quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Desfibrilhador dos bombeiros só foi usado uma vez

Foi oferecido à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH) no Verão passado por Manuel Pinheiro, vítima de três paragens cardíacas numa só noite, e até ao momento só foi usado uma vez.Trata-se do único desfibrilhador ao dispor dos bombeiros do concelho e, até ao momento, só foi utilizado uma vez. O comandante da corporação garante: “não foi usado mais vezes porque não foi preciso”.

Os sucessivos casos de paragens cardíacas em casa, locais de trabalho, públicos e desportivos têm suscitado algumas considerações em torno do uso dos desfibrilhadores, aparelho considerado indispensável para a estabilização do ritmo cardíaco. A mais recente discussão aconteceu esta semana pela voz de Fernando Vilaça da Liga de Bombeiros Portugueses ao denunciar que os bombeiros portugueses não estão a usar os mais de 100 desfibrilhadores automáticos externos (DAE) integrados nas ambulâncias por falta de formação. Note-se que os aparelhos só podem ser usados por médicos e equipas do INEM.

No caso concreto do concelho de Oliveira do Hospital, apenas a corporação da cidade está apetrechada com um DAE, mas também vê a sua utilização limitada ao pessoal médico. Ou seja – como explica o comandante Emídio Camacho – “só se usa se houver um técnico credenciado para o efeito, isto é, um médico”. Até ao momento, a corporação que comanda ainda não se viu confrontada com a necessidade de usar, sem que ao pé não estivesse um médico, porque se acontecesse “os bombeiros não poderiam usar o desfibrilhador”. Na única vez que o desfibrilhador da corporação foi utilizado, o manuseamento foi assegurado pela equipa da VMER que também acorreu ao local.

Camacho é, por isso, crítico relativamente à limitação do uso do desfibrilhador ao pessoal médico, porque “o aparelho faz todos os procedimentos automaticamente”. Tem noção de que é necessário que se tomem alguns cuidados – não estar em contacto com o corpo da vítima e impedir que o mesmo esteja em contacto com o metal, são alguns exemplos apontados – mas que poderiam ser salvaguardados através de formação adequada. “Os bombeiros é que fazem a intervenção imediata junto da vítima e em situação de paragem cardíaca ou se actua de imediato ou deixa-se morrer”, sublinhou Emídio Camacho, notando que “é tudo uma questão de mentalidades” porque “em outros países da Europa, os desfibrilhadores estão espalhados pelos espaços públicos e podem ser usados por qualquer pessoa”.

Para além do desfibrilhador, a AHBVOH dispõe de três monitores de sinais vitais, essenciais para a leitura do estado em que se encontra a vítima. O Rotary Clube de Oliveira do Hospital tem também em marcha uma campanha de angariação de fundos para dotar a corporação de mais um aparelho semelhante. Quanto ao facto de a corporação apenas dispor de um desfibrilhador, Camacho confessa-se satisfeito, tendo em conta que “antigamente os bombeiros não tinham nada”.

In " Correio Beira serra" Online

sábado, 26 de janeiro de 2008

Estado poupou quase três milhões de euros no combate aos incêndios

O Estado recebeu 2,512 milhões de euros de indemnizações pelo atraso na entrega, pela empresa Heliportugal, dos helicópteros russos adquiridos em de combate aos incêndios.

A informação foi dada ontem pelo Ministério da Administração Interna (MAI), numa nota onde acrescenta que esse atraso na entrega dos Kamov permitiu poupar cerca de 2,9 milhões de euros. O esclarecimento governamental surgiu na sequência de uma notícia da rádio TSF, com base em declarações do sub-secretário de Estado da Administração Interna, Fernando Rocha Andrade, onde se percebia que o referido incumprimento contratual implicara custos adicionais para o Estado.

Segundo o MAI, o aluguer de dois helicópteros - entre Outubro de 2007 e Janeiro deste ano - à empresa Helisul teve custos "inferiores a 800 mil euros". Esta verba "é largamente compensada (...) pelas multas contratuais [de 2,5 milhões de euros] pagas pelo fornecedor", a que se soma a despesa de 1,2 milhões de euros que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) não fez com os Kamov.

Feitas as contas, o resultado é um saldo positivo de 2,9 milhões de euros a favor dos cofres do Estado, afirmou o MAI.

Os helicópteros - seis pesados (Kamov 32) e quatro ligeiros (Ecureuil AS250) - foram adquiridos em meados de 2006 por cerca de "45 milhões de euros, aproximadamente", dada a "necessidade de dotar o país de uma capacidade permanente de intervenção aérea" para combates aos fogos, relembrou o MAI.

O contrato foi ganho pela Heliportugal, empresa que, ao não conseguir entregar os aparelhos até ao Verão, assumiu os custos da sua substituição - entre Julho e Setembro passado - por quatro helis médios e dois ligeiros. Estes meios voaram 243 horas naqueles três meses.

"Se a EMA tivesse estado a operar seis dos seus próprios meios, teria tido custos em manutenção e combustível para essas 243 horas de 950 000 euros, mais 250 000 euros para seguros", sublinhou o MAI.

Fonte oficial do MAI adiantou ao DN que o Ministério "não planeia prolongar" o contrato dos dois helicópteros alugados desde Outubro e até ao fim deste mês e que estão "24 horas por dia, todo o ano", ao serviço da Protecção Civil. "Está previsto que o Kamov assuma as referidas posições permanentes em 01 de Fevereiro", acrescentou o MAI.

A chegada dos primeiros três - dois Kamov e um Ecureuil - dos 10 helicópteros que o MAI adquiriu esteve programada para 05 de Junho de 2007. Os restantes sete aparelhos deveriam chegar em Julho e Agosto. Os pilotos destes meios são maioritariamente do Exército, cujos helis deverão chegar na próxima década.

"Diário de Noticias" Online

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Dois feridos graves em acidente de trabalho nas obras da A17

Dois trabalhadores ficaram hoje feridos com gravidade ao caírem de uma ponte nas obras da A17, em Mira, revelou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.

Segundo a fonte do CDOS, os trabalhadores caíram de uma altura de cerca de 10 metros.

O acidente de trabalho deu-se cerca das 12:00 e os feridos foram transportados para o Hospital da Figueira da Foz, adiantou.

Lusa

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Distritos de Vila Real e Bragança em alerta devido ao nevoeiro

Os distritos de Vila Real e Bragança estão hoje sob aviso Amarelo devido à previsão de nevoeiro, de acordo com o Instituto de Meteorologia.

O aviso Amarelo, o segundo de uma escala que vai até quatro, mantém-se desde quarta-feira nestes dois distrito, na sequência de previsão de nevoeiro persistente.

Para hoje prevê-se céu pouco nublado ou limpo, vento fraco neblina ou nevoeiro matinal, persistente em alguns locais de Trás-os-Montes.

Lusa

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Desastre em Espanha mata 4 portugueses

A violência da colisão deixou a parte da frente do táxi português num amontoado de chapa retorcida. A viatura regressava a Portugal com o motorista e seis trabalhadores emigrantes em França, quando foi abalroada por uma carrinha espanhola, ontem de madrugada, na Auto-estrada de Castilla (A62), em Pollos, Valladolid.

Familiares das vítimas à saída da Câmara de Figueiró dos Vinhos

Quatro portugueses – incluindo o taxista – tiveram morte imediata e três ficaram feridos, dois deles em estado grave. Do acidente resultaram mais dois feridos ligeiros – um francês e um espanhol.

“É uma tristeza ver partir desta forma gente tão boa, humilde e trabalhadora”, lamenta um comerciante de Figueiró dos Vinhos, de onde eram naturais três das vítimas mortais. “Custa muito aceitar esta desgraça, até porque o Diamantino era muito consciente na estrada”, desabafa Joaquim Dias, vizinho do taxista. A vila devia estar em festa para assinalar a geminação com uma cidade francesa, mas acordou num clima de luto e de dor. À medida que se espalhava a notícia do trágico acidente, a consternação foi tomando conta das expressões. E as lágrimas rolavam nas faces de quem conhecia os sinistrados.

Os portugueses tinham estado a trabalhar nas vinhas e regressavam a casa para um curto período de férias. A viagem foi interrompida de forma brutal, a 200 quilómetros da fronteira portuguesa. Morreram Diamantino Conceição Neves, de 49 anos, um ex-emigrante de Figueiró dos Vinhos que se dedicava a transportar trabalhadores entre Portugal e França, no seu táxi de nove lugares, dois irmãos – Neutel Pais de Almeida, de 37 anos, e Martinho Pais de Almeida, de 33 –, também de Figueiró dos Vinhos, e João Carlos Alves Bastos, de 38 anos, residente em Sazes do Lorvão, Penacova. Dois ocupantes, de 21 e 33 anos, da zona de Águeda e Aveiro, sofreram ferimentos graves e estão internados nos hospitais de Valladolid.

Diogo Dias, de 19 anos, residente na Sertã, sofreu ferimentos ligeiros. Recebeu alta médica na manhã de ontem e disse às autoridades espanholas que ia a dormir quando se deu o choque. O consulado português estava a tentar que regressasse a casa o mais breve possível.

Segundo a Guarda Civil, apesar do nevoeiro intenso que existia na altura, o acidente terá sido provocado por uma distracção do condutor espanhol.

A carrinha despistou-se, galgou o separador central da auto-estrada e colidiu de frente com o táxi português. Uma viatura de matrícula francesa tentou evitar o choque com as duas carrinhas e acabou por capotar, provocando ferimentos ligeiros no condutor.

DISCURSO DIRECTO

"ESTA ESTRADA DÁ SONOLÊNCIA", Vítor Pereira, motorista e dirigente sindical

CM – A A62 é o ‘cemitério dos portugueses’. Porquê?

Vítor Pereira – Tem um traçado com rectas muito longas, que tornam a condução monótona, onde circulam muitas pessoas que vêm para Portugal. O perfil que apresenta provoca alguma sonolência.

– Mas a A62 não tem condições?

– A via tem condições. O problema é que estatisticamente os acidentes mais graves e em maior número se dão neste tipo de traçados, que permitem velocidades maiores e a paisagem é quase sempre a mesma.

– Vê algum problema nas viagens longas como fez o táxi acidentado ontem?

– Acontece que muitas pessoas não têm o descanso que deviam ter. Essas carrinhas não têm disco de tacógrafo e as autoridades, como a Guardia Civil, ficam sem hipótese de verificar a que horas começaram a conduzir e quanto tempo descansaram, bem como a velocidade a que conduzem.

– Que conselho dá aos automobilistas portugueses?

– As pessoas têm de ter cuidado, porque não podem conduzir sem descansar. Outro problema tem a ver com a alimentação: tomam refeições muito pesadas, que depois provocam moleza e podem diminuir a capacidade de reacção.

A MAIS USADA NO REGRESSO DOS EMIGRANTES

A A62 é uma das principais estradas usadas pelos automobilistas portugueses que se deslocam para Espanha ou que a atravessam a caminho de França. É uma auto-estrada que permite grandes velocidades, por ter muitas rectas longas. Na última década foi palco de sucessivos acidentes que vitimaram dezenas de portugueses, sobretudo, emigrantes da Europa Central ou de operários que trabalham em Espanha. Esta entrada no país vizinho, a partir da fronteira de Vilar Formoso, é por isso conhecida como ‘a estrada da morte’ ou o ‘cemitério dos portugueses’. Um dos dias mais negros aconteceu em Março de 2006, quando, em dois acidentes diferentes, morreram cinco trabalhadores portugueses e outros dez sofreram ferimentos.

DOIS IRMÃOS FALECERAM NO ACIDENTE

Neutel Pais de Almeida, casado, deixa órfãos dois meninos, de quatro e nove anos. Tinha ido ter com o irmão Martinho (solteiro) para tentar a sorte em terras francesas. O taxista, Diamantino Conceição, ganhava a vida a transportar emigrantes. Era casado e tinha dois filhos: uma rapariga de 18 anos e um menino de sete. João Bastos, solteiro, esteve ligado à restauração em Penacova, antes de emigrar.

DIAMANTINO CONCEIÇÃO

- 49 anos

- residente em Figueiró dos Vinhos

NEUTEL ALMEIDA

- 37 anos

- residente em Figueiró dos Vinhos
JOÃO BASTOS

- 38 anos

- residia em Sazes do Lorvão, concelho de Penacova

CÂMARA APOIA FAMÍLIAS

Os familiares directos de três das vítimas mortais passaram o dia na Câmara de Figueiró dos Vinhos, onde foi criado um gabinete de crise para lhes dar apoio. “É o nosso contributo para atenuar a dor destas famílias”, disse Rui Silva, presidente da autarquia. Além dos técnicos da edilidade, foi destacada uma equipa de psicólogos da Segurança Social de Leiria para ajudar as pessoas enlutadas a ultrapassar o choque. Os familiares seguem hoje para Espanha para identificar os cadáveres.

NOTAS

DOIS EM ESTADO GRAVE

Ontem à noite continuavam hospitalizados e sob observação, com diagnóstico reservado mas sem correr perigo de vida, dois feridos portugueses

A 200 KM DA FRONTEIRA

O táxi conduzido por Diamantino Conceição estava a 200 quilómetros da fronteira portuguesa quando foi atingido pela viatura espanhola, cujo condutor se distraiu

UM TEVE ALTA HOSPITALAR

Um outro ferido recebeu alta hospitalar a meio da tarde. Diogo Dias, de 19 anos, vinha a dormir e não sabe explicar o que aconteceu, mas sentiu o embate

VIATURA DESFEITA

A viatura de nove lugares, uma Volkswagen, ficou desfeita e foi rebocada para uma estação de serviço.

PISO COM VESTÍGIOS

A violência do embate deixou vestígios por dezenas de metros. Destroços, marcas de pneus e rails retorcidos.

FERIDOS LIGEIROS

Os condutores das outras duas viaturas envolvidas, um espanhol e um francês, sofreram ferimentos ligeiros.


Francisco Pedro / J.P.
"Correio da manhã" Online

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Autocarro desgovernado colide com seis veículos, duas pessoas encarceradas

Duas pessoas ficaram encarceradas em consequência do embate de um autocarro desgovernado contra seis outros veículos na íngreme Rua do Freixo, Porto, disse à agência Lusa fonte dos Sapadores Bombeiros da cidade.

De acordo com a fonte, o acidente ocorreu cerca das 17:30, desconhecendo-se ainda o estado de saúde dos feridos, um dos quais motorista do autocarro e outro de uma carrinha de mercadorias.

Uma equipa dos Sapadores Bombeiros do Porto esteve no local a retirar os encarcerados.

O choque em cadeia causou vários feridos ligeiros, em número ainda não determinado.

O acidente terá ocorrido por falha de travões do autocarro, que seguia no sentido descendente da rua e embateu contra um muro.

Para evitar a colisão, um outro autocarro que seguia no sentido ascendente subiu o passeio, causando um choque em cadeia de uma carrinha e dois automóveis que desciam a rua.

O autocarro desgovernado é da empresa Joalto Douro e transportava passageiros para Castelo de Paiva.

O outro autocarro é da Gondomarense.

A rua ficou cortada ao trânsito nos dois sentidos.

Lusa

Família do bebé que morreu não aponta falhas ao INEM

Familiares do bebé que morreu hoje em Anadia, assistido no acesso ao Hospital, dizem não ter falhas a apontar à assistência que foi prestada através do INEM.

Num ambiente de consternação e apesar da revolta manifestada por vários populares que associam o trágico acidente ao encerramento da urgência, o pai da criança de dois meses, José Alferes, de 26 anos, disse aos jornalistas que o serviço de emergência "não demorou muito".

"Acho que não houve falhas", comentou José Alferes, emocionado pelos acontecimentos, relatando que ele e a esposa acordaram à hora do costume e pouco depois das 08:00 deram com o Roberto, o menino de dois meses, no berço, aparentemente sem respirar.

De acordo com o pai, "pouco depois das 08:30 o bebé já estava a ser assistido, no ponto de encontro combinado com o 112, que era junto ao Hospital de Anadia".

Carlos Alferes, avô da criança e residente em Ancas, Anadia, na casa de quem viviam José Alferes e a esposa, Ana Lúcia, relatou que ouviu "o bebé choramingar durante a noite" e que de manhã o filho e a nora só lhe disseram que "o menino não estava bem e iam com ele para o Hospital".

Segundo o avô, nada fazia prever o que aconteceu, porque "o bebé estava só um bocadinho constipado e ainda na semana passada tinha ido ao pediatra e estava tudo bem com ele".

A chamada de alerta para o 112 terá sido feita pelo pai do bebé pelas 08:25, quando já se encontrava a caminho de Anadia, pelo que combinou encontrar-se com o INEM junto ao Hospital de Anadia.

Foi no exterior do Hospital e dentro da ambulância do INEM, para onde o bebé foi transferido do carro dos pais, que foram feitas, sem resultado, as tentativas de reanimação.

Segundo José Paixão, do movimento "Utentes para a Saúde", que tem promovido os protestos contra o encerramento da urgência em Anadia, "a ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e tiveram de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro entre as viaturas".

Contactado pela Lusa, Pedro Santos, do INEM, negou que tenha havido qualquer desencontro entre a ambulância do INEM colocada em Anadia.

"Quando os pais ligaram para o 112 já estavam a caminho. De acordo com o que descreveram, depararam com o bebé, de dois meses, roxo e sem respirar, quando o foram buscar à cama e no decurso da chamada telefónica foram accionadas a ambulância do INEM e a viatura de emergência médica", esclareceu Pedro Santos.

De acordo com o porta-voz do INEM, a ambulância chegou de imediato ao ponto de encontro acertado, junto ao Hospital de Anadia, e a viatura de emergência médica, que partiu do Hospital dos Covões, passados 15 minutos estava no local.

"Foram feitas no local manobras de reanimação, com suporte avançado de vida, bem como durante o trajecto para o Hospital Pediátrico de Coimbra", onde foi declarado o óbito.

Lusa

BE exige inquérito a acontecimentos "que conduziram" à morte das duas crianças

O Bloco de Esquerda exigiu hoje a instauração de um inquérito na Inspecção-Geral e na Direcção-Geral de Saúde para apurar os acontecimentos "que conduziram", em 24 horas, ao falecimento de dois bebés a caminho do hospital.

"Nas últimas 24 horas, o falecimento de dois bebés a caminho do hospital põs em causa a rapidez e a qualidade do atendimento nas urgências médicas", argumentou o BE, em comunicado.

O BE exigiu o "apuramento objectivo dos acontecimentos que conduziram a estas duas mortes, defendendo a rápida instauração de um inquérito", a ser conduzido pela Direcção-Geral de Saúde e Inspecção-Geral de Saúde.

Hoje de manhã um bebé de três meses morreu vítima de uma paragem cardio-respiratória a caminho do hospital em Anadia.

Na quinta-feira, uma menina com cerca de três meses de idade chegou cadáver ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu, após ter sido transportada do Centro de Saúde de Carregal do Sal, numa ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, ao colo da mãe.

O BE solicitou ainda a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, no Parlamento, com carácter de urgência para prestar esclarecimentos "sobre o estado actual e a capacidade de resposta dos serviços de urgência e emergência pré-hospitalar em funcionamento".

Para o BE, o sistema de "urgências médicas e emergências pré-hospitalares é uma das principais vítimas da política de Saúde do Governo" e "está em alguns casos perto do colapso".

Lusa

Bebé de três meses morre em Ambulância

Uma menina de três meses, com graves problemas de saúde, morreu ontem no interior de uma ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato – onde além dela apenas seguiam o condutor e a mãe – durante a viagem entre o Centro de Saúde de Carregal do Sal e o Hospital de São Teotónio, em Viseu.

“Morreu ao meu colo”, lamentou ao CM Cidália Fernandes, 32 anos, em estado de choque, mas resignada com o desfecho trágico da curta vida da filha: “Foi bem tratada por toda a gente.”

A menina, Rafaela Monteiro, foi levada pela mãe ao Centro de Saúde de Carregal do Sal em estado grave. Entrou na unidade de saúde às 10h40. Segundo António Freitas, médico que a atendeu, “apresentava dificuldades em respirar”, foi colocada a oxigénio e – como a mãe disse que andava a ser acompanhada no serviço de pediatria de Viseu – o clínico ‘aproveitou’ a presença de uma ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato e encaminhou-a para o Hospital de São Teotónio.

O bombeiro, que na altura estava acompanhado de uma colega, com o curso de Técnica de Apoio e Transporte, pegou na criança e deslocou-se ao quartel de Cabanas de Viriato, onde trocou de ambulância – a segunda era mais confortável para a mãe, que levava a menina ao colo. De seguida encaminhou-se para o Hospital de Viseu, onde chegou às 11h40.

Segundo o Gabinete de Relações Públicas do Hospital de Viseu, a menina “já entrou cadáver” mas “foi sujeita a múltiplas manobras de reanimação que se viriam a revelar infrutíferas”. O médico de serviço nas Ur- gências confirmou o óbito, motivado por uma cardiopatia congénita.

A morte de Rafaela Monteiro está envolta em polémica e vai ser esclarecida pela Sub-região de Saúde de Viseu, que já instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu e identificar eventuais responsáveis.

O médico que atendeu a bebé no Centro de Saúde do Carregal do Sal diz que agiu segundo as “elementares normas médicas”, enquanto os Bombeiros de Cabanas de Viriato “apenas cumpriram” o que o clínico lhes pediu.

“Fomos solicitados para fazer o transporte de uma criança do centro de saúde para Viseu. Geralmente, quando se trata de um transporte, como foi o caso, apenas vai o motorista – se fosse uma situação de socorro seguiria também uma equipa médica”, explicou Fernando Campos, comandante dos Bombeiros de Cabanas de Viriato.

MÉDICO DECIDIU NÃO CHAMAR INEM

O médico que tratou a menina no Centro de Saúde de Carregal do Sal disse ao CM que ela foi “bem atendida”. “Tinha dificuldades em respirar. Recebeu oxigénio artificial e depois pedi ao bombeiro para a levar ao Hospital de Viseu onde, segundo a mãe, estava a ser acompanhada”, conta António Freitas, que não sentiu necessidade de chamar uma viatura de emergência médica: “Como estava uma ambulância à porta pedi aos bombeiros para a levarem ao Hospital de Viseu. Na altura estavam lá dois.” Carolina Veloso, directora do centro de saúde, garante que o médico “agiu em conformidade” e lamenta sucedido. “Sabíamos que tinha problemas de saúde, mas o quadro clínico com que se apresentou não levou o médico a pensar que o pior podia acontecer.”

MORTE DE CRIANÇA SEM ASSISTÊNCIA MÉDICA
CARREGAL DO SAL – 10H40
Rafaela Monteiro chega ao Centro de Saúde. O médico opta por não pedir meios de socorro existentes em Viseu e pede aos bombeiros de Cabanas de Viriato para levarem a mão e a bebé ao hospital

CABANAS DE VIRIATO – 11H15
São transferidas para outra ambulância sem mais nenhum tripulante além do condutor. Atrás, a mãe carrega a filha ao colo

VISEU – 11H40
A bebé entra no Hospital de São Teotónio já cadáver e as tentativas de reanimação são infrutíferas. Em Viseu encontrava-se uma viatura médica de emergência e reanimação do INEM

NOTAS
"ELA ESTAVA COM UMA COR ESQUISITA"
Maria Ferreira encontrava-se no Centro de Saúde de Carregal do Sal quando a bebé deu entrada. “Estava com uma cor esquisita. Via-se que não estava bem e precisava de ser tratada”, diz.
MENINA FOI ATENDIDA DE IMEDIATO
Quando a bebé chegou ao Centro de Saúde foi de imediato assistida por António Freitas. “Teve prioridade”, sustenta o clínico


DISTRITO DE VISEU TEM DEZ VIATURAS DE SOCORRO

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) dispõe de vários meios que poderiam ter sido accionados pelo médico do Centro de Saúde de Carregal do Sal, incluindo uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), que está localizada no Hospital de São Teotónio, em Viseu.

Recusando-se a comentar os procedimentos do clínico, por desconhecer as circunstâncias em que ocorreu o atendimento, fonte do INEM disse ao CM que, caso tivesse havido um pedido de intervenção direccionado ao centro de orientação de doentes urgentes (CODU), a VMER poderia ter acorrido ao Centro de Saúde de Carregal do Sal ou, em alternativa, deslocar-se ao encontro da doente num ponto previamente definido.

Por outro lado, o INEM dispõe de dez ambulâncias de socorro no distrito de Viseu, sendo que uma é operada pelo INEM e as restantes nove viaturas são tripuladas por bombeiros que têm formação apropriada.

“Em situação de emergência, os bombeiros de Viseu têm ambulâncias de socorro e estão aptos a responder à chamada, quer em termos de resposta de meios técnicos quer em termos de formação, uma vez que podem aplicar ao doente medidas de suporte básico de vida”, garantiu a fonte do INEM.

Recorrer a helicópteros poderia não ser a melhor resposta, segundo a mesma fonte, mas estes podiam ter sido accionados. Estão estacionados em Matosinhos, Tires e em Santa Comba Dão, sendo este último um meio dos bombeiros com equipa médica no período nocturno, entre as 20h00 e as 08h00.

Carregal do Sal tem ainda um posto de reserva do INEM e ambulâncias de socorro.

MÍNIMO DE DOIS TRIPULANTES

O número mínimo de tripulantes de uma ambulância é de duas pessoas, segundo define o Regulamento do Transporte de Doentes, alterado em Abril do ano passado. De acordo com a Portaria n.º 402 de 10 de Abril de 2007 – que reduziu o número de elementos que circulavam no interior destes veículos de emergência – “a tripulação das ambulâncias de socorro é constituída por dois elementos, sendo um simultaneamente condutor”. Acrescenta o documento que “o outro elemento deve ter, pelo menos, o curso de tripulante de ambulância de transporte”. A Portaria, assinada pelos ministérios da Saúde e da Administração Interna, faz ainda referência aos equipamentos cardiovasculares existentes numa ambulância. Assim, o desfibrilador automático externo só é obrigatório nas ambulâncias integradas no Programa de Desfibrilação Automática Externa do INEM.

Tal decisão foi alvo de críticas por parte da Liga dos Bombeiros Portugueses, que considerou um “desinvestimento na qualidade do socorro prestado”.

ENFARTE APÓS ALTA

Uma mulher de 81 anos faleceu na terça-feira à porta do Hospital de Viseu poucos minutos depois de ter tido alta do serviço de cardiologia. Segundo fonte hospitalar, a mulher sofreu um enfarte de miocárdio no passado dia 6 e foi internada no Hospital de Viseu. Após dez dias de internamento e da realização de vários exames, os clínicos deram-lhe alta na terça-feira. Quando encontrou uma sobrinha que já não via há muito tempo no exterior do hospital, a idosa emocionou-se e teve um ataque cardíaco fulminante que lhe provocou a morte, apesar das tentativas de reanimação.

URGÊNCIA COM ESPERAS FATAIS
Nos primeiros dias deste ano já morreram duas pessoas à espera de assistência nas Urgências dos hospitais de Aveiro e Vila Real

TROCA DE AMBULÂNCIA
Durante a viagem o bombeiro foi ao quartel trocar de ambulância

VIAGEM DE 27 QUILÓMETROS
Distância entre Cabanas de Viriato e Hospital de Viseu é de 27 quilómetros

15 SERVIÇOS A FECHAR
Das 15 Urgências hospitalares cujo encerramento está previsto, seis já fecharam e uma (Peniche) encontram-se em stand-by

ENFERMEIROS CONTRA REFORMA
O Sindicato dos Enfermeiros diz que há doentes de risco a serem assistidos por pessoas sem formação, na sequência da reforma das Urgências

REFORMULAÇÃO DA REDE DE VIATURAS
A comissão que apoia a requalificação das Urgências defende a reformulação da rede de ambulâncias e a profissionalização dos tripulantes


Luís Oliveira / J.S. / Cristina Serra
"Correio da Manhã" Online

Combater fogos no Inverno

Prevenir e combater os fogos de Verão durante o Inverno é a aposta que a comissão de acompanhamento dos fogos florestais do distrito de Viseu tem no terreno até ao próximo mês de Abril.

As iniciativas em curso, iniciadas em Novembro de 2007, são a repetição de actividades realizadas o ano passado e que, segundo o governador civil do distrito, “deram resultado”. Segundo Acácio Pinto, “no ano passado sentimos que as pessoas estavam mais motivadas a colaborar neste esforço que deve ser de todos, por isso vamos repetir”.

Até ao próximo mês de Abril, e de acordo com o Plano Distrital de Prevenção de Incêndios Florestais, serão realizadas várias acções de sensibilização nas escolas, estando previsto o simulacro de um incêndio florestal dirigido a alunos do 2.º e 3.º ciclos. O objectivo é fazer com que as pessoas percebam quais os meios que têm de se mobilizar para o combate a um fogo na floresta para as pessoas se “consciencializarem de que isto dos fogos é mesmo uma luta de todos”. As acções de sensibilização vão também abranger autarquias, juntas de freguesia e câmaras municipais, instituições de solidariedade, párocos, e gabinetes técnicos locais.

Este plano de prevenção foi apresentado no final de uma reunião em que o governador civil fez um balanço do ano de 2007 com as diferentes entidades e autoridades envolvidas nas questões da protecção civil. Embora reconhecendo que a meteorologia deu uma ajuda significativa, durante o ano passado registou-se a redução de área ardida de 6.200 hectares, em 2006, para apenas 2.300.

Acácio Pinto acredita que hoje os diferentes agentes da protecção civil “estão melhor preparados para combater os incêndios florestais num cenário em que a meteorologia não seja tão favorável como no último Verão”. Realçou ainda que embora tenha ardido menos área, houve um aumento do número de ocorrências de 2.152 para 2.652, números que para a comissão “deixam transparecer uma resposta mais eficaz no combate”, tendo “90% das ignições sido dominadas em ataque inicial”.

Segundo os dados recolhidos pelo Governo Civil, a negligência, nomeadamente a realização de queimadas, continua a ser a principal causa para o início dos incêndios florestais.
Durante o último ano, a Polícia Judiciária e a GNR detiveram 15 pessoas por suspeitas de fogo posto. Estão a decorrer 186 inquéritos e 353 autos de contra-ordenação.

Novo Processo Penal diminui detenções

Segundo o inspector da Policia Judiciária, Pedro Silva, que também esteve na conferência de imprensa, as alterações produzidas ao nível do Código de Processo Penal vêm fazer com que não sejam tão facilitadas as detenções em flagrante delito e fora de flagrante delito. Segundo o inspector, a constituição de arguido processa-se agora por factores que têm que ser de maior rigor: “as detenções fora de flagrante delito obrigam à existência do pressuposto decisivo do perigo de fuga”.

Aquele individuo que não é detido em flagrante, ou no acto imediatamente a seguir, sendo visto a fugir, por exemplo, mas sobre o qual há suspeitas e que poderia ser detido por prova carreada, testemunhal ou material, poderá a detenção já não se concretizar, se não houver o tal perigo de fuga, embora podendo ser mais tarde responsabilizado pelos actos que cometeu. Por isso, diz o inspector da PJ, “o combate ao fogo posto não pode ser só visto pelos números das detenções, mas sim pelos processos que vão para acusação”.

"As Beiras" Online

Bébé de 12 meses não resiste a crise respiratória

Morte de dois bebés em menos de 24 horas em Ambulâncias do INEM

O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro afirmou que "não se pode" estabelecer uma relação entre a morte de um bebé em Anadia, hoje de manhã, e o fecho do serviço de urgências do hospital local.

João Pedro Pimentel falava hoje aos jornalistas depois de o ministro da Saúde, Correia de Campos, na visita às obras do novo Hospital Pediátrico de Coimbra, ter remetido declarações sobre o assunto para o presidente da ARSC.

O responsável da ARSC referiu que o pai da criança solicitou auxílio através do número 112 e que depois foi a criança foi socorrida pela Emergência Médica INEM.

"Foram prestados os cuidados inerentes a uma situação grave", de natureza cardio-respiratória, salientou, frisando que a equipa do INEM estava dotada dos meios técnicos e humanos para intervir no caso apresentado.

Hoje, o movimento de cidadãos que contesta o encerramento das urgências em Anadia, referiu que "a ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e que teve de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro" entre os dois carros.

Sobre esta acusação, o responsável da ARSC explicou que os tripulantes das duas viaturas combinaram encontrar-se na área limite do hospital local.

Já antes o INEM tinha negado qualquer desencontro.

Lusa

Bebé morre à porta de hospital

Uma criança de dois meses morreu hoje no acesso ao Hospital de Anadia, dentro da ambulância do INEM, levando o movimento de utentes local a falar em desencontro das viaturas de socorro, o que foi refutado pelo INEM.

"A ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e teve de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro entre as viaturas", afirmou José Paixão, do movimento "Utentes para a Saúde", que tem promovido os protestos contra o encerramento da urgência em Anadia.

Contactado, Pedro Santos, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), negou que tenha havido qualquer desencontro entre a ambulância do INEM colocada na Anadia e a viatura de emergência médica e esclareceu que "foram os pais que se dirigiram para o Hospital de Anadia, onde a criança não foi assistida porque não tem urgência".

As explicações do INEM

"Quando os pais ligaram para o 112 já estavam a caminho. De acordo com o que descreveram, depararam com o bebé, de dois meses, roxo e sem respirar, quando o foram buscar à cama e no decurso da chamada telefónica foram accionadas a ambulância do INEM e a viatura de emergência médica", esclarece Pedro Santos.

De acordo com o porta-voz do INEM, a ambulância regressava de Coimbra, para onde havia transportado um doente, e estava a três minutos do local, pelo que se encontrou com o carro dos pais do bebé no parque de estacionamento do Hospital de Anadia, sendo a criança passada para a ambulância e iniciadas imediatamente as manobras de reanimação, sendo assistida por uma equipa de quatro elementos.

Quanto à viatura de emergência médica, partiu do Hospital dos Covões naquela direcção e, passados 15 minutos, estava no local, acrescentou Pedro Santos.

"Estiveram cerca de 40 minutos em manobras de reanimação, com suporte avançado de vida e ainda assim transportaram o bebé para o Hospital Pediátrico de Coimbra, mas infelizmente já não foi possível salvá-lo", disse.

O porta-voz do INEM lamenta o sucedido, mas considera que "a emergência médica funcionou com os meios adequados e no momento certo".

O testemunho do presidente da Junta de Freguesia da Anadia

Fernando Pina, presidente da Junta de Freguesia de Anadia, disse que estava no local, por volta das 9h00, e presenciou os acontecimentos.

"O que vi foi a ambulância do INEM parada no acesso ao Hospital e um carro da emergência médica que veio de Coimbra para prestar assistência".

Segundo Fernando Pina, as viaturas juntaram-se nas imediações do Hospital de Anadia, "que teria outras condições, mas não deixaram a criança entrar e esteve quase meia hora a ser assistida na ambulância".

"Vi os médicos e enfermeiros do Hospital de Anadia a assistirem das janelas, impotentes, ao que se passava, e na ambulância os profissionais fizeram o que puderam no meio da estrada, mas não conseguiram resolver a situação", descreveu à Lusa Fernando Pina.

A morte de dois bebés em menos de 24 horas

Este é o segundo caso em menos de 24 horas de um bebé que morre numa ambulância, a caminho do hospital.

Na quinta-feira, uma menina com cerca de três meses de idade chegou cadáver ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu, após ter sido transportada do Centro de Saúde de Carregal do Sal, numa ambulância dos Bombeiros de Cabanas de Viriato, ao colo da mãe.

Lusa

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Equipa de Intervenção Permanente reforça Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH) vai contar com um reforço no seu corpo activo. Este é o resultado do protocolo assinado ontem entre a corporação, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e a Autoridade Nacional de Protecção Civil, no Governo Civil de Coimbra e que se traduz na criação – tal como acontece com mais uma dezena de municípios do distrito de Coimbra – de uma Equipa de Intervenção Permanente.


Ainda sem data certa para a entrada em funcionamento, a nova equipa será constituída por cinco homens que exercerão a sua acção em regime laboral. O recrutamento dos novos profissionais dos bombeiros de Oliveira do Hospital será feito junto do quadro activo da corporação, uma vez que o Ministério da Administração Interna impõe que cada um tenha mais de dois anos de exercício da actividade. A admissão dos elementos da futura equipa será baseada num contrato a termo certo com a duração de três anos, renovável por um ano.

Contactado pelo diário online do Correio da Beira Serra, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital considerou tratar-se de “uma mais valia para as corporações”, pelo facto de “assegurar um reforço”. Emídio Camacho sublinhou que a corporação que comanda conta, actualmente com, 18 funcionários e que com a entrada de mais cinco elementos, os bombeiros da cidade vêem reforçada a sua resposta. Embora “satisfeito”, Camacho considera que o número de homens deveria ser maior, porque quarenta horas semanais são “muito pouco”. “Nós funcionamos 24 horas por dia”, lembrou o responsável, não deixando de elogiar o empenho dos 140 voluntários com que conta a AHBVOH. “O voluntariado é uma força de grande valor no seio da corporação”, sublinhou Camacho. Não tem dúvidas de que o caminho dos bombeiros passa cada vez mais pela profissionalização do seu corpo activo. Camacho reconhece que pela profissionalização se atingem mais facilmente os patamares da “disciplina, respeito e exigência na formação”.

A futura Equipa de Intervenção Permanente deverá estar apta para dar resposta – segundo Camacho – a chamadas de “urgência e emergência de qualquer natureza”. Os cinco elementos serão sujeitos a um período de formação na Escola Nacional de Bombeiros e, de entre outras coisas, serão preparados para actuar de forma preventiva e em colaboração com outras forças da cidade. A sensibilização para os perigos no acto da condução e outros relacionados com ambiente poderão ser algumas das áreas onde a nova equipa poderá exercer a sua acção.

In " Correio Beira serra" Online

Incêndio com explosões em fábrica de pranchas de surf já está extinto

Um incêndio seguido de explosões deflagrou hoje numa fábrica de construção de pranchas de surf, no Alto do Veríssimo, concelho de Peniche, mas já se encontra extinto, informou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. De acordo com o CDOS registaram-se explosões de botijas de gás e de produtos químicos mas não houve feridos.

O vice-presidente da Câmara de Peniche, Jorge Amador, que esteve no local relatou à agência Lusa que "a grande preocupação dos bombeiros foi com a proximidade de um posto de abastecimento de combustíveis que existe naquela zona".

Os bombeiros procederam ainda ao corte da estrada que liga Lourinhã a Peniche como medida de precaução mas segundo o autarca será reaberta em breve. O incêndio teve início às 12:35 e foi extinto cerca das 13:40. No local estiveram os bombeiros de Peniche e da Lourinhã com 18 homens e seis viaturas.

Lusa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

+ Árvores em Chão Sobral


Decorreu no passado dia 23 de Dezembro, mais um acção de sensibilização organizada pela União Progressiva de Chão Sobral, que teve como principal objectivo a plantação de árvores de vários tipos, (castanheiros, carvalhos, medronheiros, sobreiros, cerejeiras) designada de "+ Árvores em Chão Sobral".

Esta acção contou com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, que se fez deslocar com vários homens do corpo activo bem como da sua jovem Fanfarra, que deslumbrou os Chão-Sobralenses com uma actuação informal pelas ruas da localidade.

A junta de Freguesia de Aldeia das Dez também participou na actividade dando um forte apoio a mais uma grande iniciativa desta União Progressiva, que se preocupa com o bem estar da sua localidade e da sua população.

Relembramos que Chão Sobral, foi a localidade mais afectada do concelho de Oliveira do Hospital pelos incêndios na época de 2005.

Na altura deflagrou um violento incêndio entre os dias 19 e 21 de Julho (2005), vindo do vizinho concelho de Seia, queimando uma vasta área de pinhal e mato em torno de toda a aldeia, restando muito pouco a fazer aos Soldados da Paz, que devido ás temperaturas elevadas, ás fortes rajadas de vento e aliadas aos fracos acessos existentes na altura, se resignaram a lutar contra as chamas para salvar as casas como se pode verificar pela imagem em baixo tirada 4 dias após a extinção do incêndio, e onde se pode ver que toda a zona cincundante á aldeia foi devastada pelas chamas.

BVOH

Rotários ajudam bombeiros a adquirir monitor de sinais vitais

O Rotary Club de Oliveira do Hospital (RCOH) está a promover uma campanha de angariação de fundos a favor dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (BVOH). O objectivo daquele clube, é reunir verbas que permitam aos BVOH a aquisição de um monitor de sinais vitais para ser instalado numa das suas ambulâncias.

Para o efeito, o RCOH pôs marcha uma venda de “rifas”, que serão posteriormente sorteadas e darão a acesso a três prémios, oferecidos por três artistas plásticos locais: Um quadro de Álvaro Assunção e outro de Rui Monteiro e, ainda, uma escultura do conhecido escultor Zeferino Paulo.

In " Correio Beira serra" Online

Octogenária colhida mortalmente por comboio numa passagem-de-nível pedonal

Uma mulher de 89 anos foi hoje colhida mortalmente por um comboio em Seixas, Caminha, quando atravessava a linha de caminho-de-ferro numa passagem pedonal, informou fonte dos bombeiros.

Segundo a fonte, o acidente deu-se cerca das 10h00, na passagem-de-nível pedonal de S. Sebastião, sendo a vítima uma octogenária residente em Seixas.

O cadáver foi removido para a morgue do Centro Hospitalar do Alto Minho, em Viana do Castelo, para autópsia.

O presidente da Junta de Freguesia de Seixas, Aurélio Pereira, disse à Lusa que aquela passagem «tem pouca visibilidade», um factor que poderá ter estado na origem do acidente de hoje, a par dos «problemas de audição» da vítima.

A referida passagem já serviu para o atravessamento de viaturas, mas há cerca de dois anos foi convertida em pedonal.

O último acidente mortal no local ocorreu há perto de uma década, sendo a vítima um ciclista que circulava com headphones.

Lusa

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

2007 com menos acidentes nas estradas do concelho

Manteve-se o número de mortos – dois – mas os dados de 2007 apontam para um decréscimo da sinistralidade rodoviária no concelho de Oliveira do Hospital – menos nove que 2006 – à semelhança do que é visível a nível nacional. Fala-se de “condutores mais conscienciosos”, mas a velocidade excessiva e o desrespeito pela prioridade continuam a dominar o topo da tabela das causas dos acidentes.


Em 2007 registou-se um decréscimo do número de acidentes rodoviários nas estradas do concelho de Oliveira do Hospital. O ano de 2006 ficou marcado pela ocorrência de 270 acidentes, dos quais resultaram dois mortos, cinco feridos graves e 106 feridos ligeiros. Numa análise comparativa, é possível constatar que em 2007 se registaram menos nove acidentes, menos um ferido grave e menos três ligeiros, mantendo-se no entanto o mesmo número de mortos nas estradas concelhias.

A descida não é muito significativa, mas na opinião do sargento mor Martins do Destacamento Territorial da GNR da Lousã, não deixa de ser “bastante positiva”. Ao Correio da Beira Serra, o responsável adiantou ainda que a sinistralidade registada pelo posto da GNR de Oliveira do Hospital tem, desde 2005, vindo a diminuir, verificando-se uma descida considerável em 2005 e 2006, com menos 31 acidentes. O número de mortos em 2006 e 2007 é que não sofreu qualquer alteração. Recorde-se que no último ano, os acidentes que vitimaram à morte uma senhora e uma adolescente ocorreram no último trimestre de 2007 e apenas com um mês de distanciamento (21 de Novembro e 21 de Dezembro), ambos em estradas próximas da sede do concelho.

De entre as causas apuradas para a ocorrência dos acidentes, a velocidade excessiva continua a surgir no topo da tabela com um total de 58 acidentes, embora com um decréscimo de 31 comparativamente a 2006. O desrespeito de autoridade é referenciado como causador de 30 acidentes, menos 18 que no ano transacto, seguindo-se as ultrapassagens irregulares com um total de três acidentes em 2006 e 2007. O desrespeito pela sinalização causou, também, dois acidentes em 2007, mais um que em 2006. No entanto, são as “outras causas” que continuam a provocar o maior número de acidentes. Em 2007, 168 dos acidentes foram provocados por outras causas, notando-se um acréscimo de 39 relativamente a 2006.

As Estradas Nacionais 17 e 230 são apontadas como as vias mais problemáticas do concelho, mas segundo o responsável pelo Destacamento Territorial da GNR da Lousã, o maior número de acidentes registados, ocorreu dentro da localidade de Oliveira do Hospital.

A boa notícia que resulta da análise aos dados da sinistralidade concelhia é a de que, na realidade, o número de acidentes tem vindo a diminuir. E, o sargento mor Martins acredita que tal facto se fica a dever “essencialmente aos condutores que, se reconhece, são cada vez mais conscienciosos”.


Dados acompanham tendência nacional

A tendência de decréscimo a nível concelhio acompanhou o cenário nacional. Dados da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) divulgados no segundo dia do novo ano, indicam que Portugal atingiu antecipadamente em 2005, em 2006 e em 2007, a meta estimada para 2009 no universo dos feridos graves e concretizou, também antecipadamente, em 2006 e 2007, a meta estimada para 2009 no que respeita às vítimas mortais. A ANSR justifica os bons resultados com a realização – no final de 2007 e pela primeira vez – de uma Operação Especial de Prevenção e Fiscalização Rodoviária que passou pela realização de um conjunto de acções nas áreas da sensibilização, informação, fiscalização, socorro e apoio aos condutores. No período entre 25 de Novembro e 7 de Janeiro, a Operação contou com empenhamento de um dispositivo de cerca de sete mil elementos das forças de segurança, protecção civil e emergência, bem como dos esforços das entidades gestoras das vias e com um enorme investimento em informação e sensibilização por parte da ANSR no âmbito da Campanha “Mortes na Estrada – Vamos travar este drama”.

Numa análise aos dados recolhidos, a ANSR constata que durante o ano de 2007, no território continental, se registaram, como vítimas de acidentes rodoviários, 42 mil 631 feridos ligeiros, três mil e 90 feridos graves e 858 vítimas mortais, com a particularidade de tal corresponder a um decréscimo de mil e 23 feridos ligeiros, 393 graves, mas mais oito vítimas mortais do que em 2006.


Preocupação mundial

Embora seguindo a linha decrescente, o drama da sinistralidade rodoviária continua a ser uma preocupação mundial. Há até quem compare a sinistralidade a uma guerra. Esta preocupação foi demonstrada, a semana passada, pela vereadora socialista Maria José Freixinho, em reunião pública do executivo oliveirense. Freixinho chegou a propor ao presidente do município a dinamização, junto das crianças do pré-escolar, de um conjunto de acções de sensibilização sobre esta temática. Chegou a sugerir que a iniciativa fosse desenvolvida em colaboração com a ANSR. A proposta não foi aceite por Mário Alves que, no momento, deu indicações para que, ao invés disso, o livro que anualmente é produzido pelo pré-escolar deixe de versar sobre o tema ambiente, para passar a abordar a prevenção rodoviária. Na ocasião, o autarca desvalorizou também a proposta do vereador de José Francisco Rolo de instalação de um parque circuito no concelho, destinado à sensibilização dos mais pequenos sobre o tema.
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Liliana Lopes
In " Correio Beira serra" Online

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Despiste causa morte de idosa que comprava pão no passeio

Uma mulher de 69 anos morreu hoje em Coimbra, abalroada por um ligeiro de mercadorias que se despistou quando se encontrava a comprar pão a um vendedor ambulante, no passeio, disse fonte da PSP.

Segundo a fonte policial, o veículo despistou-se, embateu no do vendedor de pão, onde se encontravam três clientes, e arrastou alguns metros a vítima mortal, que acabou também por ser atingida por pedras de um muro de uma habitação.

O ligeiro de mercadorias, após o despiste, e a colisão com o do vendedor de pão, embateu na esquina de uma casa de habitação, o que obrigou a escorar a edifício, mas não causou danos ao seu habitante, nem forçou ao seu desalojamento, adiantou fonte dos Bombeiros Sapadores de Coimbra.

O despiste, que se deu numa curva antes da ponte da Portela do Mondego, causou ainda ferimentos ligeiros ao condutor do veículo de venda de pão.

Lusa