um terço do total do concelho", disse Jorge Botelho, remetendo para próxima semana "um balanço mais exato".

Segundo autarca, na segunda-feira "será feita uma primeira reunião de avaliação, com os dados que estão a ser recolhidos no terreno", mas "só daqui a dois ou três é haverá uma avaliação mais exaustiva".De acordo com Jorge Botelho, "a preocupação recai sobre as pessoas que perderam praticamente todos os meios de sobrevivência, nomeadamente a destruição das suas culturas".
Tavira, com nove freguesias, é o terceiro maior concelho do Algarve, com uma área de 611 quilómetros quadrados, com uma população residente de 26.167 habitantes (Censos 2011), estendendo-se da orla marítima para o interior, estruturado em três sub-regiões: litoral, barrocal e serra.

Já o presidente da única junta de São Brás de Alportel, David Gonçalves, calculou hoje que a área ardida no município seja de cerca de 20 a 35 por cento do território concelhio, numa faixa de 30 a 40 quilómetros.

O autarca, que visitou hoje os locais mais atingidos, referiu que a maior preocupação não é os bens que foram perdidos, mas as condições psicológicas das pessoas afetadas.Segundo David Gonçalves, apenas durante a próxima semana os meios da câmara e da junta deverão reunir-se para avaliar o que foi perdido em termos de bens.

Hoje de manhã, o comandante nacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto, recusou hoje avaliar a operação de combate ao incêndio -- na sequência de autarcas que apontaram falhas na coordenação -- e afirmou apenas que mantinha total confiança no dispositivo.

Diário Digital

Proteção Civil: maioria dos fogos na Madeira "não teve origem natural"

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, Luis Neri, disse hoje à noite ter “quase a certeza" de que a maior parte dos fogos que deflagraram na região nos últimos dias "não teve origem natural".
"Efetivamente, tenho quase a certeza de que apenas uma percentagem reduzida dos incêndios tiveram origem natural", afirmou à Lusa o responsável.

Luís Neri informou que continua a merecer "preocupação" o fogo nas Achadas da Cruz (Porto Moniz), que "começou há dois dias", onde está a "atuar um dispositivo com grande capacidade", existindo reacendimentos na Fonte do Bispo (Calheta) e na Camacha (Santa Cruz).

Nas Achadas da Cruz estão meios das corporações de bombeiros voluntários de São Vicente e Porto Moniz, Santana, Ribeira Brava e Calheta, além de elementos da Força Especial de Bombeiros e de Grupos de Intervenção Permanente da GNR, num total de 80 homens e dez viaturas.

O responsável adiantou que o "vento com variação muito grande e o dia quente com humidade muito baixa acentuaram as dificuldades e a intervenção no terreno". Quanto aos focos em Machico, segundo Luis Neri, "não oferecem grande preocupação", sendo que um, no Caniçal, "é considerado um pequeno incêndio, numa zona inacessível".

Em Santa Cruz, os bombeiros da corporação da localidade continuam em situação de vigilância, tendo ocorrido um "reacendimento na variante da Camacha e no estreito, no Caniço". Luis Neri acrescentou que neste concelho da zona este da ilha se mantém a vigilância na Meia Serra, o mesmo acontecendo nas serras altas de Santo António, no concelho do Funchal.

O responsável reafirmou que hoje, "apesar de existirem ainda alguns focos, foi um dia mais calmo".
Luis Neri realçou o esforço dos que estão a combater estes incêndios, "numa semana de atividade contínua, sendo um dispositivo que tem conseguido dar resposta muitas vezes em concelhos distantes dos da sua área".

O responsável disse também que está a ser equacionada uma colaboração mais ativa do Exército, "numa segunda fase, quando os incêndios estiverem controlados e extintos de forma definitiva, sobretudo nas operações de apoio à limpeza das zonas afetadas, quando estiverem reunidas as condições de segurança".

A Madeira tem sido devastada desde terça-feira por uma série de incêndios que deflagraram em diferentes pontos da ilha, com cenários mais críticos nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Calheta, Porto Moniz e Ribeira Brava.

Dezenas de casas, viaturas e palheiros total ou parcialmente afetados pelas chamas, centenas de pessoas retiradas de habitações e outros edifícios e uma vasta área florestal destruída são as principais consequências dos fogos.

Apesar das condições atmosféricas - temperaturas elevadas, vento forte e humidade baixa - serem propícias à propagação de incêndios, em alguns casos existem suspeitas de origem criminosa, tendo a Polícia Judiciária detido um suspeito em São Vicente e encontrado algumas tochas incendiárias.

Lusa

domingo, 22 de julho de 2012

Incêndio de grandes proporções obriga ao corte de estradas e do TGV na Catalunha

Um incêndio de grandes proporções que deflagrou ao início da tarde em La Jonquera (Girona), perto da capital catalã, Barcelona, levou ao corte de várias estradas e da linha do TGV que fazem a ligação para França.

Do lado espanhol, foram fechadas a estrada N-II e a autoestrada AP-7, enquanto do lado francês foi cortada a circulação nas autoestradas D900 e A9, tendo também sido encerrada a linha do comboio de alta velocidade (TGV) entre os dois países.

O combate às chamas está a ser dificultado pelas fortes de rajadas de 90 quilómetros por hora que se fazem sentir na região, e que impedem que sejam utilizados meios de combate aéreo aos vários focos do incêndio.

Do lado espanhol, de acordo com as informações avançadas pelo jornal El País, já arderam 150 hectares, ao passo que no outro lado da fronteira as chamas já deverão ter consumido mais de 10 hectares.

O fogo está descontrolado e continua a não ameaçar povoações, mas as autoridades de ambos os países estão a pedir às populações que permaneçam nas suas casas.

Na Catalunha, os Bombeiros da Generalitat colocaram em alerta seis localidades, além de La Jonquera, nomeadamente Agullana, Campmany, Biure, Vilarnadal, Sant Climent Sescebes e Masarac, pedindo aos habitantes que fiquem em casa, com as portas e as janelas fechadas.

Já na parte francesa, a localidade mais afetada é Perthus, em plena zona fronteiriça, onde os serviços de socorro já resgataram um grupo de turistas que estavam em perigo.

Ainda assim, o presidente da câmara municipal da Perthus assegurou que as pessoas podem permanecer nas suas habitações sem perigo.

SIC

Três pessoas morrem em incêndios na Catalunha

Os incêndios que alastram na comunidade autónoma espanhola da Catalunha fizeram hoje três mortos, um deles menor de idade, e devastaram já mais de sete mil hectares.
Em consequência de um dos incêndios que lavram na comarca catalã de Alt Empordà, várias pessoas fugiram abandonando os seus carros quando circulavam pela estrada N260, ao verem-se rodeadas pelo fogo, e algumas chegaram mesmo a lançar-se ao mar.

Este foi o caso de duas pessoas que morreram ao lançar-se às águas, um cidadão francês de 60 anos e uma menor de 15 anos que morreu afogada, tendo outras duas pessoas ficado feridas com gravidade, refere a agência noticiosa espanhola Efe, citando o conselheiro do Interior catalão, Felip Puig.

Lusa

Incêndios Madeira - Dia "mais calmo", mas alguns focos continuam ativos - Proteção Civil

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil madeirense afirmou hoje ao final da tarde que o dia foi "mais calmo", mas que persistem algumas frentes ativas de incêndios, registando-se nas Achadas da Cruz (Porto Moniz) a situação mais preocupante.
"O dia de hoje foi mais calmo, apesar da violência do que se apresentou nas Achadas da Cruz, que nos continua a dar muito trabalho. Esperemos que agora, com o cair da noite e alguma humidade, possamos fazer uma nova avaliação de forma a extinguir este incêndio", disse Luis Neri em conferência de imprensa no Funchal, cerca das 18:00, para fazer o ponto da situação dos fogos que se registam na ilha há seis dias.

O responsável acrescentou que esta frente "ainda preocupa bastante, preocupou todo o dia", porque se manteve com "alguma atividade durante a noite" e, tendo em conta a intensidade do vento, com rajadas fortes, tinha de manhã vários focos, o que obrigou a reforçar o dispositivo. Ao final da tarde, estavam no local mais de 10 viaturas e 80 elementos.

Lusa

Controladas chamas que deflagraram no concelho de Sintra


O incêndio em floresta que deflagrou às 14:20 na localidade de Covas de Ferro, no concelho de Sintra, foi dado como controlado, segundo informação da página de internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil. A combater as chamas estão 140 operacionais, apoiados por 40 veículos.
Entretanto, as autoridades reforçaram a luta contra o fogo em zona de mato que lavra em Beirões, no concelho da Azambuja, estando no terreno 191 bombeiros, 57 veículos e dois meios aéreos.

Em Vila Boa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira, um fogo em zona de mato está a ser combatido por 87 operacionais, 21 veículos e um meio aéreo. Às 14:53 deflagrou um incêndio numa zona de mato na localidade de Igrejas, concelho de Ponte da Barca. A combatê-lo estão 21 elementos e seis veículos.

O incêndio que desde a passada quarta-feira atingiu os concelhos de Tavira e de São Brás de Alportel foi dado como concluído, procedendo agora os bombeiros à consolidação da extinção.

SIC

sábado, 21 de julho de 2012

Chamas voltaram ao concelho de Santa Cruz, na Madeira

SIC

Bombeira morre em despiste a caminho de incêndio

Um morto e um ferido grave é o resultado de um despiste de um auto-tanque em Vale de Cortiças, no concelho de Abrantes, segundo informações avançadas à Renascença pelo comando distrital da GNR de Santarém.

O veículo deslocava-se para o incêndio em Vale das Mós, onde mais de uma centena de bombeiros combatem as chamas com o apoio de três meios aéreos.

Um incêndio em floresta deflagrou este sábado às 14h56 na localidade de Vale das Mós, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, estando a ser combatido por 141 operacionais, segundo informação da Protecção Civil.

A ajudar a combater o incêndio que tem uma frente activa estão 43 veículos e três meios aéreos.

In "Rádio Renascença"

Dominado incêndio na serra algarvia

Fogo deflagrou há quatro dias e consumiu milhares de hectares nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel.

O incêndio que desde quarta-feira lavra na serra algarvia foi esta tarde declarado como dominado, anunciou um responsável da Protecção Civil, explicando que a probabilidade de a área afectada pelas chamas se alargar é muito reduzida.

De acordo com o segundo comandante nacional da Protecção Civil, José Codeço, existem ainda focos do incêndio que merecem especial atenção, a norte do concelho de São Brás de Alportel e na zona junto a Cachopo, em Tavira.

"As forças ainda estão no terreno e foram consideradas em todos os sectores como sendo suficientes, pelo que nós podemos declarar o incêndio dominado", afirmou, cerca das 18h00, acrescentando que os meios deverão manter-se para combater eventuais reactivações.

Segundo o responsável, não há justificação para começar a retirar os meios accionados para o combate - mais de 1.000 operacionais e 13 meios aéreos -, questão que vai ainda ser abordada num briefing com o comando nacional.

José Codeço sublinhou que poderá ainda haver frentes activas, mas dentro do perímetro do incêndio (aproximadamente 75 quilómetros), pelo que a probabilidade de a área atingida se estender é muito reduzida.

"As forças que estão no terreno de imediato combatem essas reactivações", concluiu.

In "Rádio Renascença"

França envia para Portugal bombardeiro de combate aos fogos

O aparelho, um DASH 8, pode largar 10 mil litros em cada transporte.

A França vai enviar no domingo um bombardeiro de água para Portugal para participar na luta contra os incêndios no sul do país, anunciou este sábado o Ministério do Interior francês.

O aparelho, um DASH 8, pode largar 10 mil litros em cada transporte. Esperado no domingo de manhã em Portugal, o avião deve permanecer no país até segunda-feira ao fim do dia, precisou o Ministério, citado pela France Presse.

Os incêndios florestais têm ocorrido desde o meio da semana, nomeadamente, no sul de Portugal.

Nos últimos dias, as temperaturas elevadas e o vento forte complicaram a tarefa das centenas de bombeiros que combatem as chamas em São Brás de Alportel, mas a Protecção Civil acredita que a situação possa ficar controlada ainda hoje.

In "Rádio Renascença"

Oito meios aéreos ajudam no combate às chamas em São Brás e Tavira

Incêndio desta sexta-feira causou seis feridos ligeiros entre os bombeiros, que já tiveram alta hospitalar, e consumiu cinco habitações, quatro em Tavira e uma em São Brás de Alportel.

Depois de uma noite e madrugada muito complicadas, os bombeiros que combatem as chamas nos concelhos de São Brás de Alportel e Tavira, no Algarve, contam agora com o apoio de oito meios aéreos.

No terreno estão mais de mil operacionais, entre os quais 707 bombeiros e 30 membros do grupo de intervenção da GNR, apoiados por 260 veículos.

Na noite de sexta-feira, o incêndio causou seis feridos ligeiros entre os bombeiros, que já tiveram alta hospitalar, e consumiu cinco habitações, disse à agência Lusa o segundo comandante dos Bombeiros de Lagoa.

A mesma fonte informou que cinco habitações foram consumidas pelas chamas, quatro no concelho de Tavira e uma no concelho de São Brás de Alportel, e que uma viatura dos bombeiros ardeu no teatro de operações.

As atenções viram-se esta manhã para Cova da Muda e Javali.

In "Rádio Renascença"

Pelo menos 25 casas destruídas pelo fogo na Madeira

Governo Regional disponibilizou 50 habitações para a eventualidade de ser necessário realojar famílias. Há um apelo na ilha para o uso moderado de água, tendo em conta que há condutas que foram danificadas pelo fogo.

Pelo menos 25 casas foram destruídas no concelho de Santa Cruz, na Madeira. A Câmara admite que este número pode ser muito superior, uma vez que não foi possível contactar todos residentes cujas casas arderam.

O presidente da Protecção Civil da Madeira, Luís Nery, referiu que ainda não existe um "número perfeitamente aferido" em relação a habitações destruídas, acrescentando que o Governo Regional disponibilizou 50 habitações para a eventualidade de ser necessário realojar famílias.

Luís Nery disse esta sexta-feira que os incêndios nas Achadas da Cruz (Porto Moniz), na Fonte do Bispo (Calheta) e no Serrado das Ameixieiras (Santa Cruz) são os que motivam maiores preocupações.

O incêndio no concelho de Porto Moniz varreu a encosta que se estende até ao mar desde o topo numa zona chamada Fonte do Barro. No local não há casas, mas o fogo não poupa a paisagem madeirense.

Há um apelo na ilha para o uso moderado de água, tendo em conta que há condutas que foram danificadas pelo fogo.

In "Rádio Renascença"

Cinco bombeiros feridos depois de terem ficado cercados pelas chamas

Dois dos feridos ficaram em estado grave. Veículo onde seguiam os bombeiros foi tomado pelas chamas quando se encontrava numa localidade do concelho de Tavira. Incêndios na região lavram há mais de dois dias.
Há cinco bombeiros feridos na sequência de um acidente com um dos quatro veículos da protecção civil que ficaram cercados pelas chamas em Vale do Lugar do Moreno, no concelho de Tavira. Dois dos operacionais ficaram feridos com gravidade, apresentando queimaduras no corpo, tendo seguido para o Hospital de Faro.

De acordo com informações avançadas à Renascença pela Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), o veículo onde seguiam os bombeiros foi tomado pelas chamas quando seguia na direcção de Cachopo.

"Houve uma situação com um carro dos bombeiros de Évora, da qual resultaram dois feridos, com queimaduras e feridas basicamente ligadas ao stresse pós-acidente. Foi, sem dúvida nenhuma, [uma situação aflitiva]", descreve o segundo comandante da ANPC.

José Codeço refere ainda que "não diria que os bombeiros ficaram encurralados, porque, se estivessem, não sairiam de lá". "Mas foi uma situação bastante preocupante. Foi uma saída menos má para estes operacionais", acrescenta o segundo comandante da ANPC.

O acidente aconteceu depois de 25 operacionais terem ficado cercados pelas chamas nos quatro carros em que seguiam, na tentativa de chegarem ao incêndio que lavra há mais de 50 horas no concelho de Tavira. O combate aos fogos na região já mobilizou mais de 1.000 homens. 
In "Rádio Renascença"

Mais de 1000 Bombeiros continuam a lutar contra as chamas em Tavira

Segundo o site da Protecção Civil, neste momento encontram-se no combate ás chamas em Tavira mais de 1000 Bombeiros, apoiados por mais de 250 veículos.

Desde quarta feira que este incêndio não dá tréguas aos soldados da paz.

O Vento tem sido o principal inimigo, com mudanças repentidas de direcção, aliadas ás fortes temperaturas que se fazem sentir na região do Algarve.

Os Bombeiros esperam que durante a madrugada consigam controlar este incêndio, que já é um dos maiores dos últimos 30 anos na região do Algarve.

BVOH

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Chamas mais calmas na Madeira. Porto Moniz ainda preocupa

Desde quarta-feira, 94 pessoas foram assistidas no hospital do Funchal devido aos incêndios, entre as quais 14 bombeiros e cinco crianças.
O presidente do Serviço Regional da Protecção Civil da Madeira diz que a situação dos incêndios melhorou e "não tem comparação" com o que aconteceu nos dias anteriores, existindo neste momento dois pontos mais críticos.

"Existem duas áreas para as quais estão a ser encaminhados os esforços para tentar combater o mais rapidamente possível as situações", na zona das Achadas da Cruz (Porto Moniz) e Fonte do Bispo (Calheta), explica Luís Neri.

"Nenhum dos fogos está controlado", declarou o responsável, adiantando que estão no terreno "os meios necessários para fazer um efectivo combate a estes fogos". O responsável apontou que o vento forte que se faz sentir não está a facilitar o trabalho dos bombeiros.

Na Achadas da Cruz, a população receia que as chamas cheguem às habitações, embora os bombeiros estejam a tentar evitar que isso aconteça.

De acordo com o Governo Regional, cerca de 15 casas foram totalmente destruídas pelas chamas e outras dezenas ficaram danificadas.

Quase uma centena de madeirenses assistidos no hospital
Desde quarta-feira, 94 pessoas foram assistidas no hospital do Funchal devido aos incêndios, entre as quais 14 bombeiros e cinco crianças.

Apenas um dos feridos foi tratado a queimaduras do 1º e 2º grau, consideradas as mais graves. Um bombeiro ficou internado devido a uma queda, mas não inspira cuidados. Há ainda um caso grave de uma intoxicação por monóxido de carbono.

Na sequência do grande incêndio na zona do Palheiro Ferreiro, na cidade do Funchal, foi activado o "Nível 1 de Catástrofe", no Hospital Dr. Nélio Mendonça.

In "Rádio Renascença"

Bombeiros encurralados pelas chamas em Tavira

Tentavam proteger uma habitação no Vale do Lugar do Moreno e ficaram cercados pelo fogo. Não têm água e receberam agora o apoio dos meios aéreos.
Um grupo de 25 bombeiros e quatro viaturas estão encurralados pelo fogo no Vale do Lugar do Moreno, no concelho de Tavira. As chamas atravessaram a estrada de um lado para o outro, cercando o grupo de bombeiros que estavam a tentar proteger uma habitação.

Segundo disseram alguns colegas à Renascença, os bombeiros ficaram sem água e não sabem se vão conseguir sair dali. Já pediram apoio aéreo, que acaba de chegar.

Os incêndios no concelho de Tavira e no concelho vizinho de São Brás de Alportel duram há dois dias e não dá tréguas aos agora 600 bombeiros e aos nove meios aéreos que tentam combater as duas frentes de incêndio.

População de Javali obrigada a abandonar as casas A população da localidade de Javali, a 12 quilómetros da vila de São Brás de Alportel, já abandonou as casas e está apreensiva com o fogo que se avista a cerca de três quilómetros da povoação.

A população foi encaminhada para a Santa Casa da Misericórdia e para o Pavilhão Municipal de São Brás de Alportel.

Junto a Javali está um jipe com elementos da GNR, que não deixa passar ninguém para o interior da povoação.

No local, é visível uma das frentes do fogo e o fumo torna o ar quase irrespirável.

In "Rádio Renascença"

Cinco bombeiros de Évora feridos em despiste

Acidente aconteceu quando seguiam para um incêndio na Herdade das Coelhas, na zona de Arraiolos.

Cinco bombeiros da corporação de Évora ficaram feridos esta sexta-feira, um deles com gravidade, na sequência do despiste de uma viatura de combate a incêndios que seguia para um fogo na zona de Arraiolos, revelou fonte dos bombeiros.

A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora adiantou à agência Lusa que o acidente ocorreu às 15h40, na Estrada Nacional (EN) 370, que liga Arraiolos a Pavia.

Do despiste, resultaram cinco feridos, um dos quais em estado grave, que foram transportados para as urgências do Hospital de Évora, adiantou a fonte do CDOS.

De acordo com a mesma fonte, a viatura dos bombeiros de Évora seguia para um incêndio na Herdade das Coelhas, na zona de Arraiolos, que deflagrou às 15h09.

Às 16h30, o fogo mantinha-se activo, estando a ser combatido por 44 bombeiros, apoiados por 10 viaturas e um helicóptero.

In "Rádio Renascença"

Madeira diz que incêndios têm origem terrorista

O Governo Regional da Madeira acredita estar "perante um terrorismo incendiário" e "espera que as autoridades competentes do Estado saibam averiguar, descobrir e punir", afirma a presidência do arquipélago em comunicado emitido hoje à tarde.

A ideia dos governantes da Madeira baseia-se na dispersão de pontos em que os incêndios iam sucessivamente ocorrendo, numa multiplicação de locais nunca antes vista, obrigando tecnicamente a uma dispersão de meios, os quais a Região dispõe para situações de catástrofe, mas nunca para uma impensada multiplicidade desta natureza".

Já na quinta-feira o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, disse que o incêndio de quarta-feira, em Palheiro Ferreiro, foi fogo posto, sublinhando a existência de testemunhas oculares.

Expresso

Pelo menos 60% da freguesia de Cachopo já foi consumida pelas chamas

O presidente da junta de freguesia de Cachopo, onde um incêndio está ativo há quase 48 horas, mostrou-se hoje desesperado com o nível de destruição provocado pelo fogo, referindo que 60 por cento da freguesia desapareceu.

"Ardeu a freguesia de uma ponta à outra", disse Sidónio Brazão à agência Lusa. Sessenta por cento da freguesia, se não for mais, já desapareceu. Tudo, tudo, tudo!", disse, escusando-se a adiantar mais pormenores.
O incêndio deflagrou cerca das 14:00 de quarta-feira em Catraia, na freguesia serrana de Cachopo, mantendo-se ativo e em evolução em direção a Tavira há mais de 40 horas.

Cerca de 700 operacionais, apoiados por sete meios aéreos, continuam a tentar combater as chamas, que já se aproximaram da vila de São Brás de Alportel, mas que entretanto desviaram-se novamente no sentido de Tavira, acrescentou.

Durante a noite, o fogo rondou a aldeia de Cachopo e esteve perto de atingir a cidade de Tavira, preocupação que se mantém hoje de manhã, com uma das frentes do incêndio, virada para a A22, a lavrar a cerca de uma dezena de quilómetros daquela via.

A circulação na Estrada Municipal (EM) 397, que liga Cachopo a Tavira e que quinta-feira esteve encerrada, está hoje a processar-se com dificuldade, devido ao fumo e aos detritos do incêndio acumulados na via, constatou a Lusa no local.

Lusa

Portugal luta contra as chamas, Algarve com a situação mais grave

A Região Autónoma da Madeira e os concelhos vizinhos de Tavira e São Brás de Alportel continuam hoje à tarde a ser os locais mais afectados pelos incêndios, enquanto em Belmonte um fogo urbano matou hoje três pessoas.

A GNR registou a morte de um adulto, um adolescente e uma criança em Maçainhas, no concelho de Belmonte, vítimas de um incêndio seguido de explosão numa vivenda unifamiliar, onde estariam a passar férias.

O alerta chegou ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco às 10:31 e no local, para combater as chamas, estiveram 44 bombeiros, de Belmonte, Covilhã e Fundão, apoiados por 16 viaturas.

Na serra algarvia de Tavira, pelos 13:30, estavam 633 operacionais, 172 veículos e nove meios aéreos. O fogo que lavra há mais de 40 horas está a desesperar o presidente da junta de freguesia de Cachopo.
«Ardeu a freguesia de uma ponta à outra», disse Sidónio Brazão, acrescentando que «60% da freguesia, se não for mais, já desapareceu».

Pelo menos cinco mil hectares de terreno terão ficado queimados no concelho de Tavira e uma «boa parte» corresponderá àquela que será uma das melhores zonas de sobreiros do país, segundo informações da Associação Al-Portel.

O incêndio no Algarve deflagrou cerca das 14:00 de quarta-feira em Catraia, na freguesia serrana de Cachopo, mantendo-se ativo e em evolução em direção à cidade de Tavira.

Durante a noite, o fogo rondou a aldeia de Cachopo e esteve perto de atingir a cidade de Tavira, preocupação que se mantinha durante a manhã, com uma das frentes do incêndio, virada para a A22 (auto-estrada), a lavrar a cerca de uma dezena de quilómetros daquela via.

Na Madeira, o foco de incêndio que surgiu hoje na zona da Fonte do Bispo, no concelho da Calheta, "agravou-se ligeiramente" e os bombeiros já pediram reforços, mas sem colocar em perigo casas.
O diretor do Serviço de Urgência do Hospital do Funchal Dr. Nélio Mendonça, Pedro Ramos, revelou que desde quarta-feira foram assistidas 94 pessoas devido aos incêndios, entre as quais 14 bombeiros e cinco crianças.
Na sequência do grande incêndio ocorrido na zona do Palheiro Ferreiro, na cidade do Funchal, foi ativado às 22:00 de quarta-feira o 'Nível 1 de Catástrofe' no Hospital do Funchal Dr. Nélio Mendonça.

Ainda assim, ao início da tarde de hoje a Proteção Civil disse que a situação melhorou e «não tem comparação» com o que aconteceu nos dias anteriores, existindo dois pontos mais críticos: Achadas da Cruz (Porto Moniz) e Fonte do Bispo (Calheta).

O combate aos fogos no interior da ilha tem bloqueado estradas utilizadas por muitos turistas que têm apontado a falta de meios aéreos, como dois casais, um suíço e um espanhol. «Onde estão os meios aéreos? Não vemos helicóptero nem aviões. Se Portugal está em crise, peçam ajuda à União Europeia para salvar este património que é da humanidade e não só da Madeira», disse à Lusa Soraya Oliva.

Já em Ponte de Sor, a Polícia Judiciária está a investigar as causas dos incêndios, hoje em fase de rescaldo, que já destruíram cerca de mil hectares, sobretudo de montado, segundo fontes da GNR e do município.

Lusa/SOL

Turismo do Algarve apela à doação de alimentos e bebidas aos bombeiros que combatem incêndio em Tavira

O presidente do Turismo do Algarve, António Pina, apelou hoje ao setor da hotelaria local para fornecer alimentos e bebidas engarrafadas aos bombeiros, que desde quarta-feira combatem um incêndio em Catraia, na freguesia serrana de Cachopo (Tavira).

Em comunicado divulgado hoje, o Turismo do Algarve indicou que produtos como fruta, sandes, bolos, sumos, leite e água podem ser entregues até às 17:00 nos postos de informação turística de Faro, São Brás de Alportel, Olhão, Tavira e Montegordo.

Os produtos vão ser depois entregues no quartel dos bombeiros municipais de Tavira.
"Em alternativa, os donativos poderão ser entregues diretamente nos bombeiros", lê-se no apelo.
Segundo António Pina, citado no comunicado, as últimas informações indicam três frentes ativas e a retirada de mais de 100 pessoas por precaução.

A doação é, por isso, uma maneira de ajuda a quem está na "linha da frente de combate ao incêndio".
"(A doação) É uma maneira de ajudarmos quem está na linha da frente de combate ao incêndio, a quem estamos profundamente agradecidos, mas não podemos esquecer também todas as pessoas afetadas com esta calamidade", afirmou António Pina, citado no documento.

Lusa

Três mortos em incêndio numa casa em Belmonte, Castelo Branco

Morreram três pessoas num incêndio numa casa em Maçainhas, no concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco. As vítimas são dois jovens de 13 e 15 anos e um familiar. São elementos de uma familia de emigrantes que tinha chegado há poucos dias a Portugal para as érias de verão.

O alerta chegou ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco às 10h31 e no local, para combater as chamas, estão 44 bombeiros, de Belmonte, Covilhã e Fundão, apoiados por 16 viaturas. Segundo o CDOS, o incêndio está em fase de rescaldo.

SIC

Fogo encurralou habitantes na Camacha, na Madeira

Há suspeitas de fogo posto no incêndio que atinge a Madeira e ontem cercou o Funchal. Foi o próprio presidente da câmara que lançou a suspeita. Hoje, durante o dia, o incêndio evoluiu noutra direção. Um dos momentos mais complicados foi vivido ao início da tarde na localidade de Rochão, na Camacha. O fogo encurralou várias pessoas e destruiu casas e automóveis.

SIC

Área total ardida em Tavira equivale a um terço do concelho

O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, disse hoje que o concelho de Tavira tem um terço da sua área total ardida, por causa do incêndio que lavra desde quarta-feira e continua com quatro frentes ativas.
 O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, apelou hoje ao Governo para decretar o estado de calamidade pública no concelho devido ao incêndio que está a lavrar desde as 14:00 de quarta-feira. "Espero que o Governo olhe bem para isto e decrete a calamidade pública para o concelho de Tavira.

O que aconteceu é muito grave e quando amanhecer vamos ver uma faixa importantíssima do concelho negra", afirmou o autarca em declarações à agência Lusa junto ao posto de comando móvel da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que está instalado no Cachoupo. Jorge Botelho disse não compreender como o fogo alastrou desde a zona de Cachoupo, depois de ter deflagrado em Catraia, até "à entrada de Tavira, muito perto da Via do Infante (A22)".

"Para termos uma ideia da calamidade são muitos proprietários, muita economia e é um concelho queimado", constatou o autarca, precisando que em causa estão áreas de sobreiros, pinheiros, eucaliptos e zonas de caça.
Jorge Botelho diz que foi "todo um sustento de uma população que foi transformado num braseiro".
De acordo com o responsável, toda a operação foi coordenada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, tendo a Câmara colocado todos os meios que tinha à sua disposição.

"Quem coordenou todos os trabalhos, todos os homens, meios aéreos 1/8durante o dia estiveram oito aeronaves no teatro de operações 3/8 foi a Autoridade Nacional de Protecção Civil e parece-me incompreensível como este fogo chegou a Tavira", observou.

O autarca frisou que o incêndio é "uma autêntica calamidade" e apelou ao Governo para decretar o estado no concelho. O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, disse hoje que o concelho de Tavira tem um terço da sua área total ardida, por causa do incêndio que lavra desde quarta-feira e continua com quatro frentes ativas.
"O ponto de situação no concelho é drástico, porque o fogo chegou a Tavira. Um incêndio que acontece em Cachopo, com dois dias de operações com muitos meios no terreno, chegar a Tavira, independentemente das consequências, só posso dizer que foi drástico e grave", afirmou o autarca.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, visitou hoje de madrugada o posto de comando móvel situado em Cachopo e ouviu dos comandantes operacionais que não são necessários mais meios, além dos mais de 700 homens, com cerca de duas centenas de veículos, que se encontram no local e uma dezena de meios aéreos, que regressarão ao combate ao fogo pela manhã.
"Não houve falta de meios, mas os resultados não posso considerar nada satisfatórios", considerou o autarca, que disse ter tido "populações a pedir por auxílio que não tiveram, populações a fugir do fogo e uma ajuda da GNR preciosa, que evitou casos mais graves ou gravíssimos".

Jorge Botelho, após a reunião com o ministro, disse que a Câmara vai avaliar os estragos quando o incêndio estiver dominado, mas frisou que "deve haver declaração de calamidade pública, porque Tavira tem um terço de área ardida de todo o seu território", com cerca de "20 mil hectares" perdidos.

"Achamos que devemos ser tratados com resultados e obviamente vou pedir responsabilidades, mas vamos primeiro fazer o rescaldo e depois vou apresentar ao Governo a posição do município de Tavira", acrescentou, afirmando que o fogo "tem que acabar amanhã, acabar rápido".

SIC

Bombeiros conseguem desviar chamas de depósitos de gás na Madeira

Denso nevoeiro cobre o concelho de Santa Cruz, que continua a ser fustigado pelo fogo. Há casas em risco.
Uns reacenderam, outros estão em rescaldo, mas os incêndios na Madeira não dão descanso aos bombeiros e o fumo é muito. Ao início da manhã, chegou-se a temer que as chamas atingissem depósitos de gás, mas os soldados da paz conseguiram desviar o incêndio.

Há mais de dois dias que as chamas destroem floresta e mato na ilha da Madeira e não dão descanso nem a bombeiros nem à população. Os relatos que chegam indicam que há, de novo, casas em risco e a Camacha é uma das zonas afectadas.

Os acessos são bastante difíceis: enquanto ontem se conseguia chegar à zona pelos túneis, hoje alguns estão cortados e é preciso fazer muitas voltas.

Na outra ponta da ilha, em Porto Moniz, nas Achadas da Cruz, o fogo também está mais intenso e uma habitante da freguesia revela que está a aproximar-se das casas.

“O incêndio reacendeu e não se vê bombeiros. Está outra vez uma desgraça. Está a aproximar-se das casas a grande velocidade, porque há muito vento. Está toda a gente em alvoroço”, descreve Rosa Açafrão à Renascença.

No Sítio das Morenas, a situação também não está fácil e as habitações correm riscos.


Tempo mais fresco mas quente

A temperatura máxima desce esta sexta-feira na Madeira, mas o tempo quente é para se manter.

“Está prevista uma ligeira descida da temperatura para hoje e que se mantém ao longo dos próximos dias, com 26 graus de temperatura máxima para hoje. O vento continua a ser moderado do quadrante nordeste, não vai haver grandes alterações. Mas a variação é muito pequena em relação aos dias passados. Apesar de mais fresco, continua o tempo quente”, revela à Renascença a técnica do Instituto de Meteorologia Paula Leitão.

In "Rádio Renasncença"

Mais de 650 homens e novos meios aéreos combatem incêndio de Tavira

Impressiona quem passa. São vales e montes de terra queimada no concelho. Autarca pede que seja decretada zona de calamidade pública. Hoje, as temperaturas voltam a ultrapassar os 30 graus no Algarve.
Com o nascer do dia, chegam os reforços, vindos do ar, ao combate às chamas que teimam em lavrar no concelho de Tavira. No terreno estão 668 homens, entre bombeiros (a maioria), GNR, forças especiais, sapadores florestais e outros.

O presidente da Câmara, Jorge Botelho, diz que já ardeu um terço do concelho. Esta manhã, o comandante operacional no terreno, fez à Renascença o ponto da situação: há "três frentes activas, uma delas a evoluir favoravelmente e duas com intensidade".

"Efectuou-se o reposicionamento dos meios, em função também da mudança da direcção do vento e da sua velocidade. As duas frentes progridem em direcção à cidade de Tavira, mas ainda estão longe da auto-estrada”, afirmou.

As três frentes estão muito dispersas, o que dificulta a acção dos bombeiros e concentração de meios. A sua dimensão é outra grande batalha.

A mancha negra deste incêndio – que já conta com a ajuda de bombeiros de outras regiões do país, como Aveiro – é visível e impressiona quem passa pelo local. São vales e montes de terra queimada.

A Renascença está no local e percebeu que é impossível chegar a Tavira pelo Norte: as estradas ou ficam cortadas pelas autoridades ou intransitáveis pelo fumo ou fogo. Entretanto, e durante esta manhã, vai sendo feito o trabalho de rescaldo à beira das estradas.

O pior é que as condições do tempo não ditam o melhor. Segundo o Instituto de Meteorologia, mantém-se para hoje o aviso amarelo no distrito de Faro por causa do calor.

“Estão previstos 34 graus de temperatura máxima. Hoje, a temperatura mínima em Faro foi de 24 graus, portanto, a noite foi muito quente no Algarve”, refere à Renascença a meteorologista Paula Leitão.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, chegou na última madrugada a Tavira. Ao apelo do autarca local para que seja decretada zona de calamidade pública, o ministro respondeu que não pode, para já, responder.

Miguel Macedo lembra que há legislação própria e requisitos que têm de ser cumpridos.

O incêndio no concelho de Tavira começou na quarta-feira, na localidade de Catraia.

In "Rádio Renascença"

Bombeiros na Madeira concentram-se em quatro focos de incêndio

Apesar de alguns sinais de acalmia, a protecção civil não conseguiu ainda dominar as chamas.
Na Madeira, os focos de incêndio mais preocupantes são agora na zona da Camacha, Santa Cruz, e nas Achadas da Cruz, Porto Moniz.

Apesar de alguns sinais de acalmia, os bombeiros não conseguiram ainda dominar as chamas.

De acordo com o responsável da Protecção Civil Regional, Luís Neri, em declarações à agência Lusa, “as situações melhoraram significativamente” mas não estão ainda controladas.

A partir desta sexta-feira, uma ligeira descida das temperaturas pode ser favorável ao combate dos bombeiros.

In "Rádio Renascença"

Incêndios: Oito fogos em curso no continente, Faro é o distrito mais afetado - Proteção Civil

Pelos menos oito incêndios estavam ativos em Portugal continental às 23:30 de hoje, sendo o distrito de Faro o mais afetado, com mais de 730 bombeiros e 100 veículos a combater os dois fogos.
De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o fogo que mobiliza mais meios e que lavra há mais tempo é o de Cachopo, em Tavira, que prosseguia com quatro frentes ativas, sendo combatido por 709 bombeiros e 188 viaturas.

Também em Faro, na localidade de Almada do Ouro, em Castro Marim, lavrava às 23:30 um incêndio com duas frentes ativas, mobilizando 29 homens e 11 veículos.

In "Diário Digital"

Mais de 700 bombeiros no terreno para apagar frente de fogo em Tavira

Chamas em São Brás de Alportel preocupam bombeiros. Algumas pessoas evacuadas do local por precaução.
Os bombeiros que combatem o incêndio que lavra desde quarta-feira na zona de Cachopo, em Tavira, estão concentrados em travar a propagação de uma das quatro frentes que continuam activas.

A partir do pôr-do-sol, os meios aéreos, que chegaram a ser oito durante o dia, deixaram de operar e o fogo está a ser combatido por mais de 700 homens, com 188 veículos.

Os bombeiros do Algarve foram reforçados com equipas de Beja, Évora, Setúbal, Aveiro, Leiria e Porto a que se juntaram cinco pelotões militares.

Em declarações à agência Lusa, o comandante Paulo Sedas, adjunto para as do posto de comando instalado no local, afirmou que, "neste momento, mantêm-se quatro frentes activas, mas a mais preocupante é a que está na zona das Alcarias, em direcção a São Brás de Alportel".

O comandante explicou que, apesar da intensidade moderada do vento, a direcção para onde sopra tem rodado e vai reactivando as frentes, estando neste momento a atingir mais a que se encontra na zona das Alcarias.

"O maior desafio é controlar essa frente que está mais activa. Está a ser feito um 'briefing' com os chefes de grupo para definir uma estratégia e reposicionar os meios para apagar o fogo o mais rapidamente possível", acrescentou.

"Apesar de grande parte da área ser florestal, há zonas povoadas com algumas habitações e, como é difícil prever a intensidade e a direcção da propagação, têm sido retiradas algumas pessoas por precaução", afirmou ainda.

Até ao momento, adiantou Paulo Sedas, não há informação sobre eventuais habitações destruídas.

O fogo deflagrou cerca das 14h00 de quarta-feira, em Catraia, na freguesia serrana de Cachopo, mantendo-se activo há mais de 24 horas.

A estrada nacional 392 foi cortada na zona de Monte da Ribeira, "por motivos de segurança".
Em entrevista à RTP, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, explicou que o incêndio de Tavira e o da Madeira são os que suscitam maior preocupação, lembrando que durante todo o dia foram accionados 10 meios aéreos para o combate a este incêndio de grandes proporções.

In "Rádio Renascença"